Item nº: SCP-171-PT
Classe do Objeto: Euclídeo
Procedimentos Especiais de Contenção: Toda área dentro de um raio de 2km ao redor da área onde SCP-171-PT é contido deve ser livre de desenvolvimento humano. Funcionários não devem se aproximar desta área, e quaisquer testes devem ser aprovados pelo Diretor Braga. Postos de vigilância devem impedir civis de acessarem a área de SCP-171-PT.
Descrição: SCP-171-PT é uma criatura equina medindo 2,15m de altura. SCP-171-PT assemelha-se à um cavalo, porém sua cabeça é ausente, que forma um buraco no topo do pescoço. Deste buraco, um fluxo constante de chamas é emitido. A estrutura interior de SCP-171-PT [DADOS EXPURGADOS].
SCP-171-PT manifesta-se em um específico pedaço de terra nos arredores de Belo Horizonte, MG; o raio desta área é de aproximadamente 2km. SCP-171-PT é hostil e atacará qualquer ser humano que entre nesta área entre o horário de 0h00 até 6h00. Em 100% dos casos, SCP-171-PT ataca usando suas chamas, porém não mata o indivíduo, aparentemente preferindo afastar invasores. SCP-171-PT também vocaliza-se, com barulhos semelhantes à relinchos, porém testemunhos de padres de religiões abraâmicas alegam ouvir uma mulher chorando. SCP-171-PT apenas manifesta-se na presença de humanos; outros animais ou vigilância remota não provocam reações hostis.
Adendo 171-PT-1: Descoberta
SCP-171-PT foi descoberto após diversos desaparecimentos acima do número típico na cidade de Belo Horizonte; agentes da Fundação descobriram o objeto junto à um carro abandonado durante a investigação. Veículo pertencia ao padre José Roberto Guimarães, que até o momento está desaparecido.
Entrevista 171-PT-A
Entrevistado: Roberto Silva
Entrevistador: Dr. Borges
Início do Registro
Dr. Borges: Diga seu nome para o registro, por favor.
Roberto Silva: R-Roberto Silva.
Dr. Borges: O senhor é religioso, senhor Silva?
Roberto Silva: Sou crente, sim. Sou um bispo lá na nossa igreja.
Dr. Borges: Muito bem. Quando você viu o objeto pela primeira vez?
Roberto Silva: A mula…eu tava voltando pra casa. Eu vi uma coisa queimando assim, no meio do mato. Estacionei o carro pra ir lá e…ela correu atrás de mim.
Dr. Borges: Por favor, continue.
Roberto Silva: Tá…eu tava correndo, né? Só que…eu ouvi um choro…era minha filha, doutor.
Dr. Borges: Por favor, elabore.
Roberto Silva: A minha filha…a gente descobriu que ela tinha tido relações com o padre da nossa igreja. Ela era virgem, doutor. Fiquei abismado. No dia seguinte ela desapareceu. O padre fugiu depois de ser expulso da igreja. Aí que começaram a falar de um bicho lá no mato. Eu não acreditava, mas, agora… todo mundo me chama de louco. Eu sei o que eu vi.
Dr. Borges: Você está dizendo que SCP-171-PT é sua filha?
Roberto Silva: Eu tenho certeza. Reconheço a vozinha dela em qualquer lugar. Coisa de pai. E se foi aquele padre que fez isso? E se a minha filha foi…amaldiçoada por causa daquele filho da puta? Transformada naquela…naquela coisa. Isso não é justo, doutor. Vocês tem que me ajudar, pelo amor de Deus.
Dr. Borges: Entendo sua aflição, sr. Silva. Nós iremos investigar o caso. Obrigado por cooperar com a entrevista.
Roberto Silva: Não tem de quê. Eu só quero ir pra casa. Não tô com cabeça pra isso.
Após a entrevista, o Sr. Silva foi dado um Amnéstico Classe B e liberado. Precauções serão implementadas para minimizar o risco de uma brecha de informação.