SCP-223
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Item nº: SCP-223

Classe do Objeto: Euclídeo

Procedimentos Especiais de Contenção: SCP-223 é mantido em um cofre de contenção trancado no Sítio-19. Se as duas (2) fotos que faltam em SCP-223 forem recuperadas, elas devem ser armazenadas em dois cofres separados e especialmente preparados no Sítio-17.

Qualquer funcionário que ver qualquer anomalia aparecer em qualquer lugar em SCP-223 deve ser reatribuído a outro projeto imediatamente. Ditos funcionários devem ser mantidos sob observação quanto a instabilidade mental (incluindo exame trienal por um psiquiatra do sítio) e são aconselhados a minimizar sua exposição a fotografias de qualquer tipo.

Descrição: SCP-223 é um álbum de fotos, capaz de conter trinta (30) fotos, encadernado como um pequeno livro de capa dura. As fotos são coladas às páginas com um adesivo desconhecido. Ele tem a aparência de um produto feito pela ██████████ mas não possui nenhum rótulo de marca. “De danny com amor” foi escrito no verso com tinta azul.

SCP-223 contém vinte e oito (28) fotos, que narram as férias de um casal de noivos na Praia de ██████. As duas (2) páginas finais do álbum foram arrancadas.

O casal nas fotos foi identificado positivamente como E███ ██████ e L███ ██████, que saíram pras férias retratadas em junho de 19██. E███ e L███ morreram em ██ de junho em um assassinato-suicídio de E███. A nota de suicídio de E███ afirmava que ele encontrou sua noiva na cama com outro homem e a matou, no entanto, nenhuma evidência de tal caso jamais foi encontrada.

Há uma outra pessoa que frequentemente aparece nas fotos de SCP-223, um homem caucasiano com características atraentes e um tanto andróginas, denominado SCP-223-1. Pelo seu comportamento nas fotos, ele parece ser um amigo do casal. Todas as tentativas de determinar a identidade de SCP-223-1 foram infrutíferas.

SCP-223-1 não aparece em fotos e filmagens gravadas de SCP-223, apesar de uma análise comparativa cuidadosa das fotos e [DADOS EXPURGADOS].

Ocasionalmente, pessoas lendo SCP-223 verão a aparência de seu interesse romântico em uma ou mais das fotos de SCP-223, substituindo um espectador incidental. Observadores independentes podem verificar que as fotos de fato mudam, porém essas anomalias são sempre descobertas pelo indivíduo que mais preocupam. SCP-223 parece ter como alvo leitores que estão em um relacionamento romântico estável e feliz com essas anomalias. SCP-223 aparentemente só pode ter como alvo uma pessoa de cada vez dessa maneira.

Se o descobridor da anomalia (doravante o alvo) continuar a ler SCP-223, suas percepções do conteúdo do álbum mudarão radicalmente. Enquanto qualquer outro leitor continua a ver as fotos originais, o alvo verá um álbum de fotos de seu parceiro romântico interagindo com um membro andrógino mas atraente do sexo do alvo. O alvo reage invariavelmente com ciúme e suspeita e, se permitido, buscará as duas páginas finais, acreditando que o conteúdo provará se o parceiro do alvo está traindo-o ou não.

Os efeitos de SCP-223 em um determinado alvo desaparecem completamente dentro de uma (1) semana, a menos que o alvo seja exposto a novas fotos ou SCP-223. Neste ponto, a aparência do interesse amoroso do alvo atual desaparecerá do álbum e o alvo pode visualizar fotografias normais com segurança. Um ex-alvo tentando ver as fotografias de SCP-223 verá [REDIGIDO].

Se não for permitido contato com SCP-223 após a descoberta inicial, as percepções do alvo de outras fotografias também serão alteradas. A natureza dessas alterações varia dependendo do conteúdo das fotos, mas a maioria envolve a inclusão de um humanoide semelhante a SCP-223-1. Imagens incluindo o alvo e o parceiro romântico do alvo parecem ser as mais psicologicamente prejudiciais de se ver. Exposição a um número suficientemente grande de fotos parece causar um efeito de ‘lavagem cerebral’ no alvo, criando uma forte ilusão de grande perigo que só pode ser resolvido devolvendo as fotos perdidas a SCP-223. Isso parece ser causado por uma longa sucessão de sinais subliminares e imagens traumatizantes, e não por qualquer influência psíquica real.

Relatório Psiquiátrico 223-6 (Dr. Morris) ██/██/19██ Registro de Entrevista

Examinador: Sente-se, por favor. Quanto tempo se passou desde sua primeira exposição?
Morris: Hum, cerca de uma semana? Sim, isso mesmo, sete dias. Está tudo meio fosco.
Examinador: Como você se sente?
Morris: Meio paranoico. Tenso. Como se ele estivesse me observando de algum lugar, de alguma forma. Hum, alguma atualização sobre as fotos perdidas?
Examinador: A quem você se refere com ‘ele?’
Morris: O homem que chamamos de 223-1. Das fotos. Ele está…
Examinador: Sim?
Morris: (silêncio)
Examinador: Você foi exposto a alguma foto desde sua última visita?
Morris: Não.
Examinador: Ótimo. O que você vê aqui? (a foto é de um urso pardo bebendo de uma piscina)
Morris: Hum, parece ser uma foto de dois ursos acasalando.
Examinador: Muito bem. E isto? (a foto é de uma cama, sem figuras presentes)
Morris: Um homem pelado, sentado em uma cama. Olha, já passou uma semana, certo? Você pode me deixar ir? Eu tenho que encontrar essas fotos…
Examinador: Você parece extremamente interessado nas fotografias perdidas de SCP-223. Por quê?
Morris: Eu tenho que provar a inocência da Lily.
Examinador: Dr. Morris, sua esposa não corre perigo. Descobrimos quase vinte fotografias escondidas dentro e ao redor de seus aposentos, Dr. Morris. Seja lá o que você viu naquelas fotos não é real.
Morris: (lançando-se sobre o examinador, contido pelos guardas) Mentiroso! Você está trabalhando para eles, não é!
Examinador: (para os guardas) Levem-no embora por agora.
Morris: Calma! Calma! Quando posso ver Lily de n—
[FIM DO REGISTRO]

Nota: Morris recebeu um amnéstico Classe-A e agora retornou aos seus deveres completos. Sra. Morris foi informada de que seu marido está morto.

Adendo 223-1: Uma análise mais aprofundada do relatório da autópsia de E███ indica que várias das feridas encontradas em seu corpo não poderiam ter sido autoinfligidas, por tanto, suicídio foi descartado como causa da morte. Não há evidência de outra pessoa além de E███ entrando ou saindo da cena do crime por pelo menos vinte e quatro (24) horas antes e depois de sua morte, embora [REDIGIDO] uma das paredes.

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