SCP-005-PT

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Item nº: SCP-005-PT
Classe do Objeto: Keter
Sítio Responsável: PT42
Diretor: Fernando Dubroc
Chefe de Pesquisa: Dr. Lóssio
Força Tarefa Atribuída: Ω Barlavento
Nível 5/005-PT
CONFIDENCIAL

Procedimentos Especiais de Contenção: SCP-005-PT é mantido seguro a partir da aliança interfilial (PT, JP, ES) denominada "Metnala". A cooperação foi firmada devido a proximidade de 3 sítios e também por razão de que estes são os únicos sítios que são capazes de produzir e armazenar as esferas armilares necessárias. Todo o perímetro ao redor de SCP-005-PT-1 deve ser patrulhado pela Força Tarefa Móvel 54-Ω — "Barlavento". As esferas armilares que não estiverem em uso, devem ser armazenadas em cofres de contenção padrões localizados no almoxarifado do Sítio PT42.

Descrição: SCP-005-PT designa uma região oceânica situada além das noções espaciais conhecidas pela ciência atual. Suas dimensões totais ainda são incertas devido às dificuldades ocasionadas pelos meticulosos protocolos de acesso, estima-se que a distância entre o Ponto de Inserção (PI) e o Precipício Maior (PM) é de cerca de 500 quilômetros. Com base nos dados recolhidos durante todos os anos de exploração exercidos pela Fundação, apenas três localidades exibem qualidades distintas o suficientes para serem listadas:

Ponto de Inserção (PI) - Nomenclatura designada para descrever o ponto singular de travessa espacial, este elemento surge quando o cristal ítrico central de SCP-005-PT-1 é excitado por um campo magnético de 10³ T emitido por um magnetar1 compacto com diâmetro de 542 metros. Ainda não se possui dados o suficiente para concluir a maneira da qual esse magnetar surge e como ele se mantem. Atualmente o departamento de Física Quântica Transdimensional da Área PT27 está pesquisando sobre um elemento esotérico capaz de interagir com partículas e alterar suas propriedades "dimensionais" por meio de trocas de estados energéticos Fersiônicos2, é teorizado que o cristal ítrico gera um fluxo harmônico de Fersions, provocando um "rasgo" na estrutura energética do espaço3. Devido a impossibilidade energética de gerar um magnetar, a única maneira viável para adentrar em SCP-005-PT, é seguir o protocolo de acesso “Vidit”:

Documento originalmente redigido em 18 de agosto de 1498 em Alvalade, Lisboa; Escritor desconhecido; Após o “Concílio de Évora” realizado em 1997 por membros do CL5, este documento sofreu drásticas alterações visando facilitar sua compreensão por funcionários designados a explorar SCP-005-PT.

“Para uma exploração segura é recomendado organizar uma frota de ao menos 4 navios de pesquisa UM3 que estejam previamente configurados para viagem em topografias não-einsteinianas. Cada navio deve portar 1 esfera armilar de ouro4, ornada com pedras preciosas somente encontradas em uma rede de cavernas situada na “Ilha do Rei George”, Antártica5. Para chegar no arquipélago do “Santo Algar”, o navio deve partir especificamente de Açores em direção ao sul. Em cerca de 1 hora de viagem, devido ao efeito anômalo da esfera armilar, o navio é inserido em um turbilhão espacial superluminal, transportando o mesmo em ~9 femtossegundos para as proximidades do arquipélago. Os navios devem se posicionar ao redor do cristal ítrico central. Se todo o protocolo for seguido com exatidão, as esferas armilares irão flutuar e configurar-se em uma órbita de toro em volta do cristal, após a velocidade orbital das esferas chegarem a 73% de c6, o magnetar é gerado em volta do cristal ítrico, excitando-o e gerando a anomalia de entrada de SCP-005-PT. Basta seguir para norte e chegará no “Algar”; Para retornar basta seguir em direção oposta7."

Farol (F) - Este monumento se assemelha com o “Farol de Alexandria”8, possui 753 m de altura e 205 m² de base. Está situado nas proximidades do Precipício Maior, por via da peculiar "disposição espacial" apresentada pela estrutura, é impossível estabelecer coordenadas precisas. Essa estrutura apresenta um comportamento anômalo que deforma a sua própria localização espacial e se atualiza de acordo com a posição do observador, tornando impossível a aproximação para demais explorações.

Precipício Maior (PM) - O Precipício Maior é a região "boreal" máxima de SCP-005-PT. A curvatura da dimensão espacial onde SCP-005-PT ocorre é nula, possibilitando eventos singulares de cunho extralógico. Nessa localidade, a topografia espaço-temporal é infinitamente negativa, criando um ponto adimensional que é percebido por seres humanos como um abismo interminável. O oceano Algar está em um fluxo “eterno” de deságua, seguindo o sentido PI > PM.



A composição das águas do oceano "Algar" é idêntica a do Pacífico; A profundidade média é de cerca de 202 metros; O leito oceânico é iluminado por compostos químicos emissores de luz aglutinados em glóbulos capazes de movimento autônomo, a força que mantém estes compostos juntos e faz com que eles se movam é desconhecida. SCP-005-PT não possui nenhuma biologia análoga à dos oceanos terrenos, por sua vez é encontrado em grandes quantidades, seres que se assemelham, em aparência, ao extinto Haikouichthys ercaicunensis. Alguns espécimes foram adquiridos ao longo das explorações. Devido ao efeito Dwight9, todos os seres vivos conscientes pertencentes ao “Algar”, sofrem de morte encefálica ao passar do Ponto de Inserção. É provável que este fenômeno seja um mecanismo de preservação da fauna local10

Denomina-se SCP-005-PT-1 o arquipélago de “Santo Algarus”, localizado 300 km a sudoeste da ilha de Páscoa. SCP-005-PT-1 é um conjunto de seis ilhas vulcânicas idênticas, sua forma em totalidade assemelha-se a da constelação Volan; a elevação média do terreno de cada ilha é ~340 metros. Não há vegetação presente. SCP-005-PT-1 é necessário para desencadear o Ponto de Inserção.

A busca pela localização de SCP-005-PT-1 foi durante anos a principal perquirição da “Ordem Esotérica da Casa do Santo Algar”, uma ordem templária que buscava encontrar o “Oceano Algar”11, acredita-se que este grupo esteja relacionado com a Ordem da Torre e do Valor. De alguma forma esta sociedade secreta exerceu influência significativa sobre a Coroa Portuguesa e interferiu no curso das grandes navegações, um dos principais propósitos para exploração das terras onde atualmente se encontra o Brasil, foi a procura de um lendário monte que abrigava um sistema de cavernas onde uma das esferas armilares originais estariam armazenadas.

Em 23/12/1954, após 10 anos de busca, o explorador britânico Joseph Byrd finalmente havia encontrado o monte descrito pelo mito. A caverna mostrava sinais de que já havia sido explorada anos antes, nenhuma esfera armilar foi encontrada. Por meio de seus próprios recursos, Joseph Byrd ordenou a construção de uma estação de pesquisa no interior do monte, alegando que este era o trabalho de sua vida. As obras se iniciaram em 04/02/1955, terminando em 13/04/1955. A estação de pesquisas se manteve operacional até 1967, onde a movimentação de veículos e pessoas chamou a atenção da Superintendência Brasileira do Paranormal, a partir desse ano, o governo interviu na pesquisa e iniciou a construção de mais cinco setores abaixo da primeira estação.

Em dezembro de 1980, a ultima secção da caverna fora encontrada. Nesta secção havia diversas inscrições nas paredes indicando a existência de um outro sistema de cavernas localizado na Antártica, mobilizando uma exploração para a ilha do Rei George, situada a 130 quilômetros da península Antártica. Após o dissolvimento da Superintendência Brasileira do Paranormal, ocorrido em 1992, tal estação de pesquisa foi adquirida pela Fundação e nomeada Área PT27. Atualmente 15 itens estão sendo mantidos nesta instalação.


Adendo SCP-005-PT-Γ: Durante a madrugada de 25/02/2012, um incêndio se alastrou por toda a estação devido a uma explosão na praça das máquinas. A razão pela qual se deu a explosão permaneceu desconhecida até que um dos funcionários que havia sobrevivido relatou que um dos cristais utilizados no experimento de vibração escalar estava apresentando picos instáveis de interações fersiônicas, o que seria impossível, dado que a amostra de cristal utilizada no experimento era averso à propriedades de indução fersiônica. Acredita-se que o cristal foi "ativado" por alguma força exterior, possivelmente SCP-005-PT, dado que o mesmo apresenta uma forte ligação com os cristais.

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