SCP-240
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Fotografia em papel de SCP-240 em voo.

Item n°: SCP-240

Classe de Objeto: Seguro

Procedimentos Especiais de Contenção: SCP-240 deve ser mantido em um contêiner de atmosfera controlada na Instalação de Armazenamento Artificial Segura do Sítio-77. Para prevenir infiltração de ar no rotor de SCP-240, seu cano deve ser permanente coberto com uma fita adesiva padrão. Devido a gradual deterioração dos materiais que compõem SCP-240, um técnico é responsável por inspecionar a estrutura metálica duas vezes por semana.

A fim de manter o publico geral inconsciente de SCP-240, uma história de cobertura foi estabelecida sobre as circunstancias que cercam a morte de PdI-240.

Descrição: SCP-240 é um veículo feito a mão construído por PdI-240 usando os restos de uma aeronave militar Lockheed P-38 Lightning, projetada para viajar pelo ar usando sobro como combustível. O objeto é feito em uma base octaédrica de barras e vigas metálicas unidas a quatro rodas e um rotor central, permitindo a rotação de um mastro ao qual estão presas duas hélices. A estrutura metálica de SCP-240 foi montado de forma a fornecer um local para um piloto sentar de frente ao rotor.

A parte do rotor voltado ao piloto contem um cano, estofado com tecido de paraquedas, que conecta o exterior e interior do rotor. Qualquer sopro que entra no cano que fluirá para um saco selado que é feito com tecido de paraquedas e é situado dentro do rotor. Quando o piloto expira em SCP-240, sua hélices começa a rodar imediatamente, permitindo que decole com uma força muito maior que deveria ser possível.

SCP-240 mantem sistematicamente uma trajetória ascendente, pois sua direção não pode ser controlado devido ao fato de que não possui um leme. No entanto, não representa um perigo ao piloto, pois o objeto plana automaticamente para um posso quando não é mais energizado por sobro.

Adendo 240.1: Descoberta

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PdI-240.

SCP-240 foi descoberto em 07/08/1944 no deserto do Saara no sudoeste do Marrocos, após vários relatórios das autoridades locais de um objeto voador não identificado. Dentro estava o corpo do autor e aviador Antoine de Saint-Exupéry (PdI-240),1 que havia sido dado como desaparecido em 31/07/1944, alguns dias depois de subir aos céus em um Lockheed P-38 Lightning em uma missão de reconhecimento para as Forças Aliadas da Segunda Guerra Mundial.

Foi estabelecido que PdI-240 estava a uma altitude extremamente alta a bordo de SCP-240, resultando em sua asfixia, que mais tarde pelo resultado da autopsia foi especulado que isto ocorreu fora da atmosfera terrestre. A cessação do suprimento de ar em SCP-240 fez com que o objeto caísse por um período prolongado, durante o qual foi visto e relatado pelas autoridades.

Adendo 240.2: Material Recuperado

Após a descoberta de SCP-240, o corpo de PdI-240 foi encontrado com um rascunho do epílogo do conto poético O Pequeno Príncipe, escrito algumas horas antes do primeiro voo de SCP-240. Como O Pequeno Príncipe foi publicado depois da morte do autor em 1946, a Fundação não possuía conhecimento da natureza semiautobiográfica do livro em 1944. Devido ao local que PdI-240 ocupa na narrativa por seu alter ego 'o Aviador',2 o seguinte rascunho pode ser visto como um relato ficcionalizado dos eventos que levaram à morte de PdI-240 e a criação de SCP-240.

Anos se passaram desde que o Pequeno Príncipe foi fatalmente mordido. Se alguém olhar para cima, ele me veria atravessando o céu e suas nuvens com meu companheiro mecânico. Infelizmente, os tempos mudaram. O peso de anos e as cicatrizes da guerra deixaram uma marca irremovível na minha alma. Enquanto navegava pelo ar, perdi nos meus pensamento, mais um acidente de avião estava prestes a ocorrer sem aviso. Eu não sei se o destino estava me pregando peças, mas a história parece estar se repetindo.

Sentei-me lá no meio dos destroços e restos do avião, um misto de melancolia e uma estranha gratidão me envolveram. Meu amigo era realmente robusto, mas o acidente cobrou seu preço; era necessário agir se eu quisesse salva-lo. Então, me inclinei sobre ele, meus lábios escovaram contra a estrutura de metal ainda quente, e em um gesto desesperado, eu comecei a soprar fervorosamente. Em um boca a boca frenético, eu soprei o melhor que pude, de novo e de novo, até eu ter sobrado toda a vida que eu desejava. Talvez a maioria das pessoas não sabem, mas a amizade entre um Avião e seu Aviador é profunda, até transcendental. Isso vai além da carne e do metal.

Em questão de momentos, meus pulmões estavam secos. O trabalho estava longe de estar terminado, é claro. Eu ponderei em como eu poderia conserta-lo. Danificado. Não danificado. Quebrado. Não quebrado. Cada peça passou meticulosamente por minhas mãos e meus olhos experientes. Eu misturei sua velha carcaça com meus sonhos mais loucos. O Avião precisava respirar, andar e, acima de tudo, voar novamente. Dia e noite, eu passei a trabalhar com um fervor infantil para curá-lo até o naufrágio assumisse uma nova forma, abraçando a renovação.

E finalmente, uma manha, quando o primeiro raio do sol tocou o horizonte, eu estava diante do Avião, transformado, uma perfeita fusão de metal frio e a magia perdida de adulto, pronto para desafiar as imutáveis leis da gravidade.

Sem um momento de hesitação, eu subi nos ombros de meu fiel companheiro. Era hora deixar para trás um mundo que não tinha nada além de guerra para nos oferecer. Em um sobro final, o Avião voou pelos céus. Sua trajetória era guiada para as estrelas, onde residia aquele que uma vez despertou a alma infantil dentro de mim, o Pequeno Príncipe!

E no infinito silencio do espaço, entre as constelações cintilantes, o Pequeno Príncipe e eu finalmente nos reunimos. Ligados para sempre por nosso amor compartilhado por aventuras, amizade e imaginação, transcendendo além das bordas do tempo e espaço.

Apesar da natureza novelística do texto, foi estabelecido que isto descreve a criação de SCP-240 por manipulação de realidade. Seguindo a mesma lógica, é provável que o Pequeno Príncipe representa uma anomalia que ajudou PdI-240 a adquirir essas habilidades quando se conheceram no passado. A anomalia pode ter sido neutralizada antes mesmo de ser descoberta pela Fundação, com o Pequeno Príncipe perdendo sua vida para alcançar seu asteroide como indicado pelo romance. Pesquisa está em andamento.

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Adendo 240.3 : Fotografia de Satélite

Em 24/05/2005, um satélite da Fundação usado para mapear o interior do principal cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter avistou o que aparenta ser uma replica de SCP-240 voando em um asteroide. Apesar de múltiplas tentativas de localiza-lo, não foi possível fotografa-lo novamente. Consequentemente, devido à falta de informações disponíveis, atualmente é impossível de fazer qualquer conclusão ou estabelecer uma ligação direta entre SCP-240 e sua suposta replica.

Alguns pesquisadores alegaram ver duas silhuetas humanoides na fotografia, uma alta e uma pequena, enquanto outros afirmam que são defeitos ou artefatos. Mais investigações são necessárias para determinar a validade dessas alegações.

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