De Cânions Sem Fundo a Palácios No Céu

Entrada do Parque.
Desde a sua abertura, o Parque Nacional da "Gorja Existencial do Desespero" tem oferecido a todos os visitantes uma espécie de saída do marasmo que é a vida cotidiana. O local de férias perfeito para pessoas que só querem ver algo diferente.
A Gorja é um rasgo físico no espaço-tempo contínuo. O que jaz além cospe na cara das regras do universo. As regiões mais estáveis abrigam algumas das vistas mais únicas que a humanidade pode imaginar, enquanto outras áreas não conseguem manter uma forma consistente nem por cinco minutos! Toda vez que você visita a Gorja, é garantido que sua experiência será única e transformadora.
Você pode explorar a Gorja da maneira que quiser! Com opções que incluem:
- Um passeio com um dos nossos guias de trilha extranormal certificados
- Uma experiência de resort no Acampamento da Base das Cataratas Sinfônicas
- Entrar sozinho, assim como os Originais entraram
Como fato, a Gorja tem uma longa tradição de exploração e descoberta! Aventureiros podem se sentir encorajados a viajar para fora do parque. Nosso museu está cheio de imagens e relatos em primeira mão de exploradores que progrediram nosso entendimento da Gorja. Mesmo agora, há muito sobre a Gorja que ainda não foi visto pela humanidade!
Atualização: Após incidentes envolvendo o desaparecimento de visitantes, exploração além do Quadrante de Gamma-4 foi proibida. Pedimos desculpas pela inconveniência.
História do Parque
Antes da Gorja ser aberta ao público, ela era fortemente guardada pela Fundação SCP. A maior parte da história do parque permanece um mistério, escondida em servidores seguros no Cinturão de Asteroides do Sistema de Sol. No entanto, como parte da Lei de Transparência Geiner-Helms, a Fundação SCP foi forçada a fazer público alguns de seus documentos, incluindo alguns arquivos sobre o parque! Com esses documentos, assim como algumas entrevistas com antigos funcionários, nossos historiadores têm feito passos largos em remontar o passado dessa anomalia magnífica desde sua introdução a nós com as palavras a seguir:
Item n°: SCP-5448
Classe do Objeto: Euclídeo
Procedimentos Especiais de Contenção: Bloqueios da Fundação devem proibir acesso a SCP-5448.
Descrição: SCP-5448 é uma anomalia tempo-espacial que concede acesso a uma dimensão de bolso que não adere a nenhuma lei física consistente.
As interações mais bem conhecidas que a humanidade já teve com a Gorja vêm da primeira missão exploratória. Esta foi uma missão de quatro pessoas enviada pela Fundação SCP para explorar e aprender o máximo que conseguissem sobre o interior da Gorja. a equipe consistia de:
- Eric Michaels: Um agente condecorado da Fundação que originalmente liderava uma unidade que lidava com anomalias urbanas, mas que, após anos fora do planeta, se tornou um especialista em espaços extranormais e exploração de realidades instáveis.
- Vivian DuShawn: Outra veterana da Fundação, com mais de cem anos de exploração de espaços esotéricos.
- Xingyu Li: Um pesquisador de campo vindo do Departamento de Física da Fundação. Ele trabalhou por décadas estudando buracos brancos, espaços autodobráveis e espaços na realidade.
- Sarah McGlocklin: Uma especialista em comunicações com experiência mínima de campo antes desta missão.
Conseguimos entrar em contato com Sarah McGlocklin para ouvir de primeira mão sobre o tempo que ela passou no parque:
Menduso: Olá Sarah!
McGlocklin: Oi.
Menduso: Obrigado por tomar algum tempo para falar conosco.
McGlocklin: Sem problema. Eu ia passar por aqui de qualquer forma. Funcionava bem para mim.
Menduso: Você visitou muito a Gorja depois de sua expedição inicial aqui?
McGlocklin: Não muito. Na verdade, acho que nunca voltei desde então.
Menduso: Você não se juntou às missões de resgate posteriores?
McGlocklin: Eu não acho que eu tenha permissão para falar muito sobre elas.
Menduso: Ah, certo. eu meio que só pensei que, tipo, como todos os outros foram—
McGlocklin: Eu só não fui feita para o campo.
Menduso: Entendo. Embora você ainda tenha decidido voltar.
McGlocklin: As pessoas mudam com o passar dos anos. Eu não acho que eu tenha mudado muito. Ainda gosto do meu trabalho de escritório e tal, mas acho que eu consigo apreciar a Gorja um pouco mais agora.
Menduso: Ela é bela, não é?
McGlocklin: Isso ela é.
Menduso: Então, se você tiver mais tempo, tenho algumas perguntas sobre a expedição para você.
McGlocklin: Claro. Manda brasa.
Para ver o resto da entrevista, venha ver nosso museu, localizado no Acampamento da Base das Cataratas Sinfônicas!
Locais Notáveis
Embora partes da Gorja estejam em estados constantes de caos e reconfiguração, há alguns locais que têm sido pilares da experiência no parque desde sua abertura! Aqui estão alguns lugares icônicos que você pode querer ver!
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Lado de fora do Reino das Nuvens.
Nome do Local: Reino das NuvensDescrição: O Reino das Nuvens é um belo castelo de pedra localizado 10 quilômetros acima do quadrante instável de Alfa-2. Toda a estrutura foi construída dentro de uma nuvem grande que se solidifica em uma superfície semelhante a um travesseiro quando pisada.
Você pode explorar a casa de campo dentro das poderosas paredes do castelo, e comer em qualquer um de nossos restaurantes de temática aérea. Dentro do castelo, você pode ou relaxar na casa de banho, intocada desde sua descoberta original, ou você pode subir às torres superiores onde você pode ter uma vista da Gorja inteira!
Preparativos para Visitantes: O Reino das Nuvens é um ótimo lugar para um calmo dia de exploração. No entanto, devido à sua altitude, visitantes são encorajados a trazer botijões de oxigênio e usar agasalhos.
Durante tempestades, os ventos podem atingir velocidades de até 80 quilômetros por hora. Quando o alarme de tempestade soar, visitantes são encorajados a procurar abrigo o mais rápido possível e esperar lá até que a tempestade diminua.
História: O Reino das Nuvens foi um dos primeiros lugares a serem explorados durante a primeira missão dentro da Gorja. Abaixo está uma transcrição que a Fundação SCP liberou do tempo que essa expedição passou no Reino das Nuvens:
<Começo da Transcrição>
FTM Eta-92 ("Espeleólogos"), chega ao topo do Local de Interesse 5448-1. Eles localizam uma parede baixa cercando uma estrutura semelhante a um castelo, com um portão branco e fechado diretamente na frente deles.
DuShawn: Parece que temos um condomínio fechado em nossas mãos. Esta não deve ser uma vizinhança boa.
Li: Ah sim. Uma nuvem completamente desocupada. Valor de propriedade terrível, eu diria.
Michaels puxa o portão. Ele se abre.
Michaels: Deve ser uma vizinhança bem ruim se eles não conseguem nem manter o portão trancado.
DuShawn: Sarah, precisa de ajuda com o equipamento de comunicação? Eu posso cuidar dele por um tempo se quiser.
McGlocklin: Eu, ahn… Eu não preciso. Mas obrigada.
DuShawn: Tudo bem. Mas se sinta livre para gritar se quiser trocar de posição. Odiaria perder gravação porque acidentalmente saímos do alcance.
McGlocklin: Certo, certo. Mas acho que não precisa.
O grupo atravessa o portão. Eles passam por duas cabanas pequenas antes de Michael sinalizar para entrar na terceira. DuShawn assume posição e testa a porta. Ela está destrancada. DuShawn e Li entram na cabana. Há uma pequena mesa de madeira com duas cadeiras ao redor, e uma cama. Uma lareira se encontra na parede esquerda da cabana.
Michaels: Você acha que alguém mora aqui?
Li examina a mesa e as cadeiras. Ele bate na mesa.
Li: A julgar pelo fato de que a mesa está petrificada, eu diria que não. E ninguém esteve aqui faz um bom, bom tempo.
Michaels: Ou isso, ou essa área sempre foi assim. Não estamos exatamente em uma realidade estável
Li: Isso é verdade, mas este lugar parece mais estável que os outros. E se não dependermos em pelo menos algumas suposições básicas, não podemos tirar nenhuma conclusão.
McGlocklin: Talvez devêssemos olhar o castelo?
Michaels: Talvez sim. [Michaels se vira para Li] Alguma amostra que você queira enquanto estamos aqui?
Li: Acho que agora seria uma boa hora para eu fazer algumas leituras da área. Vocês podem indo na frente. Encontro vocês na frente do castelo quando eu terminar.
Michaels, DuShawn e McGlocklin deixam a barraca para trás. A gravação da câmera de Li é cortada quando ele fica do alcance do equipamento de comunicação. A porta do castelo está destrancada. Dentro, a porta leva a um longo corredor com vários corredores se ramificando pelos lados. Estandartes puídos pairam de vigas, mas as cores no tecido desbotaram e borraram com a idade. As paredes do castelo estão úmidas com condensação, os feixes das luzes táticas da equipe refratando de algumas gotas.
Michaels: Certo, vamos começar com a primeira ramificação à esquerda e trabalhamos a partir daí.
Os três começam a descer o primeiro corredor à esquerda. O teto é mais baixo do que na entrada principal. Os microfones captam um leve som de assobio.
McGlocklin: Vocês estão ouvindo isso?
Michaels: Sim, estou ouvindo.
DuShawn: Provavelmente é só o vento. Ele estava ganhando força quando entramos aqui.
McGlocklin: Certo. Desculpe.
Michaels, DuShawn e McGlocklin chegam a uma porta no final do corredor. DuShawn estende a mão para pegar a maçaneta da porta, mas para.
Michaels: Algo de errado?
DuShawn: Não há nenhuma gota de orvalho nessa maçaneta. Elas deveriam ter se formado nela, né?
DuShawn dá um passo para trás enquanto Michaels se inclina e olha para a maçaneta. Michaels e DuShawn sacam suas armas. DuShawn pega a maçaneta da porta e levanta três dedos. Ela faz uma contagem regressiva. Ao dar zero, DuShawn abre a porta e Michaels corre para dentro com sua arma apontada.
Michaels: Limpo!
DuShawn e McGlocklin o seguem. Dentro está uma pequena sala com as paredes cobertas de pinos. Em aproximadamente metade dos pinos estão pendurados círculos de aço, que brilham em um amarelo brilhante. Os pinos restantes estão vazios. As paredes estão cobertas de orvalho.
McGlocklin: Alarme falso?
DuShawn: Não tenho tanta certeza.
DuShawn aponta para uma seção de quatro pinos vazios. As paredes ao redor dos pinos não estão cobertas em orvalho. O microfone capta um som de assobio mais alto.
Michaels: Quanto tempo demora para as gotas de água se formarem?
DuShawn: Eu não sei. Na Terra elas costumam se formar durante a noite.
Michaels: Então alguém esteve aqui dentro das últimas, o quê? Sete ou oito horas?
McGlocklin: Ou ainda podem estar aqui…
DuShawn: Merda. Xingyu.
DuShawn corre pelo corredor, com Michaela e McGlocklin seguindo atrás dela. Trovões são audíveis pelo microfone. Quando eles chegam ao corredor principal, a porta levando para fora está fechada. DuShawn empurra ela. A porta se abre e DuShawn começa a cair para frente nos ventos de alta velocidade. Antes de ela ser levada pelo vento, Michaels pega DuShawn e a puxa de volta para dentro. Os três recuam da porta.
DuShawn: Porra!
Michaels: Temos que esperar.
DuShawn: Pelo menos temos a transmissão de vídeo dele?
McGlocklin: Perdi ela enquanto vínhamos para cá.
DuShawn: Droga!
McGlocklin: Sinto muito… eu deveria ter arrumado um receptor mais potente, mas este era o único que nós—
Michaels: Está tudo bem, Sarah. A culpa não é sua. Além disso, ele pode ter só se escondido na barraca.
DuShawn: E se ele não estiver lá?
Michaels: Declaramos ele como desaparecido e continuamos.
DuShawn: Continuamos? Você vai só abandonar ele?
Michaels: Se você tiver alguma ideia de por onde podemos começar procurando ele, sou todo ouvidos.
DuShawn permanece quieta.
Michaels: Eu não quero larga-lo também. Mas agora estamos em uma missão de exploração. Podemos mandar uma missão de resgate depois.
Michaels se senta contra a parede.
Michaels: Não é como se ele fosse morrer enquanto isso.
Trinta minutos se passam antes da tempestade diminuir. Os três andam até a cabana, cuja porta está aberta. Não há ninguém dentro.
Michaels: Certo, equipe. Próximo local.
Enquanto a equipe deixa o LdI-5448-3, partes do equipamento de laboratório de li podem ser vistas espalhadas pelo chão.
<Fim da Transcrição>
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A frente do Salão de Festas
Nome do Local: O Salão de FestasDescrição: O Salão de Festas é a principal área de comer na Gorja. Localizado na fronteira entre os quadrantes Beta-2 e Theta-1, o Salão de Festas oferece a refeição mais requintada que você irá saborear. As mesas no Salão de festas se estendem por quilômetros, o que significa que raramente há espera para se sentar.
Uma vez que um visitante encontrar seu lugar no Salão de Festas, comida irá aparecer no prato e vinho no copo. Pratos de entrada normalmente consistem em javalis selvagens com batatas, embora visitantes já tenham encontrado filés, peito de frango e vitela também. Para nossos exploradores vegetarianos, seus pratos serão preenchidos com frutas e verduras que terão o sabor de recém-colhidas.
Preparativos para Visitantes: Tudo que você precisa é de um apetite. Mas, se estiver visitando com menores de idade, se certifique de trazer bebidas não alcoólicas, visto que o Salão de Festas só serve vinho.
História: O Salão de Festas tem servido a clientes desde que foi descoberto durante a exploração inicial da Gorja. Abaixo se encontra uma transcrição da visita da equipe de exploração ao Salão de Festas:
<Começo da Transcrição>
Michaels, DuShawn e McGlocklin entram no LdI-5448-5. Uma mesa em formato de 'U' está posicionada na frente. Mesas pequenas estão espalhadas pelo resto do LdI-5448-5. O lado oposto do ldI-5448-5 se estende além do campo de visão.
Michaels: Parece que encontramos um bom pitstop.
DuShawn: Digo, talvez não devêssemos descansar aqui por muito tempo.
Michaels: Não achava que você fosse do tipo de ser impaciente.
DuShawn: Deve ser só energia nervosa. Ou talvez deva ser o fato de que não estamos sozinhos aqui. Ou, quer saber? Talvez seja o Li sendo sequestrado mais cedo. É, provavelmente isso.
Michaels: Você pode largar a atitude, Viv.
McGlocklin tira o equipamento de comunicação das costas e se senta. Um pedaço de carne lentamente cresce do centro de seu prato. Ela verifica o cálice de seu assento e vê que ele está cheio de vinho.
McGlocklin: Ham.
Michaels: Ah, uau. Comida também.
Michaels também se senta. Comida e bebida aparecem para ele também. Ele sente o cheiro do vinho.
Michaels: Ham. Parece real.
DuShawn: Sério? Degustação de vinho em um momento desses?
Michaels tira um frasco do bolso e derrama um pouco do vinho dentro.
Michaels: Momento de coleta de amostras, na verdade. O Li não está aqui, então precisamos pegar o que pudermos no lugar dele.
DuShawn: Tanto faz. Vou verificar o resto deste lugar.
DuShawn começa a andar mais para dentro do LdI-5448-5. McGlocklin corta um pedaço da carne em seu prato e o coloca em um saco plástico. Posteriormente, ela se levanta e começa a colocar seu equipamento de volta.
McGlocklin: Ei, Eric?
Michaels: Sim?
McGlocklin: Humm… É impressão minha ou aquela geladeira parece fora de lugar?
McGlocklin aponta para uma mini-geladeira colocada no canto do LdI-5448-5.
Michaels: … não, ela parece estranha. [gritando] Viv! Volte aqui!
DuShawn pode ser ouvido suspirando antes de se virar de volta para os outros. McGlocklin abre a geladeira. Dentro há três maçãs, quatro batatas e duas canecas na porta, uma de coloração azul e a outra amarela.
McGlocklin: Vocês acham que isso pertence a quem quer que estava no castelo mais cedo?
Michaels: Provável. Uma caneca para cada um deles?
McGlocklin: Parece razoável.
DuShawn se aproxima de Michaels e McGlocklin por trás.
DuShawn: Eles provavelmente comem aqui também.
Michaels: Ótimo, você voltou. Vamos indo.
DuShawn: Espere, finalmente encontramos algo interessante e você quer ir?
Michaels: Pensei que você estava ansiosa para sair.
DuShawn: Não mais. Você sabe o que isso significa, né?
Michaels: Não…
DuShawn: Se essas coisas comem aqui… então elas vão voltar aqui em algum momento. A gente demarca o lugar, espera elas virem aqui, e então seguimos elas. E a gente deixa nos levarem direto pro Zingyu.
Michaels: Nem em sonho.
DuShawn: O quê? Por quê?
Michaels: Não vou arriscar a missão. A gente manda uma equipe de resgate depois que de reportarmos ao quartel-general.
DuShawn: Você não quer aprender sobre o que quer que esteja aqui? Talvez a gente encontre algum lugar novo. Eu não sei como você tem escolhido onde explorar, mas talvez tenha espaço para diverg—
Michaels: Vivian. Pare. Estamos indo, isso é uma ordem.
DuShawn olha para McGlocklin.
DuShawn: E você está ok com isso?
McGlocklin: Eu— Eu não sei. Mais ou menos?
DuShawn suspira. Ela anda em direção à porta.
DuShawn: Tá. [sussurrando para si mesma] Covardes de merda.
Michaels e McGlocklin seguem DuShawn para fora do LdI-5448-5.
<Fim da Transcrição>
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Entrada inferior das Cataratas do Sempre.
Nome do Local: Cataratas do SempreDescrição: As Cataratas do Sempre são a cachoeira para superar todas as cachoeiras. As cataratas são um buraco perfeitamente circular que desce profundamente no solo. Não chegamos ao fundo dele, e nem temos certeza se há um fundo!
No topo do abismo, há um pequeno lago que deságua nas Cataratas do sempre. Esse lago está constantemente cheio de água, então decidimos chamá-lo de Lago Indistinguível. A água no Lago inextinguível é perfeitamente limpa, e análises químicas mostram que ela é água totalmente pura. Visitantes são encorajados a dar um mergulho no lago. Instalamos uma grade de proteção para que você não precise se preocupar sobre se juntar acidentalmente à água em sua busca pelo fundo das Cataratas do Sempre.
Para exploradores que desejem adentrar as Cataratas do Sempre, vocês podem descer as escadas para a entrada inferior. Ela leva para uma abertura nas Cataratas do Sempre pouco atrás da cachoeira. Daqui, exploradores podem atravessar uma escadaria em espiral que desce as Cataratas do Sempre.
Ou, se você prefere ficar seco, a área ao redor das Cataratas do Sempre é um local popular de acampamento noturno! Monte uma tenda e cante algumas canções sobre voar para o nada!
Preparativos para Visitantes: As Cataratas do Sempre são um bom lugar para relaxar e aproveitar a Gorja. Nenhum preparativo adicional é necessário, entretanto, exploradores que sejam fortemente afetados por "Chamados do Vazio" são aconselhados a ficar longe da borda das Cataratas do Sempre.
Para visitantes tentando descer nas Cataratas do Sempre, é exigido que tragam cordas e mosquetões. A equipe da Gorja Existencial do Desespero não se responsabiliza por quaisquer acidentes que ocorram durante a descida.
Para visitantes passando a noite nas Cataratas do Sempre, é aconselhado que fiquem dentro de suas tendas entre as horas de 1:00 e 5:00 da manhã. A paisagem ao redor das Cataratas do Sempre fica particularmente instável durante essas horas. Visualizar distorções de realidade instável pode levar à perda temporária do olfato, alucinações e dissociação pesada.
História: A tradição das Cataratas do Sempre de acampar remonta à primeira missão de exploração da Gorja. A primeira noite da equipe foi passada ao redor da borda de nossa cachoeira sem fundo. Abaixo se encontra a transcrição desconfidencializada da Fundação SCP do tempo passado por aquela exploração nas Cataratas do Sempre:
<Começo da Transcrição>
Michaels, DuShawn e McGlocklin ergueram barracas ao redor da borda do LdI-5448-8. McGlocklin está fazendo manutenção no equipamento de comunicação. DuShawn está sentada na entrada inferior para a abertura do LdI05448-8 com as costas contra a parede. Michael da a volta ao redor da borda do buraco em que a água cai, acende um sinalizador e o joga dentro. Ele espia por cima da borda e, em seguida, rapidamente recua antes de caminhar até a escada para a entrada inferior e se juntar a DuShawn.
Michaels: Boa noite.
DuShawn: Boa noite.
Os dois ficam em silêncio por dois minutos.
Michaels: Você gosta do som das cachoeiras?
DuShawn: É bacana, eu acho. Soa muito como chuva para mim.
Michaels: Entendo.
DuShawn: Suponho que tenha sido o seu sinalizador que eu vi antes?
Michaels: Sim.
DuShawn: Quanto tempo demorou para você perder ele de vista?
Michaels: Não sei. Não gosto de olhar por cima da borda dessa coisa. Sinto como se estivesse prestes a cair.1
DuShawn: Não imaginava que você fosse do tipo que tem medo de altura.
Michaels: Ah, tem muita coisa que eu tenho medo.
DuShawn: Tipo o quê?
Michaels: Vejo que estamos ficando íntimos esta noite.
DuShawn: Não há muito mais o que fazer.
Michaels: Bem… acho que o meu maior medo é o de nunca mais ficar surpreso.
DuShawn: Não quer ser o Sr. Viu-de-tudo?
Michaels: Quando você trabalha por um milênio em um lugar especializado no desconhecido, coisas estranhas simplesmente não conseguem mais te surpreender. Eu não sei em quantas missões eu estive, mas todas elas meio que se misturaram para mim. Nada de novo acontece. Se algo der errado, eu já vi tudo. E se explorar um rasgo na realidade não parecer novo, nada provavelmente irá.
DuShawn: … então é por isso que você não se importa que perdemos o Xingyu.
Michaels: Não quero falar sobre isso agora.
DuShawn: Só não entendo como isso não é um problema para você.
Michaels: Ele era um amigo ou algo assim?
DuShawn: Digo, ele foi meu controle de solo algumas vezes no passado. Eu meio que o conhecia. Mas tipo… na verdade, por que você se importa?
Michaels: Você provavelmente já perdeu pessoas no passado nessas missões. Parece estranho ficar fixada nesse cara.
DuShawn: Prefiro isso do que deixá-lo pra morrer! Eu quero resgatá-lo. Levá-lo de volta para sua esposa e filhos.
Michaels: Ele nem sequer tem uma família?
DuShawn: Isso importa?
Michaels: Então você não sabe.
DuShawn: Ele provavelmente tem alguém para quem voltar. Alguém que sente falta dele.
Michaels: Bem, ele parece um cara inteligente. Talvez ele encontre sua própria saída.
DuShawn: Sério? Ele vai encontrar sua própria saída deste lugar? Você ao menos sabe onde nós estamos?
Michaels: Estamos no local de interesse oito.
DuShawn: Não se faça de idiota. Como chegamos aqui? Eu estava te seguindo, mas eu não saberia te dizer. Diabos, o espaço a apenas três metros das nossas barracas é tão instável que eu não conseguiria descrevê-lo para você nem se eu estivesse de pé nele.
Michaels: Estamos aqui para explorar e relatar. Se não conseguimos relatar sobre o espaço entre a realidade estável, não é tão importante.
DuShawn: Mas você admite que estamos perdidos!
Michaels: Nós vamos encontrar uma saída.
DuShawn: Eu não consigo acreditar nessa porra.
DuShawn se levanta e caminha em direção à abertura.
Michaels: [gritando para DuShawn] Aonde você vai?
DuShawn: Descer as escadas, pra dentro do poço. Talvez eu encontre Xingyu lá em baixo.
DuShawn começa a descer as escadas que levam à abertura. Michaels permanece sentado com as costas contra a parede. McGlocklin entra na entrada inferior.
McGlocklin: Humm… ouvi alguém gritando? Cadê a Vivian?
Michaels aponta para a cachoeira.
McGlocklin: Ah.
Michaels: Ela vai ficar bem. Por que você não se senta? Você tem carregado esse equipamento de comunicação o dia todo, você provavelmente quer tirar peso das pernas.
McGlocklin: Ok.
McGlocklin se senta em frente a Michaels.
Michaels: Então, tá gostando do campo?
McGlocklin: É, uhh… é meio que muito.
Michaels: Melhor do que seu trabalho de escritório?
McGlocklin: Não tenho certeza.
A luz de fora do buraco não é mais suficiente para iluminar a câmera de DuShawn. O som de passos contra a pedra ainda pode ser ouvido.
Michaels: Ham?
McGlocklin: Quero dizer… não sei. Sinto muito.
Michaels: Você não precisa se desculpar. A coisa toda de "explorar outros mundos" não é para todos.
McGlocklin: Sim, sim. Eu só, eu meio que gostava da minha mesa. Tipo, eu tinha uma rotina. Acho que só gosto de rotina. A repetição parece segura. Não preciso me preocupar tanto em estragar tudo se já fiz algo uma centena de vezes antes. Err… estou parecendo incoerente, não estou?
Michaels: Você está indo bem.
McGlocklin: As pessoas normalmente gostam do campo?
Michaels: Eu não sei se "gostar" é a palavra certa, mas, tipo, é algo diferente para a maioria das pessoas. Uma mudança de ritmo. Todo mundo precisa de uma mudança de ritmo.
McGlocklin: Talvez. Acho que esse ritmo simplesmente não é para mim.
Um grito brusco pode ser ouvido do microfone de DuShawn. Ele é rapidamente cortado. McGlocklin vira a cabeça em direção às escadas.
McGlocklin: Você ouviu isso?
Michaels e McGlocklin escutam por alguns segundos. O som de respiração pesada pode ser ouvido através do microfone de DuShawn. Michaels se levanta e olha para o buraco do LdI-5448-8. DuShawn pode ser vista nas escadas levando mais fundo no buraco. Ela parece ter caído para trás nos degraus.
Michaels: Você está bem aí, Viv?
DuShawn: Eu acho… Eu acho que vou voltar.
Michaels: Fico feliz em ouvir isso.
Michaels anda de volta para McGlocklin.
Michaels: Cristo amado, olhar para essa coisa me dá dor de cabeça. Eu odiaria ficar caindo para sempre.
McGlocklin: Medo de altura?
Michaels: Não exatamente. Eu só acho que cair ficaria chato depois de um tempo.
<Fim da Transcrição>
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Dentro dos Túneis de Obsidiana.
Nome do Local: Túneis de ObsidianaDescrição: Os Túneis de Obsidiana são uma grande área de lazer subterrânea interconectada para qualquer explorador que visite a Gorja. Esses tubos ocos de rocha ígnea estão no ponto para serem explorados. Nós nem mapeamos todos eles!
Se você explorar as profundezas das cavernas e talvez cavar um pouco, você pode encontrar lagos de magma enterrados sob a superfície. Mas se certifique de vir rápido! Nossas medições descobriram que a profundida do magma sob os Túneis de Obsidiana está caindo. No ritmo atual, estima-se que os lagos só estarão cheios por mais 600 anos. Ou você pode doar para o Fundo de Proteção da Gorja do Desespero para ajudar na pesquisa na manutenção de nossas formações vulcânicas naturais.
Preparativos para Visitantes: Embora os túneis estejam em cima de magma superaquecido, as áreas que a maioria dos visitantes atravessa podem ser bastante frias. Visitantes são encorajados a se agasalharem e trazerem bastante líquido.
Para os visitantes que desejarem explorar além dos limites do parque, por favor, trace seu caminho em detalhes e registre suas descobertas. Dessa forma, há menos perigo de se perder e você pode contribuir para a coleção cada vez maior de mapas da Gorja!
Aviso: As Regras do Parque exigem que os visitantes relatem todo e qualquer avistamento de vida nativa dentro dos Túneis de Obsidiana a um guarda ou outro funcionário da Gorja Existencial do Desespero. Embora nem fauna, nem flora tenham sido encontradas nos Túneis de Obsidian, manter os funcionários do Parque informados sobre qualquer desenvolvimento garante uma experiência segura para todos os exploradores planejando visitar esta área do parque,
História: Os Túneis de Obsidiana são mais um dos locais visitados durante a primeira exploração da Gorja do Desespero. Visitantes em potencial são lembrados de que esses registros são de antes da Gorja ser um parque oficial e não estavam em conformidade com os Padrões de Segurança de Parque KLEE-3001.
<Começo da Transcrição>
Michaels, DuShawn e McGlocklin estão bem dentro do LdI-5448-11. A área é iluminada apenas pelas lanternas padrão da equipe.
Michaels: Por que está tão frio aqui?
DuShawn: Boa pergunta. Seria de se imaginar que, com todas as rochas de lava por aqui, teria, tipo… lava.
McGlocklin: É mais quente perto dessas coisas.
McGlocklin aponta para um pequeno buraco na parede. DuShawn e Michaels se aproximam.
Michaels: Ham, estranho.
DuShawn: Tem um cheiro estranho.
Michaels: Bem, vamos continuar.
Aproximadamente trinta segundos depois que a equipe deixa o buraco, uma pequena explosão é ouvida atrás deles. Os três se viram para ver um cone de chamas saindo do buraco.
DuShawn: Agora faz sentido porque esse era o ponto quente.
McGlocklin: E— Eu acho que n-nós deveríamos ficar no meio a-agora?
Michaels: Provavelmente.
A equipe continua descendo até o túnel se abrir em uma grande caverna com teto alto. Três túneis levam para fora da caverna. Dispositivos variados de tortura2 revestem os lados da caverna e algemas de metal podem ser vistas embutidas nas paredes. Tubos coloridos emergem do chão no centro da caverna e descem por um túnel à esquerda.
Michaels: Bem, este lugar certamente parece acolhedor.
DuShawn: Sinceramente? Meio que me lembra de uma sala de experiências sensoriais extremas que eu fui há muito, muito tempo atrás.
Michaels: Experiência sensorial extrema?
DuShawn: Mais ou menos tipo, ham… tipo sadomasoquismo avançado, mas menos sexual e mais só, ham…
Michaels: Só tortura? Não sabia que você gostava disso.
DuShawn: Eu estava curiosa, tá? Teve um bom tempo de inatividade entre missões uma vez e alguém sugeriu que eu tentasse.
Michaels: Não se preocupe com isso, Viv. Nós não humilhamos por causa de fetiche por aqui.
DuShawn: Ah, vá se foder, Eric. Ficou chato de qualquer modo.
Michaels: Bem, então você pode analisar os dispositivos de tortura. Vou coletar amostras.
McGlocklin se aproxima de um conjunto de algemas presas a uma tábua de madeira e a examina. As dobradiças estão enferrujadas, mas também parecem desgastadas pelo uso.
McGlocklin: Pessoas usam essas coisas para entretenimento?
DuShawn: Ah, isso não é nada. Você deveria ver o que eles fazem na Broadway.
McGlocklin: Parece meio doloroso, eu acho.
DuShawn: Você não sai muito, não é Sarah?
McGlocklin: Acho que não;
Michaels vai para o outro lado da caverna para obter amostras da parede e do chão. DuShawn cutuca McGlocklin.
DuShawn: [rindo] Quer experimentar?
McGlocklin: Humm… isso não é meu tipo de coisa.
DuShawn: Eu estava brincando.
McGlocklin: Ah.
DuShawn: Eu esperava que pelo menos um de vocês entendesse uma piada.
McGlocklin: Hã?
DuShawn: Ah, não é nada. É só que parece que o Michaels não está totalmente aqui.
McGlocklin: Talvez a realidade em constante mudança esteja afetando ele?
DuShawn: Talvez. Mas todo mundo com quem conversei antes da missão fez parecer que isso é meio normal. Ah, a propósito, vou mexer no alongador.
DuShawn se agacha ao lado de um alongador medieval. McGlocklin gira a roda ao lado do alongador, fazendo as algemas serem puxadas pela tábua. McGlocklin faz anotações.
DuShawn: Digo, ele obviamente é muito bom em seu trabalho. Ele tem feito isso há milênios. Mas é que tem um monte de histórias sobre ele que eu ouvi falar. Alguém me disse que a irmã dele costumava liderar a equipe que estudava o Omega-K antes de desaparecer.
McGlocklin: Ok…
DuShawn: Acho que a história mais estranha que eu ouvi é que ele costumava ser uma pessoa muito feliz, com esposa, filhos e tal, até cerca de cem anos depois do Omega-K, quando o pai dele morreu. Depois disso, ele se divorcio e se mudou para um dos sítios terrestres em tempo integral. Digo, é tudo apenas boato. Não se pode confiar em nenhuma história de tanto tempo atrás. Mas tipo… eu não sei. Ele é um homem bem, bem velho.
McGlocklin se abaixa em direção a um par de algemas para examiná-las. Um braço esquelético aparece nas algemas por um momento e depois desaparece. McGlocklin cai para trás, assustada.
McGlocklin: Ai!
DuShawn vai até McGlocklin, que tem apenas pequenos arranhões em seus braços. Michaels volta para a caverna principal.
Michaels: Você tá bem, Sarah?
McGlocklin: Sim, é só que… as algemas fizeram algo estranho.
Michaels: Digo, a realidade aqui não é exatamente estável. Provavelmente não é nada.
DuShawn: O que você acha que é aquilo?
DuShawn aponta para os tubos coloridos no centro da caverna. Eles pulsam em intervalos regulares.
DuShawn: O ar ao redor deles está quente.
Michaels: Talvez seja bom ficar longe deles, então. Caso seja como da última vez que encontramos algum calor.
DuShawn: [se afastando] Boa ideia.
McGlocklin: Eles não parecem pertencer aqui.
Michaels: O que você quer dizer?
McGlocklin: Bem, hum, eles têm cores estranhas. Tipo, o azul e o verde parecem fora de lugar.
Michaels: Tipo, como uma paleta de cores?
McGlocklin: Mais ou menos? Err, esquece. Foi idiota dizer isso.
DuShawn: Não, acho que entendi. O que aqui poderia fazer essas cores?
Michaels: Este lugar não deveria fazer sentido. Talvez a realidade em torno daqueles tubos tenha só decidido que queria ser verde.
DuShawn: Claro, claro. Mas o resto desse lugar é bastante estável, não é?
Michaels: Não tenho certeza do que você quer dizer.
DuShawn: Quero dizer que deveríamos seguir os tubos, para ver por que eles são assim. Isso acrescentaria mais à exploração e, dependendo do que estiver do outro lado, poderia nos dar uma ideia de como esse lugar funciona.
Michaels: Entendo… Bem, eu não tinha uma forte preferência sobre para onde ir depois. Pela esquerda nós vamos então.
Michaels começa a seguir o túnel à esquerda. Antes dos outros poderem segui-lo, McGlocklin se vira para DuShawn.
McGlocklin: Humm… desculpe se isso é estranho, mas por que você se importa tanto para onde vamos?
DuShawn olha por cima do ombro e se vira para McGlocklin.
DuShawn: Bem, se essa coisa não pertence aqui, então como você acha que ela chegou aqui?
McGlocklin: Talvez alguém tenha colocado ela aqui?
DuShawn: Exatamente. Nós duas sabemos que não somos os únicos por aqui. Eu quero ver quem mais está aqui.
McGlocklin: E encontrar o Xingyu?
DuShawn sorri.
DuShawn: É uma caçada divertida, não é?
Michaels: [gritando] Vamos andando vocês duas! Eu vou deixar vocês para trás!
DuShawn segue Michaels. McGlocklin se vira para olhar a caverna novamente antes de sair. Todos os dispositivos de tortura estão ocupados por esqueletos semitransparentes, que parecem se contorcer de dor. Eles não fazem nenhum som. McGlocklin corre atrás de Michaels e DuShawn.
<Fim da Transcrição>
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A parte superior do Hospital de São Miguel.
Nome do Local: Hospital de São MiguelDescrição: O Hospital de São Miguel é outro lugar popular para passar a noite. Visitantes vivenciarão a experiência mais visceral possível de mudança da realidade. A maioria das outras áreas da Gorja são ou estáveis ou instáveis demais para serem compreendidas adequadamente pela mente humana, mas o Hospital de São Miguel é equilibrado na medida certa.
O local em si, parece um hospital normal, no entanto, como a maioria das coisas na Gorja, há mais do que aparenta. O interior é um labirinto interconectado de salas de cirurgia, salas de espera e escritórios que transformamos em suítes de luxo!
No entanto, a verdadeira diversão começa à noite, quando o espaço dentro do Hospital começa a ganhar vida própria. Visitantes já relataram:
- Viagens fora do corpo
- Temperaturas extremas
- Conversas com seus eus mais velhos e mais jovens
- Telepatia
- E muitas outras experiências emocionantes!
Visitantes que pretendam passar a noite no Hotel devem reservar um quarto com pelo menos três anos de antecedência! Podemos ter um número indeterminado de quartos, mas só temos pessoal médico o suficiente para operar algumas centenas, então não espere!
Preparativos para Visitantes: Embora a realidade instável seja a principal atração do Hospital, ela também é um perigo. Visitantes são aconselhados a trazer corpos que não estejam preocupados em arruinar. Para visitantes que planejam compartilhar um quarto, certifique-se de que ambos estejam em condições amigáveis. Experiências de quarto compartilhado tendem a ser mais viscerais, mas também resultam em uma fusão dos habitantes, seja fisicamente, mentalmente ou ambos.
História: Depois de deixar os Túneis de Obsidiana, a equipe que liderou a exploração original da Gorja seguiu os tubos coloridos até chegarem ao Hospital. A seguir se encontra uma transcrição do tempo que passaram lá:
<Começo da Transcrição>
DuShawn, Michaels e McGlocklin entraram no LdI-5448-14. Eles estão em uma sala de espera de hospital. Seis das cadeiras estão ocupadas por entidades humanoides feitas de revistas enroladas. A equipe de exploração não reconhece essas entidades. Um tubo vermelho, verde e azul desce por cada um dos corredores que saem da sala de espera.
DuShawn: Acho que esta é a primeira vez que estivemos em um lugar com ar condicionado.
Michaels: Uma boa mudança de ritmo, sim. Vocês acham que devemos nos separar?
McGlocklin: Não acho que seja uma boa ideia, considerando, ahn, o que acontece da última vez que nos separamos.
Michaels: Bem pensado. Todos juntos então.
DuShawn, Michaels e McGlocklin caminham em direção aos corredores verdes, vermelho e azul respectivamente. Duas entidades de revistas acompanham cada um. Os agentes não reconhecem que estão sendo seguidos por essas entidades e não uns pelos outros.
McGlocklin: Hum, o quão longe vamos?
Depois de uma breve pausa, McGlocklin balança a cabeça em confirmação. Todos os agentes caminham cinquenta metros pelos diferentes corredores. A cada dez metros, eles passam por uma porta com um vitral e uma placa ao lado que diz "Consultório Médico".
Michaels: Tenho a sensação de que isso vai ser um belo bocado de nada.
Os agentes caminham por mais vinte metros.
McGlocklin: Sim, eu gostaria de continuar.
Os agentes caminham por mais quarenta metros.
Michaels: Estou ficando menos convencido de que esse corredor tem um fim.
Os agentes caminham por mais dez metros. DuShawn para e se vira para uma das entidades de revistas que a segue. McGlocklin e Michaels continuam.
DuShawn: Como assim você quer voltar?
A entidade de revistas não responde.
DuShawn: Mas e se algo mudar?
A entidade de revistas não responde.
DuShawn: Sim, sim, você está certo. Eu quero encontrar ele.
A entidade de revistas não responde.
DuShawn: Tudo bem! Você tem razão! Eu quero me sentir um herói. Mas isso não significa que você está certo sendo um Sr. Aborrecimento!
Michaels: Juro que é como se nem tivéssemos andado! É tudo a mesma merda!
DuShawn: Bem, talvez alguns de nós ainda estejamos procurando por algo para ter de paixão. Eu odeio ficar entediada tanto quanto você, mas talvez, em vez de andar feito um idiota em sua pena de si mesmo, você poderia fazer algo a respeito disso! Fique animado com algo! Estamos no meio da porra de uma gorja existencial do desespero, pelo amor de deus!3
A entidade de revistas na frente de DuShawn não responde. DuShawn se deixa cair contra a parede do corredor.
DuShawn: É. Você tem razão. Mas tempos desesperados exigem medidas desesperadas. E estou desesperada para me sentir animada novamente.
Michaels: Eu odeio isso.
Michaels se senta contra a parede. Ambas as entidades de revistas que o seguem sentam ao lado dele.
Michaels: Eu sei, Viv. Estou entediado também.
McGlocklin caminha por mais cinquenta metros antes de parar para olhar para as entidades de revistas.
McGlocklin: Estou bem para continuar. Eu realmente não me importo.
McGlocklin caminha por mais duzentos metros. Atualmente, não se sabe como as três gravações de vídeo estão sendo recebidas, visto que estima-se que DuShawn e Michaels estão muito longe do alcance do receptor.
McGlocklin: Vocês acham que devemos ver o que está dentro de uma dessas portas?
DuShawn se levanta.
DuShawn: Foda-se. Estou abrindo a maldita porta.
Michaels também se levanta e se aproxima da porta.
Michaels: Talvez haja algo novo por trás dessa coisa.
Michaels, DuShawn e McGlocklin abrem a porta ao mesmo tempo. Dentro da sala, há uma única mesa de operação, com um monitor de frequência cardíaca ao lado. O monitor de frequência cardíaca está desligado. Deitado na cama está Xingyu Li, dormindo.
DuShawn: Xingyu?
Li lentamente acorda.
Li: Gente?
Michaels, DuShawn e McGlocklin se empurram para entrar na sala. As entidades de revistas não estão mais presentes em nenhuma das gravações de vídeo. Michaels, DuShawn, McGlocklin e Li parecem estar na mesma sala juntos.
DuShawn: Puta merda! Como você está bem?
Michaels: Como você veio parar aqui?
McGlocklin: Humm… oi Xingyu.
Li: Opa, opa. Um de cada vez.
Michaels: Nesse caso, começaremos com sua situação atual.
Li: Acredito que me recuperei por completo.
DuShawn: Se recuperou? O que aconteceu com você?
Li: Enquanto vocês estavam explorando o castelo, uma tempestade de vento enorme veio. Eu não estava pronto para ela, e as rajadas me levaram para fora da nuvem.
Michaels: Espere, você caiu da nuvem?
Li: Eu diria que eu fui assoprado dela, mas é a mesma ideia.
DuShawn: Mas você não foi sequestrado.
Li: Não. Bem, tá, mais ou menos.
Michaels: Eu não entendo "mais ou menos".
Li: Quando bati no chão, eu desmaiei e, quando acordei, estava aqui, com alguém ao meu lado.
Michaels: Tipo, uma pessoa?
Li: Sim… ao invés de?
Michaels: Um monstro do vazio? Eu sei lá. Este lugar não parece ser um lugar onde humanos prosperariam.
Li: Bem, era uma pessoa. Conversei um pouco com ele. Na verdade… acho que queriam te conhecer.
DuShawn: Conhecer o Eric?
Li: Sim, sim. Também sei onde encontrar ele. Ele me disse para onde ir antes de eu voltar a dormir.
DuShawn: Então nos mostre o caminho! Vamos lá!
DuShawn ajuda Li a sair da mesa. Ambos se dirigem para a porta, com McGlocklin os seguindo. Michaels não se mexe.
DuShawn: Você vem?
Michaels: Não tenho certeza se devemos ir.
DuShawn: Por quê?
Michaels: Nosso objetivo aqui é explorar, e—
DuShawn: E essa pessoa pode ser nosso guia.
Michaels: Mas e se—
DuShawn: Você tá com medo, não é?
Michaels: Com licença?
DuShawn: Você me ouviu. Você está com medo. Você está com medo de ser surpreendido pra variar.
Michaels: Eu não—
DuShawn: Ontem à noite você me disse que também estava com medo de nunca mais ficar surpreso. Não sei o que é mais assustador para você, mas você nunca ficará surpreso se nunca se deixar surpreender.
Michaels: Mas— mas…
Michaels suspira e se levanta.
Michaels: Certo. Vamos.
Michaels, DuShawn e McGlocklin seguem Li para fora da sala.
<Fim da Transcrição>
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Dentro da Máquina.
Nome do Local: A MáquinaDescrição: Embora o parque esteja cheio de beleza e caos naturais, às vezes é uma boa mudança de ritmo ver algo que é melhor descrito como sendo o epítome da ordem. A Máquina é um grande complexo ocasionalmente localizado4 no quadrante Sigma-6. Dentro há uma série de circuitos, engrenagens e tubos imaculadamente dispostos. Os mecanismos da máquina estão condensados de modo que não haja espaço sem uso, exceto por uma grade de corredores de acesso que visitantes podem percorrer.
Preparativos para Visitantes: A Máquina é um local bastante calmo para explorar. No entanto, caso a Máquina se ative, todos os visitantes devem estar preparados para evacuar imediatamente.
História: As gravações que temos da primeira exploração da Gorja indicam que a Máquina é a única seção construída artificialmente do parque. Segue abaixo a transcrição dessa visita:
<Começo da Transcrição>
Michaels, DuShawn, McGlocklin e Li estão dentro de um longo corredor com piso de cimento e paredes e teto de vidro. Fora do corredor há uma série de tubos, circuitos e máquinas simples interconectados. Aros, semelhantes aos vistos no LdI-5448-1, estão colocados em recipientes de vidros espalhados por toda a área. A luz desses aros é filtrada em fios e tubos próximos, fazendo com que eles brilhem. O corredor é iluminado por velas, que não emitem luz suficiente para ver onde termina o maquinário que circunda o corredor, caso ele termine.
DuShawn: Essa pessoa construiu tudo isso?
Li: Acho que sim.
Michaels: Mas o que é isso?
Li: Eu não sei. Uma Máquina de Rube Goldberg?
DuShawn: Muito engraçado.
Li: Digo, eu poderia estar certo. Às vezes as pessoas só querem fazer alguma coisa. Não precisa ser útil.
Michaels: Qualquer coisa para ajudar a passar o tempo.
O corredor eventualmente leva a uma grande cúpula de vidro. Há escadas que descem do lado de fora da cúpula para os circuitos e tubos abaixo. No centro da cúpula encontra-se uma cápsula metálica conectada a tubos coloridos5. Um zumbido baixo pode ser ouvido da cápsula. Michaels abre a cápsula usando uma alça localizada na lateral. Dentro há uma enxada de jardim e um estetoscópio. A capsula emite um bipe silencioso.
DuShawn: Mas que diabos?
Li: Tenho a sensação de que estamos aqui há muito tempo.
Michaels se abaixa para pegar o estetoscópio.
Desconhecido: Ei! Humm… tem como você não mexer nisso?
Um homem (doravante SCP-5448-A) sobe uma das escadas presas à cúpula. Ele está carregando uma caixa de ferramentas e suas roupas estão manchadas de graxa de máquina. Ele examina DuShawn, McGlocklin e Li, antes de travar os olhos com Michaels.
SCP-5448-A: Você… Eu te conheço d—
Michaels: Tony?
Os dois ficam em silêncio por alguns segundos antes de SCP-5448-A começar a rir.
SCP-5448-A: Não é de admirar que eu não tenha reconhecido você. Já faz um tempo, não é?
DuShawn puxa Michaels para trás. Michaels luta contra ela. McGlocklin recua alguns metros.
DuShawn: O que diabos você está fazendo?
Michaels: Me solte! Aquele é meu irmão!
DuShawn: Ou uma abominação da porra do vazio!
Li: Viv! Está tudo bem! Esta é, humm… uma das pessoas que me salvou.
DuShawn e Michaels param para olhar para Li. Depois de um momento, DuShawn solta Michaels, que se endireita.
SCP-5448-A: Como, humm… como as coisas têm ido?
Michaels: [para SCP-5448-A] Eles me disseram que você estava morto.
SCP-5448-A: Sabe, acho que a Joyce disse exatamente a mesma coisa.
Michaels: Joyce está aqui também? E o nosso pai?
SCP-5448-A: Nosso pai veio e foi. Ele está em paz agora. Mas Joyce ainda está aqui.
Michaels: Onde?
SCP-5448-A: Bem, se sua trupe não se importar em acompanhar, eu te mostro. Só, ahn, cuidado onde pisam. O chão não é tão real quanto parece em alguns lugares.
<Fim da Transcrição>
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Contexto Desconhecido.
Nome do Local: O Jardim das FloresDescrição: Guardas do Parque têm tido dificuldade para localizar consistentemente o Jardim das Flores dentro da Gorja. Isso ocorre pois o Jardim das Flores é tão instável que ele só existe periodicamente. Devido a isso, há muito poucos fatos conhecidos sobre o Jardim das Flores. Ele nem sempre contém um jardim de flores de verdade!
Preparativos para Visitantes: Explorar o Jardim das Flores é proibido. Quaisquer visitantes que chegarem ao Jardim das Flores devem alertar um guarda o mais rápido possível.
Michaels, DuShawn, McGlocklin, Li e SCP-5448-A chegam em uma área que parece estar coberta de margaridas. A qualidade da gravação do vídeo está degradada, tornando objetos difíceis de distinguir com certeza.
SCP-5448-A: Joyce! Você está aqui? Eu trouxe, ahn, visitas.
Uma mulher vestindo um jaleco (doravante SCP-5448-B) se levanta das margaridas no chão.
Michaels: Joyce?
SCP-5448-B: Eric!
SCP-5448-B corre em direção a Michaels. Os dois se abraçam.
Michaels: Meu deus, eu senti sua falta.
SCP-5448-B: Senti sua falta também. Já faz um tempo, não é?
Michaels: Heh, eu acho que sim.
SCP-5448-B: Sabe, eu nunca imaginaria que teríamos uma reunião de família aqui, de todos os lugares.
Michaels: Nem eu.
SCP-5448-B: Como estão a Grace e o Dean?
Michaels: Quem?
SCP-5448-B: … esses são sua esposa e filho, né?
Michaels: Ah. Certo. Desculpe… Eu não os vejo há muito, muito tempo.
SCP-5448-A: Espere, quanto tempo se passou desde o Omega-K?
Michaels: Eu não saberia te dizer. As pessoas que existiam naquela época perderam a noção do tempo mais de uma vez. Tivemos que redefinir o calendário. Redefinir o ano zero.
Michaels gesticula para o resto da equipe de exploração.
Michaels: Nenhum desses caras estava vivo naquela época.
DuShawn: Humm, desculpe interromper, mas se vocês não se importam que eu pergunte, por que vocês estão aqui?
SCP-5448-A: É uma longa história, mas o resumo é que, hã…
SCP-5448-B: Queremos consertar a morte.
DuShawn: Como é?
SCP-5448-A: O Eric pode confirmar. Nós conseguimos matar pessoas depois do Omega-K. E tipo, se conseguimos trazer a morte de volta para uma pessoa, talvez possamos trazê-la de volta para todos.
Por dois segundos, SCP-5448-A e SCP-5448-B são substituídos por esqueletos. McGlocklin pula para trás, mas os outros não respondem. Depois, SCP-5448-A e SCP-5448-B retornam ao seu estado anterior.
SCP-5448-B: E se não conseguirmos trazer a morte de volta, talvez nós só nos tornemos o ceifador nós mesmos.
SCP-5448-A: Aquela máquina que você viu, temos trabalhado nela… bem, desde que o papai morreu. Mas não é como se tivéssemos um prazo.
DuShawn: Vocês estão realmente tentando acabar com isso? Só vocês dois?
SCP-5448-B: Bem, poderíamos aproveitar uma ajuda.
DuShawn, Li e Michaels olham um para o outro. McGlocklin se afasta lentamente. As gravações de vídeo de DuShawn, Li e Michaels se degradam ao ponto de serem inutilizáveis. McGlocklin olha ao redor, a gravação de vídeo não exibe mais um jardim de flores. Em vez disso, ela está de pé em meio a um parque com um jardim infantil. Há ursos de pelúcia sentados em bancos, observando o jardim infantil. Congregando perto dos balanços estão cinco crianças que parecem ser versões mais jovens de SCP-5448-A, SCP-5448-B, Michaels, DuShawn e Li.
DuShawn: Claro que vou brincar de super-heróis com vocês!
Li: Minha mãe disse que eu não precisava voltar até o pôr do Sol, então posso brincar!
Michaels: Eu queria ficar mesmo. É solitário em casa.
DuShawn: E você, Sarah?
McGlocklin: Eu… o que?
A gravação de vídeo volta ao jardim de flores. Todo mundo foi substituído com as versões adultas de si mesmos.
Michaels: Sarah?
McGlocklin: Vocês— vocês são malucos.
SCP-5448-B: Só estamos colocando as pessoas para descansar. Dando a elas uma escapatória do tédio do sempre.
McGlocklin: [gritando] Vocês estão planejando um genocídio!
Todo mundo fica em silêncio e olha para McGlocklin.
McGlocklin: Eu não entendo como vocês podem odiar só… estar vivo.
Michaels: Você é a primeira pessoa que ouço dizer algo assim faz um bom tempo. Mas, sabe, para cada pessoa como você, há milhares de pessoas como eu. Como a Viv. Como o Xingyu. Só pessoas muito, muito cansadas.
McGlocklin: Vocês não precisam matar todo mundo por causa disso!
DuShawn: Prefiro isso a ser torturada para sempre.
McGlocklin: Você não consegue ouvir o que está falando?
Michaels: Você gosta disso então?
McGlocklin: Se gosto… gosto do que?
Michaels: Estar viva. Acordar de manhã. Só te conheço faz alguns dias e você parece ter nada além de medo do pouco de tempero que a vida ainda tem a oferecer. Você está em um mundo onde tudo que você vê você nunca viu antes, e você odeia isso!
McGlocklin: E—Eu não me importo com meu trabalho de escritório… Eu gosto de rotina…
Michaels: Mesmo para sempre?
McGlocklin: [murmurando] Eu… não sei.
Michaels: Eu não consigo te ouvir.
McGlocklin: Eu não sei!
Michaels: Você sequer pensou nisso?
McGlocklin: Só me deixem em paz!
McGlocklin se vira para sair. Seus passos criam sons crocantes no chão. McGlocklin olha para baixo e vê que as flores foram substituídas com cadáveres de insetos. Ela grita e corre mais rápido. Risadas de crianças podem ser ouvidas por trás de McGlocklin. Cadáveres de insetos caem do céu, se acumulando no chão. McGlocklin continua correndo, eventualmente precisando nadar pelos insetos mortos. A qualidade do vídeo continua a se degradar até não restar nada identificável.
<Fim da Transcrição>
Três dias após a volta de sarah McGlocklin à Gorja, os sistemas de mensagens de emergência dos Serviços do Parque receberam a seguinte transmissão de vídeo.
<0:00 — 0:23> Um logotipo semelhante ao da Fundação SCP, mas com dois pedaços de correntes no centro.
<0:24 — 0:36> Sarah McGlocklin descendo um poço longo cheio de circuitos e tubos.
<0:37 — 1:04> Sarah McGlocklin balançando entre barras de macaco. Atrás dela está um urso de pelúcia, também balançando.
<1:05 — 1:48> Sarah McGlocklin rouba um estetoscópio de uma criança brincando de médico com seus amigos, e uma foice de jardim de uma criança construindo um castelo de areia com os amigos.
<1:49 — 2:20> Sarah McGlocklin correndo por uma paisagem estranha. Ela está usando um par de fones de ouvido mal reparados e segurando uma faca e um urso de pelúcia.
<2:21 — 2:26> Sarah McGlocklin pulando nas Cataratas do Sempre.
<2:27 — 5:35> Sarah McGlocklin em queda livre. Ele segura o urso de pelúcia e a faca com força. Os fones de ouvido também permanecem em sua cabeça. Ela está sorrindo. Esta é a única parte da transmissão acompanhada de áudio, que é fornecido abaixo, junto com uma transcrição por escrito:
Papai sempre esteve ao meu lado
Ao me levantar, meu guarda e guia era
Com piadas me alegrava em meus dias tristes
O quarto de hospital estava calmo
Só nós dois, só eu e ele
Quando disse ele, a me acalmar
Nada mais é isso que o suave abraço
De morte e trevas
Que o suave abraço
De paz e calma
Não sei aonde eu vou
Mas ao chegar, eu vou saber
Suave abraço de paz e calma
Crescida agora, sou forte e firme
Na cama a colocar meu filho, ele
Me pergunta: "O que aconteceu ao vovô naquela sala?"
Não se preocupe, vá dormir
Seu amor por nós, ele sempre vai manter
Mesmo agora, seu lar fundo abaixo
Nada mais é isso que o suave abraço
De morte e trevas
Que o suave abraço
De paz e calma
Não sei aonde eu vou
Mas ao chegar, eu vou saber
Suave abraço de paz e calma
Muitos anos a ir e vir, meus amigos junto
A família aqui, palavras de conforto misturadas
Sabemos muito bem que vou-me logo
Quarto de hospital cheio de ruídos
Como eu me sinto, eles não entendem
E meu pensar atravessou os sons
Nada mais é isso que o suave abraço
De morte e trevas
Que o suave abraço
De paz e calma
Não sei aonde eu vou
Mas ao chegar, será que vou saber?
Suave abraço de morte e trevas
Sinto medo
Sinto medo
Papai, por favor, pode ajudar?
Sinto medo
<5:36 — 6:00> As palavras "Eu não quero morrer."