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Artigo: SCP-XXX-PT — Xenofauna
Autores: Battata, L200, Luka U6-02 e Aeternum Discipulus
Avais:
Agradecimentos especiais a: slashannemoo, por ajudar com os horrores burocráticos, e ZeroMan, por criar a lore e o logo das Mãos Verdes!
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Créditos
Mapa do Pico da Neblina, retirado do site OpenStreetMap e levemente editado, sob CC BY-SA 2.0.
Imagem aérea e efeito de fumaça, ambos sob CC-BY-2.0.
Caçador do Clube, sob CC-BY-SA-3.0, e Jardineiro das Mãos Verdes, sob CC-BY-SA-4.0.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Amazon_Rainforest_in_Tena,_Ecuador.jpg
ACESSO RESTRITO POR ORDEM DA DIRETORIA DE INSTALAÇÃO DO SÍTIO PT10
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Zona Responsável | Diretor de Zona | Chefe de Pesquisa | Força-Tarefa Atribuída |
Zona PT10-Λ | Cap. Anthony Bonanza Lemos | Dr.ª Micaela Barcelos Quental | FTA PT2-Λ "A Chave e o Portão" |
Procedimentos Especiais de Contenção: A partir da deliberação do Comando de Operações Especiais da Fundação Lusófona por meio do Protocolo de Emergência 28.03.2036/XXX-PT e do Tratado de Cooperação Eventual CCFF-FL 127/2036, é estabelecido o "Projeto YOG-SOTHOTH", seu destacamento designado, Força-Tarefa Aplicada PT2-Λ — "A Chave e o Portão", para supervisão na contenção e proteção de SCP-XXX-PT, e a Zona PT10-Λ, ao redor de SCP-XXX-PT-α e dos espécimes fixados de SCP-XXX-PT-1, compreendido com Nível de Biossegurança 4 (NB-4).
Apenas Oficiais de Segurança e Operativos de Força-Tarefa estão autorizados a aproximação de qualquer uma das anomalias presentes. Estes indivíduos deverão obrigatoriamente utilizar proteção HAZMAT de Nível A adaptadas com Aparelhos Respiratórios Isolantes de Circuito Aberto e armaduras corporais NIJ Nível V, a fim de evitar qualquer potencial patogênico desconhecido e projetado para suportar investidas vindas de espécimes anômalas. O mesmo procedimento deve ser realizado durante qualquer iniciativa de expedição a anomalia espaço-temporal; no retorno, devem ser realizadas descontaminação total e quarentena dos oficiais expedicionários. O mesmo deve ser feito para entrar em contato com qualquer infectado.
Por conta do sistema adaptativo de SCP-XXX-PT-1, é atualmente desconhecido procedimentos não letais para a captura dos espécimes. Entidades advindas de SCP-XXX-PT-α deverão ser terminadas a partir do uso de armamento inflamável por operativos da FTA PT2-Λ. Necropsia de espécimes terminados poderá ser feita a fim de extrair e estudar possível material genético remanescente. Os despojos deverão ser incinerados após os estudos.
Coleta de material genético de espécimes fixados de SCP-XXX-PT-1 deve ser realizada semanalmente a partir do uso de Veículos Remotamente Operados, para análise e testes. O material a ser extraído destes espécimes são majoritariamente fluidos corporais externos. Tais amostras poderão ser armazenadas em câmaras criogênicas na Zona PT10-Λ.
Descrição: SCP-XXX-PT é a designação coletiva compreendida por sua anomalia espaço-temporal, suas instâncias biológicas e os fenômenos subjacentes dessas respectivas relações.
SCP-XXX-PT-α é uma estrutura bidimensional translúcida de efeito caleidoscópico não específica ou conhecida, na qual possui uma variação atípica de tons, saturações e brilhos, de ~3 m de diâmetro. O objeto localiza-se próximo a montanha Pico da Neblina, norte do Amazonas, Brasil. Sons provenientes da anomalia podem ser captados, a possuírem similaridade de sons resultantes de eventos naturais, como chuvas e ventos, e de animais não identificados. Em um intervalo de tempo indeterminado, seres denominados de SCP-XXX-PT-1 sairão de SCP-XXX-PT-α.
SCP-XXX-PT-1 são seres de simetria radial de, em média, 7,5 m de diâmetro e 6 m de altura, com peso aproximado de 7 toneladas. SCP-XXX-PT-1 possui pele lisa, úmida, de coloração acinzentada. A derme da entidade possui excelência em capacidades de reestruturação biológica, adaptando e fortalecendo sua permeabilidade após ser perfurada por lâminas e projéteis letais ou não letais.
A base de SCP-XXX-PT-1 constitui-se de oito apêndices articulados de aparência exoesquelética ao redor de seu corpo, que inferem a capacidade de locomoção e ataque. Cada apêndice possui em sua extremidade quatro garras de pontas longas e grossas. Na região interna da extremidade destes apêndices, há a presença de uma cavidade com relevância desconhecida.
A parte superior de SCP-XXX-PT-1 é alongada verticalmente e divide-se em três tentáculos largos. No interior dos apêndices, há a presença de diversos pequenos glóbulos com uma pigmentação de efeito caleidoscópico. No inferior do radial, a entidade aparenta haver uma cavidade como nos apêndices de locomoção.
Após análise dos glóbulos anteriormente citados em espécimes de SCP-XXX-PT-1, notou-se que tais são, de fato, casulos que desempenham o desenvolvimento embrionário de pequenos seres semelhantes anatomicamente aos seus progenitores.
Internamente, SCP-XXX-PT-1 possui um complexo conjunto do que aparentam ser sistemas diversos em seu organismo, porém, não apresentam similaridades com organismos conhecidos. Um fluido corporal de aspecto caleidoscópico pode ser observado em seu interior, revestindo completamente os sistemas mencionados. Espécimes de SCP-XXX-PT-1 não demonstram possuir sistemas reprodutores, sexo ou gênero aparente.
ADENDO XXX.PT.1
DESCOBERTA INICIAL DE ANOMALIA
SÍTIO PT10
COMANDO MILITAR
COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS
REGISTRO DE EVENTO ANÔMALO
Satélites da Fundação Lusófona foram capazes de observar uma fumaça, na Bacia Amazônica, Brasil, que apresentava variação constante de cores, tanto próximo ao ponto de origem quanto em seu estado na atmosfera. Um Veículo Aéreo Remotamente Operado (VRO) foi despachado, no dia 28/03/2036, às 05:12, para reconhecimento de possível evento anômalo.
Durante aproximação do VRO à fonte da fumaça, carcaças carbonizadas de entidades não identificadas foram observadas, e outras ainda vivas sendo incendiadas por indivíduos, a utilizar coquetéis molotov e lança-chamas como espargidores inflamáveis.
Foram também observadas tendas de camping montadas no local. Foi necessário o uso de visão térmica para identificar indivíduos dentro das tendas. Em uma destas, alguns indivíduos estavam aparentemente sentados ao chão e com as mãos nas costas, supostamente amarrados, com outro sujeito sentado à frente destes.
Adicionalmente, uma distorção anômala foi identificada, na qual sujeitos armados com rifles e lança-chamas foram capazes de adentrar na anomalia.
Um Time de Assalto e Investigação de Fauna e Flora foi despachado imediatamente.
FIM DO REGISTRO.
ADENDO XXX.PT.2
ENVOLVIMENTO DE GRUPOS DE INTERESSE
SÍTIO PT10
DEPARTAMENTO DE ARQUIVOLOGIA
DIRETORIA DE RELAÇÕES EXTERIORES
RELATÓRIO DE GRUPO DE INTERESSE
Nome: Mãos Verdes
Status: Ativo
Descrição: Mãos Verdes é conhecida publicamente por se tratar de uma organização não governamental e ambiental que promove defesa, preservação e união do meio ambiente com a humanidade, possuindo laboratórios de pesquisa botânica e biológica espalhados ao redor do mundo, com maior concentração no Brasil. Porém, atua secretamente como uma seita com fundamentos do Judaísmo com tendências anarcoprimitivistas.
Radicalmente contra avanços tecnológicos e a industrialização. Acreditam na destruição da evolução tecnológica e no enfraquecimento da sociedade, até um estado primitivo, como forma de fortalecer a natureza, para que assim a humanidade tenha seus pecados purificados e retornem ao Jardim do Éden.
Para atingir seus objetivos, produzem anomalias biológicas taumatúrgicas, planejam expedições para áreas naturais consideradas sagradas, e em casos mais extremos, cometem terrorismo.
Tipo: Científico-religiosa. Meritocrática.
Organização: No alto escalão, as Árvores são os líderes supremos das Mãos Verdes. Como assembleias religiosas comuns, possuem fiéis e os líderes religiosos, os Jardineiros, que conduzem reuniões e seitas em seus locais de culto. Externamente, os ativistas lidam com protestos e repasse de informação.
Atitude em Relação à Fundação: Hostil
SÍTIO PT10
COMANDO SUPERINTENDENTE
GABINETE DIRETORIAL
MINUTA DE ATA DE REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA
1. Reunião realizada no dia 30 de março de 2036 às 10:00, presencialmente na instalação denominada "SÍTIO PT10", conduzida pela Dr.ª Yasmin da Silva para a formalização de deliberações referentes ao objeto anômalo nº XXX.
2. Mesa composta por Dr.ª Yasmin da Silva — Diretora de Instalação do Sítio PT10, Maj. Samuel Veríssimo Gaspar — Diretor do Departamento de Segurança do Sítio PT10, Dr.ª Júlia Corrêa Pinhais — Diretora da Diretoria de Relações Exteriores do Sítio PT10, Dr.ª Micaela Barcelos Quental — Diretora do Departamento de Astrobiologia do Sítio PT10, e a Inteligência Artificial Camomila — designada Secretária-Geral. Compreende-se o corpo necessário para a deliberação e aprovação de quaisquer medidas relevantes.
I. Considerando as características extraordinárias do objeto anômalo nº XXX a título precário, resolve-se aprovar, em caráter provisório, a classificação de OBJETO SCP sob designação numérica "XXX-PT", CLASSE DE CONTENÇÃO "KETER", e NÍVEL DE AMEAÇA "LARANJA", classificando-o como SCP-XXX-PT/YOG-SOTHOTH sob o caráter de PROJETO especial de mesmo nome sob a responsabilidade da Dr.ª Micaela Barcelos Quental.
Esta designação em título precário ficará pendente a aprovação do CONSELHO LUSÓFONO DE DIRETORES após deliberação específica, entretanto, em caráter provisório, mantém-se o gozo de todos os privilégios e responsabilidades relativas aos processos de segurança, contenção e proteção do objeto anômalo.
II. Considerando o Protocolo de Emergência 28.03.2036/XXX-PT e a deliberação expedida pelo COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS da Fundação Lusófona, expedida na data de 28 de março de 2036 por solicitação do Maj. Samuel Veríssimo Gaspar:
"[…] em vista do relatório expedido pela Força-Tarefa Móvel PT1 — "Olhos Alados" referente as características do objeto anômalo nº XXX e, em especial, a extensa área geográfica de afetação de seus fenômenos, este Comando nada tem a opor ao DEFERIMENTO do pedido de classificação das operações relativas sob caráter EMERGENCIAL.
[…] aprova-se, portanto, a solicitação para o estabelecimento da ZONA DE CONTENÇÃO PT10-Λ conforme os memoriais e projetos anexos neste protocolo, sob a responsabilidade do requerente Maj. Samuel Veríssimo Gaspar […].
Este Comando recomenda a criação de um grupo de trabalho, ou Força-Tarefa Aplicada específica para as operações relativas ao objeto anômalo, sem prejuízo as diretrizes padronizadas de emprego e operação de Forças-Tarefa Móveis tradicionais, tendo em vista a complexidade especial e única relativa ao objeto em questão.
A Diretoria de Logística e Material deste Comando irá providenciar, conforme minuta anexa, os materiais e recursos solicitados pelo SÍTIO PT10 em caráter de urgência."
A. Considerando a impossibilidade de transporte para contenção do objeto anômalo, DEFERE-SE a solicitação para estruturação edilícia de Instalação Segura, designada ZONA DE CONTENÇÃO PT10-Λ, sob responsabilidade do SÍTIO PT10.
B. Considerando o caráter logístico e geográfico da ZONA PT10-Λ, as ações do Grupo de Interesse designado MÃOS VERDES e características gerais do objeto anômalo, ATIVA-SE a FORÇA-TAREFA APLICADA PT2-Λ — "A CHAVE E O PORTÃO".
Sob a indicação do Tte. Cel. Justino Bellucci — atual Comandante da Força-Tarefa Móvel PT2 — "Flechas de Oxóssi", auditoria e aprovação desta Diretoria, designa-se o Sr. Anthony Bonanza Lemos, Capitão da reserva do Exército Brasileiro e atual membro da Divisão Ambiental Terrestre Φ da FTM PT2 para o comando da FTA PT2-Λ.
III. Considerando a natureza sensível do PROJETO YOG-SOTHOTH, juntamente com os processos e necessidades do Projeto para a manutenção de suas operações e atividades técnico-científicas relacionadas ao objeto anômalo, confere-se a este Projeto a qualificação NÍVEL DE SEGURANÇA 4/XXX — "SECRETO", juntamente com a aplicação de VERIFICAÇÃO AVANÇADA DE SEGURANÇA ao Maj. Samuel Veríssimo Gaspar, à Dr.ª Micaela Barcelos Quental e ao Cap. Anthony Bonanza Lemos para os ativos e passivos de relevância do PROJETO YOG-SOTHOTH.
IV. Considerando o Acordo de Cooperação de 1992 e o envolvimento e interesse do Grupo de Interesse Clube de Caça da Fauna e Flora ao objeto anômalo, por aconselhamento da Dra. Júlia Corrêa Pinhais, DEFERE-SE a proposta de Operação Tática Intercooperativa, sob designação Tratado de Cooperação Eventual CCFF-FL 127/2036.
3. Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, da qual lavrou-se eletronicamente a presente ata que lida e aprovada, foi assinada digitalmente por este Conselho.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE PELA DR.ª YASMIN DA SILVA — DIRETORA DO SÍTIO PT10.
ADENDO XXX.PT.3
REGISTROS DE ANOMALIA
SÍTIO PT10
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA
COORDENADORIA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS
REGISTRO DE EXPLORAÇÃO INICIAL DE ANOMALIA
Descrição dos eventos que ocorreram após asseguração e contenção inicial do objeto anômalo, no dia 02/04/2036 das 9h00 às 10h21.
A construção provisória de uma zona de contenção e um centro de operações ocorreu no dia 30/03/2036. Medidas apropriadas foram tomadas para a contenção do fenômeno e seus produtos, sem que houvesse perda de pessoal. Qualquer alteração na anomalia espaço-temporal foi reportada imediatamente à equipe de pesquisa responsável. A anomalia esteve sob constante observação e vigilância para contenção/eliminação de espécimes anômalas; oficiais responsáveis utilizaram armamentos flamejantes necessário.
No dia 02/04/2036, deu-se início a primeira exploração remota da fenda. Uma equipe de três pesquisadores e um oficial responsável por um Veículo Remotamente Operado com equipamento exploratório, a cabo, foi montada para análise e observação. Após os devidos preparos, foi iniciada a exploração às 9h00.
Após a passagem da anomalia, é observada uma espécie de sistema de cavernas, com túneis de circunferência aproximada de 20 metros. As paredes possuem aspecto úmido, havendo casulos de efeito caleidoscópico espalhados pelo recinto, contendo espécimes de SCP-XXX-PT-1, em diferentes tamanhos, em estado dormente; nenhum espécime é encontrado fora dos aparelhos. Esses elementos assemelham-se ao glóbulos observados em tentáculos destes mesmos espécimes.
O VRO registra o momento da saída de um espécime de um casulo próximo; a criatura começa a se movimentar dentro da célula, e utiliza seus apêndices para rasgá-la. Com isso, o espécime se desprende, liberando juntamente uma espécie de fluido viscoso. O espécime então se dirige à distorção anômala e a atravessa. O VRO utiliza seu apêndice articulado mecânico para armazenar um fragmento do material do invólucro e uma quantidade do líquido.
Às 9h45, foi encontrado o que aparentava ser uma placa suspensa no ar, similar à uma mesa. O VRO, equipado com uma garra mecânica e suspensão que se eleva e se rebaixa, foi capaz de interagir com a placa, que resultou em uma placa menor saindo da mesma, mostrando signos desconhecidos e imagens da floresta amazônica brasileira, junto com sua flora e fauna.
Ademais, depois deste ocorrido, às 10h21, a equipe perde contato com VRO. Logo, descobriu-se que o cabo que se conectava com o VRO foi rompido.
FIM DO REGISTRO.
SÍTIO PT10
DEPARTAMENTO MÉDICO
COORDENADORIA DE PATOLOGIAS
REGISTRO DE OCORRÊNCIA
Os sujeitos em quarentena do Clube, passaram por uma infecção anômala que se origina a partir da microbiota do local, após 15 dias. Ademais, o meio ao qual esta ocorreu fora a epiderme; os sintomas começaram na pele dos indivíduos, ao qual apresentaram os seguintes sintomas:
- Palidez.
- Xerose.
- Pintas púrpuras.
Dentre outros sintomas, ao decorrer do tempo:
- Fortes náuseas, o que leva ao vômito muitas vezes.
- Fortes dores de cabeça
- Fraqueza, os sujeitos devem ficar acamados.
- Diarreia.
O tratamento provisório tem sido uma solução intravenosa para impedir perda considerável de hidratação e nutrientes que ocorrem durante o vômito e a diarreia, junto a medicamentos para dores. Não se sabe o quanto tempo pode durar infecção ou se há de piorar.
FIM DO REGISTRO.