SCP-127-PT
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Imagem de SCP-127-PT-B. Ferramentas ópticas são incapazes de produzir imagens nítidas de SCP-127-PT-B.

Item nº: SCP-127-PT

Classe de Objeto: Euclídeo

Nível de Ameaça: Laranja

Procedimentos Especiais de Contenção: Instâncias de SCP-127-PT-A devem ser contidas em celas de contenção de humanoides no Sítio PT13. "Anciões" devem permanecer vestindo uma camisa de força a todo o momento, e aqueles tentando executar uma invocação agressiva de SCP-127-PT-B devem ser executados no ato. É proibido o uso de travas eletrônicas nas áreas de contenção dos objetos devido às capacidades de SCP-127-PT-B de desativá-las em seu estado agressivo.

SCP-127-PT-B, quando em seu estado passivo, é autorizado a trafegar por áreas selecionadas pela diretoria do Sítio e pelo pesquisador Sênior responsável pela contenção do objeto, entretanto, um dispositivo emissor de PEMs1 deve estar acoplado a um dos pés de SCP-127-PT-B a todo o momento. Tal dispositivo deverá ser acionado em caso de quebra de contenção da entidade.

Testes com qualquer um dos objetos de SCP-127-PT não são mais permitidos. Os códigos de ativação em SCP-127-PT-As devem ser cobertos por bandagens abaixo de suas roupas, e Funcionários de nível inferior a 3 que tiveram contato com os códigos, ou com o método de funcionamento de SCP-127-PT-A ou B, devem ser tratados com amnésticos classe-C e reatribuídos a outros objetos dentro da Fundação.

Descrição: SCP-127-PT é a denominação coletiva para duas entidades relacionadas, denominadas como SCP-127-PT-A, e SCP-127-PT-B.

SCP-127-PT-A são um grupo de 25 15 seres humanos na faixa etária de 30 a 80 anos, pertencentes a várias etnias distintas, que anteriormente faziam parte de uma facção dissidente da "Igreja do Deus Quebrado" em Cabo Verde, a qual será referida a partir de agora como IDQ-CV. Cada um desses membros possui um código binário tatuado em suas costas, e uma tela correspondente ao Tablet Lumia 2520 colocada em seu abdômen. Em vez da interface normal do aparelho, apenas uma tela preta, um espaço para digitação e um teclado numérico são visíveis no visor do mesmo.

Cada um dos membros da organização ocupava um cargo na hierarquia da IDQ-CV. Os "anciões" são responsáveis por conduzir rituais, aplicar ações disciplinares nos cargos mais baixos e gerenciar o uso dos códigos de invocação de SCP-127-PT-B. Os tablets dos "anciões" são os únicos capazes de invocar SCP-PT-127-B. Se os códigos de invocação forem usados nos níveis inferiores da IDQ-CV, a instância de SCP-PT-127-A envolvida sofrerá de dores de cabeça e náuseas incessantes durante um período de 48 horas. Códigos que invocam SCP-127-PT-B em seu estado passivo são caracterizados como "Códigos Alpha". Códigos que invocam SCP-127-PT-B em seu estado agressivo, são chamados de " Códigos Zulu"2. Códigos que não invocam SCP-127-PT-B, são classificados como "Códigos Foxtrot". Códigos Foxtrot fazem com que uma série de comandos surjam na tela de SCP-127-PT-A. Nenhuma finalidade foi descoberta para os comandos.

SCP-127-PT-B é uma entidade humanoide medindo aproximadamente 1,68 m de altura, que se autodenomina "Martha Müller Prime". Suas mãos, pés e região encefálica são as únicas peças sólidas presentes em sua estrutura. Estas são ligadas por meio de uma rede de cabos feitos de uma amálgama de cobre, revestidos por uma capa de borracha escura. O restante de sua estrutura é uma representação holográfica amarela e translúcida de um corpo humano feminino. SCP-127-PT-B possui uma inteligência artificial com capacidades cognitivas semelhantes à mente humana, sendo capaz de se comunicar de maneira coerente em aproximadamente 95% das situações à qual foi exposta. O objeto é cortês e colaborativo com pesquisadores, funcionários de Segurança e sujeitos de Classe-D, entretanto, em seu estado agressivo, SCP-127-PT-B atacará qualquer humano em seu raio de visão, desferindo socos e chutes contra suas vítimas. Foi reportado que nesse estado, a entidade ocasionalmente emite ruídos incompreensíveis, além de causar mau funcionamento em câmeras de segurança. O efeito também se aplica, mas não se limita a:

  • Travas eletrônicas
  • Sistemas de áudio e som
  • Computadores e celulares
  • Aparelhos transmissores de ondas de rádio
  • Máquinas autônomas
  • Eletrodomésticos

SCP-127-PT-A considerados "anciãos" que invocaram algum SCP-127-PT-B que ainda está ativo, podem alterar seu comportamento, bastando apenas escrever uma nova categoria de código em seu tablet.

Embora SCP-127-PT-As afirmem que SCP-127-PT-B seja um enviado do próprio "Mekhane", SCP-127-PT-B negou qualquer envolvimento com a Igreja do Deus Quebrado.

Caso SCP-127-PT-B seja desmaterializado, via PEMs, inserção de outra categoria de código no SCP-127-PT-A invocador, ou execução de tal, a parte holográfica de seu corpo irá se desmaterializar, deixando para trás os cabos, mãos e pés e cabeça.
A cabeça de SCP-127-PT-B é constituída de uma liga metálica não identificada extremamente resistente e pode ser usada como um projetor após a desmaterialização do objeto. Depois de ligado em uma fonte de 220V, a cabeça da entidade projetará uma tela preta, com uma linha horizontal amarela no topo, dividida em retângulos de tamanhos iguais. Na região inferior da imagem, há um pequeno glossário com oito comandos. Esses comandos podem ser utilizados, caso um teclado QWERTY esteja ligado ao item.3

Descoberta: SCP-127-PT foi inicialmente descoberto quando a Polícia Nacional de Cabo Verde atendeu um chamado de poluição sonora durante a madrugada de [REDIGIDO]. A denúncia citava que aproximadamente 50 pessoas em uma igreja abandonada estariam supostamente realizando um culto e causando incomodo na vizinhança.

Uma viatura policial chegou ao local por volta das 02:00. Entrando no edifício, dois policiais foram recebidos por um dos Anciões da Igreja. Os policiais passaram alguns minutos na porta da igreja dialogando com o Ancião.

Explosões ocorreram dentro do prédio. Os policiais apontaram suas armas para SCP-127-PT-A e o pediram que se ajoelha-se. Minutos depois, unidades de elite da polícia chegaram no local e entraram no edifício. Houveram trocas de tiro por aproximadamente 40 minutos, até que os conflitos Cessassem. Registros documentais relatam que, no subsolo do prédio havia um extenso sistema de túneis, contendo dormitórios, cozinhas, arsenais, salas de aula, entre outros.

No final do sistema, uma sala de 103 metros guardava diversas escrituras em código binário gravados nas paredes, e um atril metálico cinza no centro da sala. sobre o atril, havia uma pequena tela de vidro esmaltado com uma interface touchscreen. Rumores afirmam que dentro do dispositivo, haviam dados sobre a origem de SCP-127-PT. Não se pode confirmar tal informação, pois o dispositivo deixou de funcionar assim que foi retirado do atril.

Durante interrogatório na sede da Polícia, um dos SCP-127-PT-A "ancião" demonstrou uma falta notável de conhecimento básico da língua portuguesa, além de citar locais, pessoas, e eventos que nunca existiram.

Outro ancião presente no local, teve êxito em invocar SCP-127-PT-B em seu estado agressivo. As forças policiais locais tentaram impedir a entidade, mas sem sucesso. Sobreviventes relataram que SCP-127-PT-B possuía força e agilidade sobre-humana, sendo capaz de deformar um capacete de kevlar com um único golpe. As hostilidades naquela noite pararam apenas as 05:00 da manhã. Não tardou para que o evento chegasse ao conhecimento da Fundação, que enviou uma equipe de resposta para o local no mesmo dia.

Os agentes chegaram ao local dentro de um camburão blindado, caracterizado como um caminhão da Polícia cabo-verdiana. Não existe nenhum registro fotográfico do ocorrido. A Fundação criou uma história falsa a fins de acobertar o incidente, mencionando "ataques terroristas por organizações religiosas extremistas". Durante aquela noite, 97 policiais e 35 membros da IDQ-CV foram mortos. Outros 8 sobreviventes das forças policiais foram gravemente feridos, e tratados com amnésticos posteriormente.

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