Item nº: 6021
Classe do Objeto: Seguro
Procedimentos Especiais de Contenção: Não há nenhum esforço de contenção no momento. Um consenso crescente entre funcionários da Fundação afirma que SCP-6021 pode existir como um elemento inexplicado da psiquê humana.
Descrição: SCP-6021 é uma anormalidade comportamental potencialmente anômala observada em certos membros do grupo de espécies Homo sapiens. Sujeitos afetados por SCP-6021 desenvolvem os seguintes sintomas:
- Autorreflexão aumentada
- Desejo de auto expressão aumentado
- Habilidade artística aumentada
SCP-6021 é geralmente induzido quando sujeitos observam lugares específicos e eventos no Planeta Terra. Sítios normalmente incluem amanheceres, pôr-do-sol, paisagens abertas (usualmente habitadas por algum tipo de animal de pastagem) e objetos grandes—tanto artificiais quanto naturais.
Sujeitos irão observar essas áreas por longos períodos de tempo, presumidamente desenvolvendo metáforas subconscientemente sobre suas próprias observações para auxiliar em suas próprias descrições.
Após alguma mudança ocorrer naquilo que o sujeito está observando, eles irão sair de sua hipnose e tentar descrever o que viram nos próximos três dias, normalmente utilizando diferentes formas de expressão artística, incluindo escrita, desenho e música.
Descoberta/Evidência Histórica: O Doutor Alfred Black do Departamento de Padrões Antropológicos foi fundamental em identificar atributos chave para definir SCP-6021 como um fenômeno recorrente e enigmático. Sua pesquisa descobriu mais de uma centena de aparições prováveis de SCP-6021 ao longo da história humana.
Um desses incidentes possivelmente produziu O Grito de Edvard Munch, onde Munch foi possuído a criar após ficar fixado em um pôr-do-sol em um fiorde norueguês. A sua “pintura das nuvens com sangue real” para aparentar a representação do grito da natureza evidencia uma possível conexão entre o ato e uma manifestação de SCP-6021.
Extensão da Descrição: Um exemplo de uma expressão escrita de um sujeito pode ser lido abaixo.
Tons apocalípticos de vermelho vivo e violeta enérgico dançam na maré recuante. Terra em silhueta, iluminada por trás do sol poente, é visível à distância; sua grande escuridão me chamando ao seu encontro. “Em breve!” Eu exclamo, “Em breve eu estarei com você, meu abismo quieto, minha paz final.” A chamada insular reverbera dentro de mim enquanto eu tento me aquecer no brilho quente fugaz, somente para ser saudado pela reflexão fria de um satélite minguante. Sem a luz eu não posso mais escutar o choro distante da minha doce escapada, então eu me vou. Somente meus passos permanecem, uma pequena perturbação despercebida. A maré vem em poucas horas; ela engolirá a existência do meu ser completamente. A areia se acalma e nada sobra para perturbar a serenidade sublime.
Em um interrogatório posterior do sujeito, ele admitiu o sentimento de insatisfação e isolamento causado por uma auto percepção natural de importunação do lugar que ele invadiu. Em uma conversa tangencial, o sujeito elaborou, em detalhes, seu desejo por “paz interior".