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Créditos:
- Trilha da floresta, por SplitShire., modificado por
zAGSz.
- SCP-192-PT: Por
zAGSz
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Item n°: SCP-192-PT
Classe do Objeto: Euclídeo
Procedimentos Especiais de Contenção: SCP-192-PT deve ser armazenado no interior do Sítio PT201 dentro de um cofre de contenção padrão. É estritamente proibido que qualquer indivíduo mantenha contato visual com o conteúdo escrito em SCP-192-PT. Caso um dos funcionários encarregados da contenção do item apresente desejo de realizar o Procedimento descrito em SCP-192-PT, o mesmo deve ser temporariamente afastado do objeto e só retornar para o local de monitoramento após um período de 3 horas ou mais.
Expedições de pesquisa em SCP-192-PT-A precisam da autorização do atual chefe do time de contenção de SCP-192-PT. Para que a equipe encarregada da exploração adentre o local, o Ritual descrito em SCP-192-PT deve ser realizado por um indivíduo Classe-D.
Fotografia tirada de SCP-192-PT
Descrição: SCP-192-PT é a designação atribuída à uma folha de papel de 29,7 x 42 centímetros, datada aproximadamente do século XVII. O item possui diversos rasgos e locais amassados, além da presença de gotícolas de sangue espalhadas ao longo do documento. O conteúdo do papel, escrito em um idioma denominado "Hidredyu"2 apresenta diversas instruções e materiais necessários para se realizar um Procedimento anômalo.
A folha de papel apresenta uma qualidade anômala capaz de afetar o estado mental do indivíduo que faça um contato visual de aproximadamente 3 segundos com o conteúdo escrito, compelindo-o memeticamente a realizar o Procedimento. Após uma série de experimentos, confirmou-se que parte da anomalia é fazer com que os indivíduos afetados por seu efeito de compulsão compreendam o texto escrito em Hidredyu, independentemente de seu conhecimento anterior da linguagem.
A apetência do indivíduo afetado por SCP-192-PT aumenta, e esse desejo cessa apenas após um período de 1-2 horas sem contacto visual direto com a folha de papel ou após a concretização do Procedimento. Nada ingerido no processo descrito no objeto chega ao estômago do indivíduo afetado, desaparecendo de forma anômala antes que sua digestão se inicie.
Ao término do Procedimento, uma entidade se apresentará ao sujeito que realizou o Ritual imediatamente, doravante designada SCP-192-PT-1.
SCP-192-PT-1 são entidades humanoides bípedes de, em média, 2,2 metros de altura, com a pigmentação da pele cinzenta azulada. SCP-192-PT-1 não faz o uso de qualquer tipo de vestimenta ou acessório e não apresenta órgãos genitais externos. A cabeça da anomalia é um crânio com chifres de uma espécie não-identificada.
Instâncias de SCP-192-PT-1 possuem a capacidade de emitirem sons semelhantes ao de um ser humano adulto do sexo masculino. Testes revelaram que as instâncias possuem um conhecimento abrangente sobre idiomas de indeterminados grupos étnicos brasileiros do século XVII e da linguagem portuguesa do mesmo período.
O espécime de SCP-192-PT-1 tentará interagir com o indivíduo que realizou o Procedimento descrito em SCP-192-PT se apresentando ou questionando algo sobre o sujeito. Dependendo de como o indivíduo que realizou o Procedimento tratar SCP-192-PT-1, a entidade o convidará até a dimensão que deseja ir. Se a relação inicial com SCP-192-PT-1 apresentar extrema arrogância ou falta de interesse no assunto discutido, a anomalia se afastará e desaparecerá da vista do sujeito. Em ameaças ou tentativas de danos físicos direcionados a SCP-192-PT-1, o dano é completamente refletido ao sujeito responsável e a entidade desaparecerá após a agressão.
A dimensão alternativa que a entidade convida o sujeito que realizou o Procedimento a ingressar pode ser acessada por meio de um portal espiral de coloração azulada que é materializado por SCP-192-PT-1 após o indivíduo aceitar o convite. O portal se manifesta no local que a entidade escolher, e seu processo de formação é completamente finalizado em 5-10 segundos, entretanto o mesmo se desfaz instantaneamente após SCP-192-PT-1 o atravessar. Qualquer ser vivo ou material que ingresse no portão pela entrada se encontrará em uma dimensão alternativa, a partir de agora designada como SCP-192-PT-A.
O local de chegada é sempre igual; um altar circular de 4,5 metros, onde o portão é formado, em frente de uma longa trilha que leva até uma área com diversas estruturas4, juntamente de diversos monumentos5.

Fotografia registrada em SCP-192-PT-A
O local possui uma vida vegetal exótica, tendo uma flora completamente única e diversos organismos próprios. Todo o ambiente é composto por uma coloração azulada, do solo até a pigmentação natural de seres vivos nativos.
Caso o indivíduo queira sair da dimensão, SCP-192-PT-1 irá questioná-lo, entretanto formará o portão novamente e realizará uma despedida, levando o sujeito para fora de SCP-192-PT-A.
Diversas instâncias semelhantes a SCP-192-PT-1 estão presentes no local, sendo a espécie dominante. Os mesmos geralmente possuem o hábito de recolher materiais de sua dimensão nativa e construir monumentos, escreverem ou desenharem com tinta natural em alguma superfície e interagirem com outras instâncias. Outros seres vivos nativos evitam atacar instâncias de SCP-192-PT-1, mantendo sua alimentação principalmente de outros organismos ou frutos do local. As instâncias presentes na dimensão aparentam ser receptivas a qualquer ser humano que acesse SCP-192-PT-A pelo portão formado, mas se tornam agressivas a qualquer ameaça ou agressão direcionada.
Uma estrutura consideravelmente maior que as demais se encontra no local. Essa abriga um grupo de entidades com chifres maiores que o restante da população presente na dimensão, medindo até 45 centímetros de altura. Esse grupo só é apresentado em eventos especiais na dimensão, como em celebrações culturais específicas.
Uma organização social presente entre as instâncias foi observada, onde o tamanho dos chifres presentes no crânio de um determinado espécime representam a sua posição social. Instâncias de SCP-192-PT-1 com chifres menores executam diversas funções na aldeia, como recolher materiais e frutos para compartilhá-los com outras instâncias. Algumas que possuem chifres inferiores a 10 centímetros de altura não executam função alguma, enquanto entidades com chifres maiores costumam servir diretamente a uma única instância com chifres retorcidos medindo 45 centímetros de altura.
"Hidredyu" é o idioma falado por instâncias de SCP-192-PT-1 nativas. Sua estrutura é formada com base em ideogramas.
A dimensão é capaz de afetar o estado mental de seres vivos sapientes que adentram o local, causando a perda e substituição de memórias presentes no sujeito antes de acessar a realidade. Se um indivíduo não-nativo permanecer em SCP-192-PT-A por um período estendido, notavelmente de 24 a 48 horas, o mesmo será afetado pela anomalia, vindo a ter sua forma física convertida em uma instância de SCP-192-PT-1.
SCP-192-PT foi inicialmente descoberto em uma expedição realizada por bandeirantes com o intuito de angariar novas riquezas no sertão do Brasil, no ano de 1682. Um templo religioso de uma população da tribo brasileira Macro-jê foi encontrado e examinado pelos exploradores, até enfim encontrarem uma câmara onde o Procedimento com SCP-192-PT estava sendo praticado. A folha foi recuperada e permaneceu sob posse da Academia Científica do Anômalo até 1992, o ano de sua dissolução, onde chegou até a Fundação Lusófona.
Junto de SCP-192-PT, diversos outros documentos relacionados ao item foram encontrados, tais como poemas e textos da tribo que originou a anomalia. Uma crônica relevante sobre a anomalia encontrada gravada em um grande templo em SCP-192-PT-A encontra-se a seguir.