escrito por stormbreath
traduzido por L200
Enviado por Stanislav Nikolaev, д.б.н., 1991
PROBLEMA
O perigo representado pela quantidade e magnitude de Agressores de Grande Escala (AGEs) para a normalidade e a sociedade está crescendo a uma taxa sem precedentes [1], após o ataque proeminente sobre Hy-Brasil em 1988. Embora ainda não tenha havido nenhum ataque da escala do incidente de Hy-Brasil, múltiplas agências dentro dos Laboratórios Prometheus descobriram a presença de entidades semelhantes de tamanho extremo ao redor do mundo, todas as quais poderiam representar sérias ameaças à civilização mundial.
É necessário uma defesa contra essas ameaças.
No entanto, todas as evidências sugerem que os AGEs são extremamente difíceis de matar e exterminar. Apenas duas dessas entidades foram mortas. O primeiro desses AGEs foi o Crocoteuthis gigantis, que atacou e destruiu Hy-Brasil em 1988. Esta entidade só foi liquidada com o uso de um dispositivo nuclear confidencial usado pela Coalizão Oculta Global, cujo uso é proibido por vários regulamentos nucleares internacionais. Esta arma não pode ser reutilizada pela Prometheus por diversos motivos legais.
Como muitas das armas em potencial que poderiam exterminar um AGE estão sujeitas a regulamentações e proibições legais semelhantes, a Prometheus deve encontrar uma arma que não esteja sujeita a tais regras. A maneira mais fácil de fazer isso é criar uma nova classe de arma eigen [2] que estará livre de todas as regulamentações internacionais.
SOLUÇÃO
Uma nova classe potencial de arma eigen que seria capaz de exterminar um AGE é conhecida. Nisso, fica clara a relevância do segundo AGE falecido. Em 1990, o Cetacea beringei matou o Eubrachyura karkinos. [3] Um segundo método de matar um agressor de grade escala torna-se aparente a partir deste incidente: outro agressor de grande escala, controlado pela Prometheus.
Isso, entretanto, apresenta um problema secundário. A capacidade dos Laboratórios Prometheus de criar tal entidade é extremamente limitada, a ponto de ser impraticável. Todas as tentativas de cultivo de novos espécimes de C. gigantis enfrentaram dificuldades repentinas e imprevistas e a morte de todas as entidades antes da maturação completa. Tentativas de criar um novo AGE a partir do zero também foram malsucedidas.
Uma solução alternativa seria assumir o controle de um AGE existente. Todos os métodos para fazer isso requerem alguma medida de docilidade do AGE, o que é completamente ausente em todos os AGEs conhecidos. Métodos físicos requerem subjugar o AGE, o que é tão impossível quanto matá-lo. A função mental de todos os AGEs conhecidos é tão drasticamente diferente da de humanos que o controle psiônico de qualquer um é impossível.
No entanto, existe um AGE que será dócil o suficiente para que a Prometheus o modifique e assuma seu controle: o cadáver do próprio C. gigantis. Com modificações cibernéticas e taumatúrgicas apropriadas para reparar os danos causados a ele pela Coalizão Oculta Global e para substituir sua estrutura neural por um conscrito artificialmente inteligente facilmente controlável, o cadáver do C. gigantis estará pronto para fins de defesa.
PLANO COMERCIAL
O C. gigantis modificado poderia ser usado como segurança licenciada para uma variedade de grupos de investimento estabelecidos ou para segurança interna nos Laboratórios Prometheus. Embora o cadáver será especificamente modificado para combate contra outros AGEs, todas essas modificações o tornarão eficaz no combate a quase qualquer outra ameaça, com poucas chances de derrota.
Como a entidade estará obrigatoriamente sob o controle dos Laboratórios Prometheus e será necromanticamente alimentada, manutenção só será necessária para os aprimoramentos cibernéticos. Esses aprimoramentos serão colocados dentro do corpo da entidade e serão protegidos pela carne e osso do C. gigantis, garantindo que eles serão protegidos de fatores ambientais. Como tal, pouco custo será necessário para a manutenção da entidade melhorada.
Caso as melhorias se provem bem-sucedidas, cópias adicionais podem ser criadas por meio do uso dos Nälkä para chocar os ovos contidos na entidade, que deverão ser adquiridos da Marshall, Carter e Dark. Pesquisas indicam que o período de crescimento do C. gigantis é longo, mas isso pode ser acelerado por vários meios acessíveis aos Laboratórios Prometheus. [4] Idealmente, todas essas cópias serão mais fracas do que o original, evitando a obsolescência do original.
UTILIZAÇÃO DO FINANCIAMENTO
O principal uso do financiamento solicitado será para comprar o cadáver do C. gigantis da Marhsall, Carter e Dark, LTD. Embora a MC&D inicialmente tenha exigido 100.000.000 USD pelo cadáver, ele não foi vendido nos dez anos intermediários entre a listagem inicial e agora. Custos de armazenamento são proibitivos, indicando que o preço pode ser negociável.
A melhoria do cadáver será cibernética e taumatúrgica. Ambas serão realizadas internamente pelos Laboratórios Prometheus, mas exigirão terceirização adicional para atender à demanda em um prazo razoável.
A modificação cibernética do cadáver será feita com o auxílio da Anderson Robóticas, que será contratada para realizar várias das modificações necessárias em conjunto com os Laboratórios Prometheus. O custo disso já foi estabelecido e planejado com a Anderson Robóticas, e será realizado por um custo total de 10.000.000 USD.
A segunda forma de modificação que será realizada no cadáver é taumatúrgica. O C. gigantis modificado precisará ser capaz de exterminar outros AGEs e, portanto, pequenas modificações precisarão ser adicionadas para garantir sua eficiência em combate. Essas modificações servirão para fortalecer as escamas da entidade, aumentar a intensidade do fogo gerado e ampliar a entidade. Para realizar isso, artesãos de carne Nälkä serão contratados para realizar os rituais necessários. Isso custará 500.000 USD.
Fundos para o emprego de funcionários da Prometheus, de divisões como Prometheus Bioengenharia1, Orpheus Biomedicina2, e Vulcan Engenharia3, também serão necessários, conforme determinado pelo prazo desejado para a conclusão do projeto e o pagamento prévio de tais funcionários.
PROBLEMAS CONHECIDOS
O processo em si de restaurar a vida de uma entidade falecida há muito tempo não é simples. Embora o C. gigantis seja um espécime bem preservado, ele está falecido há pouco mais de dez anos. Como tal, ele pode se demonstrar difícil para as técnicas iniciais de revivificação. Pode ser necessário contratar necromantes alternativos ou usar múltiplos de uma vez.
A interface entre o sistema de controle e a rede neural pode não ser configurada corretamente, impedindo o controle total. Para servir como sistema de segurança para controlar este problema, um interruptor de emergência será implantado no cérebro da entidade, contendo uma grande quantidade de cianeto. Caso o C. gigantis não se mostre tratável, esse cianeto será liberado diretamente na corrente sanguínea, exterminando-o rapidamente.
A questão final com o projeto será metafísica. É possível — embora não se suspeite que seja provável — que reviver o C. gigantis resultará em um evento global de cascata de EVE que despertará e/ou rejuvenescerá vários outros Agressores de Grande Escala. Isso é apenas fracamente apoiado pelos modelos atuais, visto que os laços simpáticos entre o C. gigantis e outros organismos não são considerados fortes o suficiente para ter quaisquer ramificações físicas.