SCP-302-FR

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Uma instância de SCP-302-FR-3 tipo "Fata Morgana". Uma instância de SCP-302-FR-3 do tipo "Fata Bromosa" pode ser vista na extremidade direita, apresentando sinais de instabilidade na forma de buracos na face do objeto anômalo. Em acordo com o protocolo "Realidade Duplicada", a costa mais próxima, apesar de ainda estar distante do ponto de observação, foi designada como o ponto de origem da miragem.

Item nº: SCP-302-FR

Nível de Ameaça: Verde (anteriormente considerado vermelho )

Classe de Objeto: Keter

Procedimentos Especiais de Contenção: Todas as instâncias de SCP-302-FR-3 fotografadas por civis devem ser submetidas ao processos previstos no protocolo "Realidade Duplicada" (protocolado após a descoberta de SCP-302-FR-4), que consiste na modificação da(s) depicções pelo Departamento de Censura e Desinformação, adicionando um objeto, ou local "não-deformado" similar a instância de SCP-302-FR-3 (como uma costa, um navio, um penhasco, etc.) que racionalizaria uma fonte não-anômala da miragem. Nenhum tipo de amnéstico deve ser administrado nestes casos.

O protocolo deverá acompanhar uma campanha desinformativa sobre o fenômeno de "miragem", explicando-o como uma ilusão que aparece, e desaparece de acordo com a posição do observador. A utilização de documentos científicos que expliquem o fenômeno como uma miragem superior decorrente de correntes de ar quente, e ar frio sendo desviadas por um indíce refrativo1 para compreender e difundir desinformações em grande escala em websites que contenham imagens deste objeto anômalo, principalmente os que oferecem acesso gratuito, e substituindo-as por imagens adulteradas sob o protocolo "Realidade Duplicada".

Descrição: SCP-302-FR-1 é um par de tesouras douradas, cujas as propriedades anômalas foram neutralizadas. Antes da intervenção da Força-Tarefa Móvel Epsilon-18 "Les gardiens d'Avalon"2, a instância foi utilizada para criar uma fenda similar a um buraco de minhoca na realidade de Classe A. O ponto de abertura ocorreu nas falésias conhecidas como SCP-302-FR-2, o destino, aparentemente aleatório, do buraco de minhoca estava situado na mesma dimensão de origem da fenda de entrada. O buraco de entrada necessita de área com espaço amplo para se afixar, apenas grandes extensões de água (lagos, mares, oceanos), ou de terra (charnecas, planícies, desertos) com um diferencial de altitude de menos de 1 metro são elegíveis para acomodar o buraco de minhoca.

SCP-302-FR-2 designa uma dimensão que apresenta uma taxa de Humes3 substancialmente próxima a da nossa, anteriormente habitada por um número indeterminado de entidades inteligentes. A dimensão possuia a aparência de uma charneca escocesa envolto em bruma, localizada no ponto mais superior da, e se estendendo pela enconsta a cerca de 115 metros de altura. O ponto de entrada estava situado exatamente acima da borda da falésia. Os relatórios 302-FR-A, e 302-FR-B confirmam a presença de duas entidades com forma humanóide, uma qual possuia SCP-302-FR-1, utilizando o objeto para criar as instâncias de SCP-302-FR-3.

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Instância de SCP-302-FR-3 abaixo da linha do horizonte (tipo "inferior"), fotografado em ██/██/████. Esta ocorrência desapareceu antes dos pesquisadores civis serem capazes de fotografar o fenômeno completamente. Observadores podem perceber algumas rochas a margem da costa de SCP-302-FR-2.

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Instância de SCP-302-FR-3 acima da linha do horizonte (tipo "superior"). Uma imagem aparece em frente da costa (à esquerda) no horizonte.

Os objetos designados SCP-302-FR-3 são fragmentos de SCP-302-FR-2 que podem ser observados por indivíduuos que estão a uma distâcia de menos de vinte quilômetros do fenômeno anômalo. Geralmente, os sujeitos podem observar fragmentos de falésias, ou nos casos mais raros, objetos flutuando no céu. Indivíduos suficientemente próximos dos fenômenos são levados pelas violentas correntes de ar, e esmagados contra a encosta rochosa, se estarem tripulando um barco ou aeronave; em certos casos, indivíduos acabam se afogando ao atravessarem os buracos de minhoca.

As instâncias de SCP-302-FR-3 estão atualmente classificadas sob a designação de "miragens". Já que estes fenômenos compreendem apenas a reflexões de SCP-302-FR-2 causadas por SCP-302-FR-4.

Estas instâncias são classificadas em quatro categorias:

  • Inferior : O fenômeno SCP-302-FR-3 permite observar a extensão d'água que permeia sua encosta, mas não a falésia;
  • Superior: O fenômeno SCP-302-FR-3 permite observar a extensão do topo das falésias, como se estivessem numa altura considerada levemente acima do normal no horizonte;
  • Fata Morgana4: SCP-302-FR-3 permite observar as falésias, e extensão d'água que acompanha e enconsta. Fenômeno resultado da abertura do buraco de minhoca por SCP-302-FR-1;
  • Fata Bromosa5: SCP-302-FR-3 permite observar falésias deformadas. Esta instância do fenômeno é extremamente rara, e é teorizado que ocorre em conta de um mal-funcionamento temporário de SCP-302-FR-1, onde o objeto produz uma fenda, de classe-C ou inferior.

SCP-302-FR-4 é análogo a um espelho de dupla face. Cada face reflete uma depicção do lado que está sendo observado, por exemplo, um arbusto situado num vaso na primeira face será refletido na segunda face, e uma árvore situada num vaso na segunda face será refletida na primeira face. Esta característica leva a crer que é possível que os fragmentos refletidos de SCP-302-FR-2 são modificaveis. Estes objetos não são mais considerados como passagens de buraco de minhoca, mas simplesmente como reflexos parciais dos fragmentos de SCP-302-FR-2. Estas instâncias são conhecidas como as miragens que desaparecem quando um objeto "foge", ou deixa o campo passível de reflexão.

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Instância de SCP-302-FR-3 do tipo "Inferior", numa gravura do século XIX. Os barcos navegando foram adicionados de acordo com o protocolo "Realidade Duplicada".

Descoberta: Durante uma perseguição ocorrida em 1941 entre o navio Bismark e dois cruzadores de batalha britânicos no mar da região da Dinamarca, quando o navio súbitamente desapareceu no horizonte, reaparecendo em meio aos dois cruzadores, em rota de colisão, forçando ambos a realizar manobras evasivas. Após relatos do evento, as filiais francofonas da Fundação decidiram iniciar estudos relacionados á fenômenos de miragens visuais.

Testemunhos, dos tripulantes do navio Bismark sugerem que o navio continuaria sua rota, corroborando com as informações obtidas pelos radares britânicos, porém, a tripulação não reconheceu a região do mar em que estavam após terem entrado na zona anômala do objeto; alguns tripulantes mencionaram penhascos, e fortes ventos que aceleravam as correntes marítimas navegadas pelo Bismark, e que o navio conseguiu manobrar para fora da zona anômala devido a um golpe de sorte, surpreendendo os cruzadores britânicos que não haviam chego à miragem a tempo de serem afetados.

Durante o desenvolvimento de pesquisas, a Fundação recuperou uma gravura do século XIX (anexada neste documento, no entanto, devido a falta de conhecimento científico na época em que a gravura foi modificada sob o pretexto de desinformação, vários pesquisadores foram capazes de apontar discrepâncias visuais entre o porte do barco anexado (à direita) quando comparado com a miragem, fato dissimulado pela Fundação como sendo um erro artístico devido a imprecisão dos cientistas da época.

A aquisição da gravura permitiu a Fundação deliberar que durante o século XIX, o fenômeno já estava ativo, e consequentemente, possuia uma população também ativa.

Após a Sétima Guerra Oculta6, a Fundação utilizou um navio de guerra japonês re-apropriado para expedições nas áreas onde os casos de SCP-302-FR-3-Fata Morgana apresentavam mais atividade.

Anexos

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