Número da Receita: SCP-5250
Facilidade de preparo: Keter Seguro

Você pensa nesse lugar como um lugar delicioso para se esbaldar em uma grande tigela de SCP-5250. Até mesmo o cervo deixou algumas pegadas, para que você saiba onde você não deveria caminhar ou ficar olhando.
Procedimento Especiais de Cozimento: Enquanto crescia no Michigan rural, nada afastava melhor o frio quanto uma grande tigela de SCP-5250 especial da mamãe. Veja, você sabe que algumas pessoas diriam que existem mil e uma maneiras de preparar SCP-5250, mas ficariam piores que o cervo preso debaixo do gelo. Você suspira, já que se esqueceu de como cozinhar. Faz tanto tempo. Felizmente, você tem a receita aqui mesmo! Que conveniente.
- Um lago no Michigan rural.
- Uma cerca de segurança de cinco metros de altura.
- Dois guardas armados.1
- Uma pitada de equipamento abafador de som.
Como você se esqueceu? É uma receita simples no fim das contas. Agora, você se lembra, tem algumas coisas a se evitar quando cozinhar isso.
- Você não deve nunca, nunca mesmo, pisar no gelo. Não importa o que aquele cervo bobo estiver fazendo, não tente ajudá-lo. Ele vai ficar bem.
- Se você não estiver compartilhando uma receita, não compartilhe nada! Aquele cervo doido vai te escutar.
- Nada de escrever, a não ser que seja uma receita. Se ele não puder ler o documento, você sabe que ele não pode sair.
- Somente use a segunda pessoa. Sem primeira pessoa, nem voz passiva, nem terceira pessoa.
Descrição: Para cozinhar um prato esplêndido como SCP-5250, você primeiro precisa pegar o lago próximo da cabana como uma base. Adicione um apetite incessante, as extremidades do lago se abrindo como as mandíbulas escancaradas de um peixe do mar profundo. Quebre dois mantos de gelo, por acidentalmente jogar uma colher nela. Lembre-se de não encarar muito, muito profundamente em suas profundezas, porque aquilo que está lá não é humano, não importa o quanto aquilo chore. Você não deve cair em seu buraco. Você não deve olhar lá dentro. Você não deve alimentá-lo com a tapeçaria de si mesmo que você teceu em sua mente.
Adicione três litros de um sabor que parece com aquele que você sentia quando engolia cinco pimentas chili de uma vez só. O fogo interno quase chama, procurando por você. O calor e a calidez te fazem mais confortável. Você vai precisar de grandes quantidades de tempero para o seu sabor umami — não é como se isso pudesse entender sabor, comer, ou qualquer coisa remotamente parecida. É seguro, o que quer que seja — definitivamente não é um lago, você franze o rosto. Se fosse um, seria… benéfico, você pensa, já que a água ajudaria com a quantidade de tempero que você adiciona, que mesmo o chefe mais resiliente zombaria.

Que cervo bobo, você ri.
O que ele fez com quem ele capturou ainda é desconhecido para você. Mas o prato ainda tem algo faltando, você pensa. É difícil para você pensar no que exatamente, sendo que você é bem… pobre no departamento culinário.
Adicione o cervo para um leve toque apimentado. Prove, apenas para ter certeza que você adicionou sal o suficiente. O sabor é familiar. Te lembra da mata atrás da sua casa. Onde você costumava ir e se esgueirar entre as moitas e as árvores, para fingir ser um caçador à espreita. É estranho estar do outro lado agora, ser aquele que respira silenciosamente, olhos atrás da cabeça. Cervo bobo, você pensa, tão preocupado com a localização exata de qualquer que fale dele. Bata SCP-5250 com dois garfos de salada, daí misture com uma concha, para desorientar o cervo.
Colocando o líquido na grande tigela, você dá risada, enquanto suas pernas aleijadas se arrastam atrás dele como um cadáver ressequido — não é como ele pudesse te seguir. Ou pelo menos, não podia ontem, você acha. Hoje está tudo bem. Mas não estará no dia seguinte. então o ciclo se repete. Ou você é só estúpido demais para reconhecê-lo ferido ou não? Mas você ignora o cervo — simplesmente pensar nele ou falar sobre ele de qualquer maneira que não seja essa é totalmente perigoso, porque ele vai te encontrar. Daí, como uma tempestade batida em um mar espumoso, ele não te soltará enquanto você é sugado pelo seu vórtice. Bata, gentilmente primeiro, então rápido, para prevenir que o líquido e esses pensamentos se depositem. Veja se o líquido dentro da tigela vai se conectar em um fio da espessura de um papel, como queijo derretido. Caso não, continue batendo, já que o lago e o cervo estão definitivamente conectados. Mas — porque você não pode fazer isso na sua primeira vez?
Lave suas mãos, daí continue. Pré-aqueça seu forno, e pegue seu escorredor. Ignore os chamados do lago, e deixe-os escorrerem pelos buracos do escorredor. Ignore o fato de que qualquer coisa que cai nas suas profundezas é imediatamente levado para algum lugar além. Ignore isso tudo. A corrente borbulhante é tudo no que você deve se focar, com seus suaves e gentis chamados, repelindo aquele da canção da sereia.
SCP-5250 não foi pensado por você, não como se você pudesse. Você sempre teve em mente que foi sua avó que fez, como uma receita de família secreta, mesmo que você nem tenha uma. Nem você é o mesmo você. Porém, você descobre que SCP-5250 harmoniza bem com a mesma cabana do lago em que você sempre está pensando, e queijo. A tábua de corte é feita da mesma madeira que a da cabana, sendo construída em 1999. Era propriedade de dois homens, um Sr. Josephus Dryadre, e um Sr. Neil Williams. ambos falecidos, tendo morrido de causas naturais em 2000. Uma vergonha, você fala para você mesmo, enquanto você remove o prato do forno com uma luva de forno. Emprate bem a iguaria, se certificando que todos os elementos são apresentados de maneira igual, de uma maneira misteriosa, familiar, e novo em folha, tudo de uma vez. É uma tarefa difícil — tem certeza que você está pronto para isso?
Depois de tudo, você terminou de cozinhar um provavelmente maravilhoso ensopado de SCP-5250! A aromática, deliciosa aura do prato que você fez te lembra um pouco de casa. De você, até. Mas ignore isso também — O cheiro fazendo cócegas nas suas narinas não deve receber importância. Você foi melhor do que pensava.
Você sabe que levou testagem para essa cabana, o cervo e essa tigela belamente empratada de SCP-5250 serem reclassificados como Seguro depois que você descobriu o jeito apropriado de falar sobre eles, que demorou tempo demais, seu desastre incompetente. Abaixo, você decidiu afixar algumas documentações relevantes. Você sabe, para adicionar um pouco de tempero para a receita, e se certificar que os futuros cozinheiros em treinamento possam servir um prato tão decadente e espetacular quanto a sua deve ser! Uma que seja alérgica tanto para o lago quanto para o cervo. Eles podem ser só analfabetos — eles mal conseguem entender o que é uma boa receita.
Adendo
Você fez alguns testes com SCP-5250, ajustando ingredientes aqui e ali, e ver o que aconteceria se você provasse o saísse dali. Abaixo, vocês podem achar os resultados, futuros chefes!
Ações | Ingredientes Importantes | Resultados |
---|---|---|
Pisar no lago. | Raquetes de neve, para ajudar a aliviar seu peso. | Você o viu deslizando para baixo do gelo. Apesar disso, você ainda conseguiu ver sua assinatura de calor por um breve momento. |
Conseguir um computador para escrever sobre o cervo, daí lendo o que está escrito. | Seu teclado de confiança. | O cervo não notou. Que maravilhoso. |
Olhar para o cervo. | Um par de binóculos. | O cervo quer que você continue se aproximando. |
Tentar matar o cervo. | Um pouco de pólvora apimentada, e duas balas calibre .45 com tons terrosos. | Uma apresentação decepcionante, já que o cervo ficou completamente bem. |
Preparar um bom bife jambalaya. | Uma pitada de sal, alguns óculos bloqueadores de visão, sistemas de geração de imagens térmicas, e sensores infravermelhos. | O lago não gostou muito disso. Não era para você ver o que se encontra lá embaixo. |
Esperar. | Uma pitada de nada. | O vento sopra. O lago está faminto. |
Na cabana, quando você e os outros vieram pela primeira vez, você achou um diário com algumas notas escritas pelo Sr. Dryadre. Na cabana, não havia muito além, com exceção de uma arma encontrada perto da porta. Você decidiu afixar as notas abaixo, com aprovação do seu Diretor de Sítio. Não é como se tivesse algo mais que você possa fazer. Você está preso, pela neve que ruge lá fora. O cervo parecia interessado nele, ele sendo um dos guardas lá fora. Ligue seu forno, ponha para ferver.
20 de janeiro de 1999
Me alegro que aquilo que eu vejo agora é exatamente o que eu desenhei na minha mente. O fogo está crepitando, Neil está roncando violentamente, e eu estou escrevendo isso. Nós terminaremos o trabalho na cabana amanhã. É um trabalho duro, mas Neil conseguiu oferecer algumas pequenas tranquilizações.
Ele estava falando com alguns comerciantes de pele a um tempo atrás. Ele conseguiu algumas carnes curadas para durar quase dois meses, então não ficaremos sem suprimentos. Eu admito que eu tive algumas… escolhas de palavras com ele quando eu descobri pelo que ele trocou elas, mas eu acho que não importa mais. Não é como se eu fosse precisar daquela porcaria agora que nós planejamos viver aqui.
- J.D.
Você revisa suas receitas, esperando ordens. A neve se acumula. Não há nada que você realmente possa fazer, mas esperar. Cozinhar é a única saída verdadeira, mas você é grato que a cabana já tem uma variedade de apetrechos.
Mas você está um pouco cheio, não está? Tendo comido tanto daquele SCP-5250. É realmente saciante, e o tipo de sabor que você só consegue acidentalmente mordendo sua própria língua. É um sabor estranho, com certeza, mas nada tão estranho. Talvez um pouco familiar, na verdade.
Você se senta e pensa. pensa no cervo. Nos chifres ramificados. Sua aparência majestosa. Eles parecem bastante confiáveis, não parecem? Um cervo-macho, um orgulhoso e nobre regente das florestas, não hesitaria em te ajudar. Então porque você deixou aquele sozinho no gelo?Você sacode a sua cabeça. A receita te disse, Pesquisador Junior. Você abre seu computador, encarando uma foto sorridente de você mesmo. Você o fecha. Deve conservar sua bateria. Adorne com pitadas e pedaços de pensamento.
27 de janeiro de 1999.
Neil adquiriu um gosto por peixe. Ele tem passado seu tempo pescando no gelo na pequena lagoa lá fora. Ele passou um tempo desagradavelmente longo lá, depois que ele disse que um urso comeu nossas provisões. Um começo infeliz para nossas novas, mas ainda está tudo bem.
Eu pedi que ele ficasse perto de mim na cama essa noite. Ele concordou, apesar de mencionar que ele estava ficando cheio de farpas. Com certeza, o que nós temos não é muito uma cama, mas eu acho que vai ter que dar. Ele falou sobre o que ele pegou. Não era muito. Só uma bota. Uma bem velha. Estou surpreso que outros chegaram aqui, mas acho que a corrente trás qualquer coisa.
Eu me preocupo com ele às vezes. Provavelmente demais. É difícil evitar, na verdade. Ele é um pouco confiável demais.
- J.D.
A neve se estende ainda mais longe. O vento está rugindo fora das suas paredes. Você olha para a estante de livros da cabana. Vazia. Você liga seu computador — quase descarregado. Você não reconhece a pessoa no seu descanso de tela, nem se lembra da sua senha. Você dá de ombros. Está tudo bem, não é como se você tivesse internet aqui em cima. Adicione duas colheres de chá de açúcar.
Primeiro de fevereiro de 1999.
Estamos ficando sem comida. Neil caminhou pela mata ontem. Voltou essa manhã. Eu nunca o imaginei como um homem da montanha, mas não posso negar que essa aparência grisalha é um pouco atraente.
Ele disse que conseguiu atirar em um cervo fora da nossa cabana na noite passada, mas ele não pôde segui-lo no meio do gelo para pegá-lo. Que era muito arriscado. O que, claro, eu acreditei. Então ele me disse que o mataria amanhã.
Só que, eu tenho um sono um pouco leve. Eu não ouvi tiros ontem. Neil nunca foi um mentiroso. Foi o primeiro a me defender e realmente quis que nós viéssemos para cá quando a cidade se irritou. Ele nunca mentiu para mim antes.
Estou preocupado com ele. Há uma tempestade se formando, e ele parece apenas querer continuar procurando comida.
- J.D.
Os guardas lá fora sumiram. Você não tem muita certeza de para onde eles foram, mas você pensa que eles saíram antes dos ventos ficarem agressivos. Problema deles — você tem comida, tem o livro de receitas que você achou e você tem calor.
14 de fevereiro de 1999.
O cervo não morreu. A tempestade tem se alastrado ultimamente. Neil não é ele mesmo, ainda tentando pescar. Ele não tem feito isso tanto, o que eu suponho é um pouco melhor do que o tanto que ele estava fazendo isso. Eu cutuquei ele algumas vezes semana passada. Demorou um pouco para que ele voltasse a si. Talvez algumas das ervas sejam alucinógenas, ou algo mais. Quem sabe?
Eu pedi para ele ficar perto de mim na cama de novo essa noite. Ele só olhou para mim e.. me disse que eu estava pensando no que ele disse. Ou algo assim. Daí se virou. Eu não acho que ele percebeu o que era hoje.
Ele nem disse nada além disso.
- J.D.
Você sente o cervo. Ele se aproxima. E você quer se aproximar dele. Você pode se entender com o cervo. É muito parecido com você, não é? Ferido, preocupado, apenas tentando sobreviver lá fora no gelo. Você está surpreso que a coisa conseguiu sobreviver tanto tempo. É um grande cervo-macho, deve ser resistente. Faria um bom guisado de carne de veado, se consegue matar a coisa. Talvez você devesse tentar mais tarde. Deixe descansando por 30 minutos.
25 de fevereiro de 1999.
Neil tem mentido para mim. Eu gostaria muito, de deixá-lo, mas a tempestade… ainda está lá fora.
Eu imagino que a tempestade seja um tipo de desculpa. Eu não quero realmente ir. Eu ainda estou fazendo o que costumávamos fazer, despreocupado, mas eu achei as carnes que nós conseguimos. Escondidas debaixo do assoalho. E Neil continua me dizendo que eu me pergunto como ele as achou, sendo que eu as achei. Não ele.
Eu não durmo tão bem. Ele nem dorme mais comigo, e a neve começou a entrar na cabana. Está muito frio. Ele não come a dias, e eu tenho medo que vá morrer de fome.
Às vezes eu ouço cascos do lado de fora da minha janela, mas quando eu me viro, não há nada lá.
- J.D.
Você atirou nele. O chão tremeu e o cervo se debateu, indo para debaixo do gelo. Que coincidência terrível. Você perdeu sua comida, e um terremoto. Você bufa. O que quer que o lago seja, está faminto. Ele não come normalmente. Você sabe pelo menos disso — é por isso que você está escrevendo assim em primeiro lugar. Ele ao menos sabe como as pessoas normalmente comem? É somente derrubado quando você fala dele sem usar "você." Então ele… passa fome ou algo assim. Mas ele sabe que você está aqui. Adicione duas xícaras de você.
Eu acredito que ele esteja morto. Eu não sei quando eu estou escrevendo isso. Eu não sei o que eu estou fazendo aqui. Eu não totalmente. O cervo não está morto. Está completamente bem. Eu vi aquilo sair para perto da lagoa para matá-lo, e aquilo— ele— bem, caiu. Simplesmente. E o cervo também. E o cervo saiu de lá. Estava ferido e depois estava bem. E o cervo parecia bem. E ele não saiu de lá. E eu estou—
Ele era um mentiroso canalha. Mas ele era meu mentiroso canalha.
- J.D.
Você caminhou para o lago hoje. O cervo voltou. No pequeno buraco, perfeito para alguém pescar no gelo, você olhou lá dentro. E você quase quer pular lá dentro. Mas você não quer. Você sente como se ele te chamasse, está te chamando, como se uma parte de você tivesse sido perdida. Que terrível, terrível é para você e o lago ficarem separados, como é terrível que você e o cervo devem ficar separados. Como seria bom só andar para frente e se juntar ao cervo.
Porém, você está com frio. Seria tão caloroso, matar o cervo por sua pele e roubar sua pele. Mas ele não tem uma pele. Ele não é bem ele mesmo, assim como você não é você mesmo. Como se você encarasse um espelho sujo. Como se você estivesse refletindo dentro de um espelho sujo. Mexa uma pitada de auto dúvida.
Os comerciantes estão vindo, mais ou menos a cada três dias, para que eu me alimente. Eu estaria morto sem eles. Acho que estão com pena de mim. Mas, eles partiram. Não vêm a quase uma semana. É difícil dizer, está tão escuro lá fora. Tenho que bloquear as janelas, por causa de toda a neve, e os buracos que alguém abriu. Parecem de arma, mas eu não sei.
Eu ouço batidas. Talvez sejam eles.
- J.D.
NÃO ERAM ELES ERA UM CERVO
O CERVO SOAVA COMO UM HOMEM. O CERVO SOAVA COMO ELES.
EU O OUVI DIZER ME AJUDE. EU ESTOU PRESO. TÊM MAIS DOIS BURACOS NO GELO. A LAGOA ESTÁ MAIOR.
EU VI O CERVO ENTRAR NAS BOCAS DELES. DEPOIS ELE SAIU. DAÍ ELES ENTRARAM NA BOCA DO CERVO, E OS DOIS FORAM PARA O GELO.
O QUE EU FAÇO O QUE VOCÊ FAZ
Pocotó. Pocotó. Há barulhos fora da sua cabana. Depois nada. Daí um telefone zumbe, mas o telefone está lá fora. É o telefone do guarda. Eles voltaram! Que bom para você. Mas o guarda não responde. Nada o faz. E então você nota que o zumbido vem e vai com o poco e tó. Cozinhe por 40 segundos em fogo alto.
Você está esperando, em silêncio, por três dias. Você consegue apenas constatar a passagem de tempo através dos passáros. Corvos e corujas à noite, pardais de manhã. O toque está aqui. Você espera que Neil esteja aqui.
Espere.
Você ouve uma batida.
Talvez seja Neil.
Você aceita que não há mais notas no diário. Decepcionante, porque talvez daí você saberia o que o cervo é. Porém, as imagens térmicas mostraram que o cervo leva para debaixo do gelo. Seus cascos se conectam em finíssimo fio, que leva a uma grande massa familiar esperando com paciência debaixo d'água. Ela zumbe. troteia. Ela chora para ser ouvida, porque está com fome.
Seu computador consegue soltar uma única linha de conexão do carro, que está mal das pernas. Você pode ouvir algum o furando, atravessando-o com sua galhada, o destruindo até sobrar apenas fragmentos metálicos, antes que um grande splash seja ouvido. Então você perde a conexão. Mas foi tempo suficiente para enviar o documento, pelo menos. Você consegue lembrar, ao menos, dessa parte de você.
Mas, você está preso. A neve está se acumulando na sua cabana. Você escreve isso para seus futuros chefes.
Há uma batida na porta. Você está com sua arma pronta, travada e pronta para atirar. Talvez você esteja sendo resgatado. Mas você tem tanta fome, tanta tanta fome, e você quer cozinhar outra tigela de SCP-5250. Uma bela, cremosa, quentinha e fumegante tigela de ensopado de SCP-5250. O lago parece isso, como um grande caldeirão.
Então talvez no fundo, sua esperança seja o cervo. Talvez seja você na porta. Talvez. Você a abre, e —
Voilá. Seu prato está pronto.