Herman Fuller Apresenta: O Incrível Zoltan
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The following is a page from a publication entitled To the Circus Born: Herman Fuller's Menagerie of Freaks. The identities of neither publisher nor author have been established, and scattered pages have been found inserted into Circus-themed books in libraries across the world. The person or persons behind this dissemination are unknown.

O Incrível Zoltan

Consultores alquímicos estão sempre em alta demanda entre a comunidade anômala, até mesmo pelos nossos inimigos. Os Carcereiros, os Queimadores de Livros e até os Maníacos usam alquimistas. Os sarkicistas nos usam, os mekhanitas nos usam, e os alquimistas que trabalham para a Marshall, Carter e Dark são incomparavelmente ricos.

E aqui estou eu, trabalhando neste mísero Circo.

Eu estava fazendo meu estágio na Ed e Al's no Bazar Absoluto quando Fuller entra pela porta da frente e começa a tagarelar alguma merda sobre querer uma pedra filosofal feita de melaço. Herman tinha mais de cem anos àquela altura, tenho certeza. Ele manteve sua juventude através do uso de Água Mineral Astrakhana, embora não tivesse uma fonte confiável e quisesse algo mais permanente. Ele havia tentado um Verme Branco do mercado negro, e me disseram que isso acabou mal. Quando ele não pôde bancar usar a engenhoca sugadora de almas da MC&D, ele tentou roubá-la, e isso foi um fiasco tão ruim que eles se recusaram a fazer negócios conosco novamente até a Icky assumir.

De qualquer forma, ele entra na loja querendo que façamos para ele uma pedra filosofal de melaço. Disposto a pagar uma fortuna por isso também. Ed e Al dizem que ele está maluco, mas eu - sendo um merdinha arrogante na época - juro que consigo fazer isso. Ed e Al me proíbem de me envolver porque eles (com razão) não queriam nada a ver com essa loucura, então eu me demiti e fui trabalhar diretamente para o Fuller. Isso arruinou minha vida.

O problema em relação a elixires é que eles precisam ser feitos para o indivíduo, criados durante as condições astrológicas adequadas e consumidos em condições complementares. Eu também estava trabalhando com esse negócio chamado Melaço Taumatúrgico de Tilly, que já era mágico, então na minha cabeça isso deixava as coisas mais fáceis. Grande erro. Sua magia inata causou todo tipo de efeitos colaterais imprevistos e impossibilitou a purificação.

Uma pedra filosofal adequada deveria ser uma rocha vítrea vermelha ou, no máximo, roxa avermelhada. A minha era roxa azulada. Brilhante, mas não exatamente vítrea. O Herman estava compreensivelmente relutante em usá-la, então ele insistiu que testássemos ela. Tentei explicar que ela não funcionaria bem em mais ninguém, mas ele não quis ouvir nada.

Ele dissolveu um pouco dela em um cálice, fez os ritos necessários e ofereceu ele para o Waldorf, a Bala de Canhão Humana. Ele imaginou que um acrobata imortal seria uma bela posse. O elixir funcionou, tecnicamente. Ele desencadeou uma reação em cadeia que transformou todo o corpo dele em um doce de pedra. Ele ainda estava vivo e provavelmente poderia ter vivido daquele jeito indefinidamente, se não fosse o fato de que Palhaços adoram doces. Eles praticamente ficaram selvagens ao vê-lo. Comeram ele vivo. Ainda consigo ouvi-lo gritando.

Fuller ficou indignado. Ele agarrou a pedra, me prendeu no chão e, usando algum tempo de henomancia, enfiou a coisa no meu crânio. Foi assim que consegui meu 'terceiro olho'.

Então agora eu tenho uma pedra filosofal estragada e manchada que foi projetada para outra pessoa permanentemente embutida em meu corpo. Sua presença continuamente desestabiliza, desequilibra e corrompe meus humores, assim como mancha minha energia vital elan, o efeito exato mudando com a posição das estrelas. Eu consigo controlar os efeitos com poções e outras coisas, mas meus sonhos de ser um grande alquimista já eram.

Mesmo que eu nunca possa ser um mago ou alquimista adequado com essa coisa na minha cabeça, o Herman exigiu que eu me juntasse ao seu Circo permanentemente para 'pagar a dívida' que ele decidiu que eu devia a ele. Talvez esse fosse seu plano o tempo todo, ou pelo menos uma contingência.

Nunca consegui dar a ele o elixir que ele queria, mas fiz alguns homúnculos horrivelmente deformados para ele. Mas, na maior parte do tempo, eu digo às pessoas suas fortunas e transmuto quartzo em diamantes ruins. Agora que o Herman se foi, eu poderia tecnicamente ir, mas não tenho para onde ir. Não se passa um dia em que eu não pense em como minha vida teria sido melhor se eu nunca tivesse concordado em ajudar o Fuller todos esses anos atrás.

Acho que você poderia dizer que eu estou tão amargurado quanto melaço de cana sobre a coisa toda.

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