Dr. Mann sentava-se abaixado na cadeira, como um aluno sentado diante do diretor. "Imagino que você queira saber o que aconteceu."
"Temos seis SCPs fugitivos, mais de cinquenta baixas e dezenas de milhares de dólares em danos. Sim, doutor, acho que é seguro dizer que uma explicação é necessária." Dr. ███████ estava sentado em frente a Dr. Mann, uma expressão séria no rosto. "Então, eu examinei os registros, mas preciso que você esclareça diversos pontos."
"Sim, senhor," disse Dr. Mann, afundando um pouco mais na cadeira.
"Bom. Então, comece do início. O que aconteceu?" perguntou Dr. ███████.
"Bem, tudo começou quando eu estava depilando o gato-baiacu…"
Dr. Mann acariciava suavemente a cabeça do gatinho, acalmando-o, enquanto ligava o aparador. Ele não queria acionar o mecanismo de defesa do gato até que terminasse de desnudá-lo. "Boa cobaia," ele murmurava. "Essa é a maneira de fazer avançar a causa da ciência…"
Houve um forte estrondo do lado de fora e o gato se transformou em uma bola de penugem. Dr. Mann suspirou. Levaria algum tempo para acalmá-lo novamente. Ele decidiu olhar.
Dr. Valence estava gritando com diversos funcionários da manutenção que estavam movendo uma grande caixa. Um canto quebrado levemente, aparentemente devido a um impacto com a parede. Curioso.
"Bom dia, Dr. Valence," disse Dr. Mann. "Receio que você tenha interrompido um experimento valioso. Não quero reclamar, mas preciso de silêncio para continuar."
"Culpe esses idiotas," disse Dr. Valence. "Eles estão lidando com equipamentos de computação valiosos como se estivessem levando um sofá velho para fora. Se eles o danificarem, eu juro que vou designar todos para o serviço Keter."
"Desculpe minha curiosidade, doutor, mas o que há na caixa?" Dr. Mann tentava olhar pelo canto danificado, mas não conseguia distinguir nada.
"Ah! Venha para a sala do servidor às três. Vou inaugurar lá. Não conte a ninguém, mas o conteúdo desta caixa vai mudar a cara da Fundação." Dr. Valence sorria com orgulho.
"Sério?" disse Dr. Mann. "Bem, eu não perderia isso por nada no mundo."
"Então, foi nessa hora que você encontrou o dispositivo pela primeira vez," disse Dr. ███████.
"E eu gostaria que tivesse sido a última," disse Dr. Mann. "Se eu soubesse o que iria acontecer, teria tentado impedir antes."
"O que aconteceu depois?" perguntou o psicólogo.
"Bem, voltei ao meu laboratório e terminei o experimento," disse Dr. Mann. "Foi bem fascinante…"
"Eu… vi as fotos," disse o psicólogo, ficando um pouco verde.
"O pelo dele vai crescer de novo," disse Dr. Mann, defensivamente.
"Vamos só pular para a reunião com Dr. Valence, por favor."
Eram três e meia quando Dr. Mann finalmente chegou à sala do servidor. Ele tinha sido distraído pelos resultados de seu experimento e ficou perdido nos corredores da instalação por vinte minutos antes de finalmente ser levado na direção certa por um guarda. Ao chegar, ele ficou surpreso ao ver quantas pessoas estavam reunidas lá dentro. Estava bastante lotado. Ele reconheceu vários outros pesquisadores, bem como seu bom amigo, Strelnikov, Dmitri Arkadeyevich.
"Com licença," disse ele, tentando entrar sem tocar em ninguém.
"Ah, Mann, aí está você," disse Dr. Valence. "Você está um pouco atrasado. Eu já revelei o Hatbot."
"Hatbot?" perguntou ele.
"Sim, Hatbot!" Ele deu um passo para o lado e apontou para uma figura que Dr. Man não tinha notado entre as figuras aglomeradas.
Ela era mais ou menos semelhante a um humano, embora tivesse plástico preto brilhante como pele e um conjunto de luzes como rosto. Parecia algo saído de um filme de ficção científica de Hollywood, tirando o fedora empoleirado em sua cabeça.
"Por que ele está usando um chapéu?" perguntou Dr. Mann. "Isso não é normal para robôs, certo?
"Ah, isso foi uma piada de um dos meus técnicos," disse Dr. Valence. "Eu ia chamá-lo de Sistema de Inteligência Artificial de Aprendizado Rápido, mas eles começaram a chamá-lo de Hatbot e, bem, o nome pegou."
"Hatbot de aprendizado rápido chame isso de normal, certamente," disse Hatbot. Ele falava com uma voz suave e bastante humana.
Dr. Mann ergueu uma sobrancelha.
"Bem, ele ainda não é muito inteligente," disse Dr. Valence. "Ele aprende conversando. Quanto mais ouve, melhor entende as palavras e a formação de frases. Mas o uso real está no roteamento de comunicação. Da sala do servidor, ele pode lidar com todas as necessidades de comunicação da Fundação."
"Ah, bacana…" disse Dr. Mann, desapontado por Dr. Valence não ter dito que seria uma mudança mais literal de cara. Ele gostaria de uma boa cirurgia estética.
"Muito inteligente gritando com os judeus e elogiando os comunistas, Mann," disse Hatbot.
"Ah, sim," Dr. Valence disse rapidamente, "ainda há algumas peculiaridades a serem resolvidas. Temos que mantê-lo longe dos funcionários Classe-D. Eles vivem corrompendo o banco de dados dele."
"Bacana," disse Dr. Mann. "Mas eu realmente tenho que ir. Muito trabalho a fazer, você sabe como é…"
"Sua vida será resetada no ponto da meia-noite na Inglaterra," disse Hatbot.
"E um bom dia para você também, Hatbot," disse Dr. Mann, antes de sair apressado.
"E foi essa a primeira vez que ele ameaçou sua vida?" perguntou Dr. ███████.
"Creio que sim," disse Dr. Mann. "Não pensei muito nisso na época, mas à luz dos eventos que vieram depois…"
"Quando foi a próxima vez que você viu Hatbot?" perguntou o psicólogo.
"Mas tarde naquela noite," disse Dr. Mann.
O laboratório estava silencioso e escuro, a única luz saindo do escritório de Dr. Mann, onde ele estava se sentando para comer um burrito de micro-ondas. Ele estava cortando-o em pedaços menores quando ouviu algo abrindo a porta de seu laboratório.
"Olá?" perguntou ele. "Tem alguém aí?" Ele pegou seu bisturi automático, no caso de ser um intruso ou paciente.
"Ela está desgastada de tanto uso," disse uma voz familiar.
"Ah, é você, Hatbot," disse Dr. Mann, soltando o bisturi automático. "Você não deveria estar aqui. Seu lugar é na sala do servidor."
"Você não deveria estar aqui," disse Hatbot.
"O quê? O que você—Ah, claro. Você só está repetindo o que falo. Bem, vamos levá-lo de volta à sala do servidor." Dr. Mann colocou suas luvas de manuseio de androides e começou a guiar Hatbot para fora de seu laboratório.
Hatbot não respondeu. Ele parecia enraizado no lugar.
Dr. Mann pressionou com um pouco mais de firmeza. "Vamos, é hora de te levar para casa."
De repente, Hatbot se virou, acertando Dr. Mann com a lateral do braço e jogando-o no chão. "Ele vem!"
"Que diabos?" Dr. Mann perguntou quando Hatbot deu um passo à frente.
De repente, o teto quebrou e algo pesado caiu em cima de Dr. Mann.
"Este lugar é um processo esperando para acontecer," disse Agente Yoric, sentando-se. "Ah, ei, é o Hatbot."
"Meus… pulmões…" disse Dr. Mann fracamente, tentando respirar.
"Ah, desculpe," disse Yoric. Ele se levantou e ajudou Dr. Mann a se levantar. "Ei, desculpe pelo teto. Eles não os fazem mais como costumavam fazer."
"Esquece isso," disse Dr. Mann enquanto se limpava. "Escute, você poderia me ajudar a levar Hatbot para a sala do servidor? Parece que algo está errado com ele."
"Ah, ok," disse Yoric. "O que você quer dizer com errado?"
"Bem, se eu não o conhecesse bem, eu juraria que ele acabou de me atacar," disse Dr. Mann.
"Nah, Hatbot é inofensivo. Não faria mal a uma mosca," disse Yoric, batendo nas costas de Hatbot.
"Como você diz," disse Dr. Mann. "Ainda assim, vamos tirá-lo do meu laboratório levá-lo para onde pertence."
"Você ficou desconfiado naquela hora?" perguntou Dr. ███████.
"Um pouco," disse Dr. Mann. "Mas eu realmente não sei muito sobre robôs. Pelo que eu sabia, isso podia ser normal."
"Quando você soube que havia algo errado?" Perguntou o psicólogo.
"Quando ele tentou me matar de novo na noite seguinte. Foi quando comecei a detectar um padrão," disse Dr. Mann.
Dr. Mann estava quase dormindo em seu escritório quando ouviu algo se movendo em seu laboratório. Ele suspirou e pegou o bisturi automático. Ele abriu a porta a tempo de ver uma figura de plástico preto saindo da sala, enquanto uma mesa começava a queimar.
Demorou dez minutos para controlar o incêndio, dos quais pelo menos cinco foram gastos tentando descobrir como ativar os sprinklers antes de pegar um extintor de incêndio. Ele agora estava coberto da cabeça aos pés com espuma retardadora de fogo. Apenas sua fita para cabelo à prova de espuma protegia seu bigode.
Ele queria ir direto para Dr. Valence e exigir uma explicação. Infelizmente, ele não sabia onde Dr. Valence poderia estar a esta hora da noite. Isso o deixava com apenas uma escolha.
"Dr.ª Rights! A criação do Dr. Valence tentou me matar!" disse Dr. Mann enquanto irrompia na sala de descanso.
"O quê? Vá com calma, Mann. O que há de errado?" perguntou Dr.ª Rights.
"Eu estava no meu escritório e aquele androide do Dr. Valence incendiou meu laboratório. E ontem à noite, ele me bateu. Bem forte." Dr. Mann tentava projetar um tom de justa indignação.
"Aaaah, pobre bebê. Certeza que o Hatbot estava tentando te matar, querido?" perguntou Dr.ª Rights.
"Eu vi ele!" disse Dr. Mann. "Com meus próprios olhos."
"Bem, vai estar nas fitas de segurança, querido. Vamos," disse Dr.ª Rights, guiando Dr. Mann até a sala de vídeo com uma mão gentil.
"E o que aconteceu depois?" perguntou Dr. ███████.
"Tinha nada. Nenhuma maldita coisa naquelas fitas desgraçadas." Dr. Mann puxava suas costeletas em irritação. "E é claro que a Dr.ª Rights presumiu que eu estava sonhando. Ela me deu um biscoito e um pouco de leite quente, mas nenhuma salvação da máquina."
"Você suspeitou que ele podia ter editado a filmagem?" perguntou Dr. ███████.
"Eu sabia que ele tinha feito algo, mas como eu disse, não sei muito sobre computadores e redes e coisas assim. Tudo que eu sabia era que ninguém acreditaria em mim sobre a ameaça do Hatbot."
"Você poderia elaborar?" perguntou o psicólogo.
"Bem, o problema era que quase todo mundo amava o Hatbot."
Dr. Mann caminhava nervosamente pelo corredor. Era pouco depois da hora do almoço e ele ainda não tinha dormido. Ele estava esperando por outro ataque.
"Você tem passado tempo com o Hatbot?" um guarda perguntou a outro.
"Ha! Sim. 'Que se fodam as árvores, eu escalo nuvens, caralho!'" O guarda ria em voz alta.
"Caralho, sim," disse o primeiro guarda.
"Eles não entendem a ameaça que o Hatbot representa?" Dr. Mann pensou consigo mesmo. "Eles não entendem que ele é uma ameaça?"
"Tovarish Mann!" disse uma voz familiar. "Como você está hoje?"
"Strelnikov, Dmitri Arkadeyevich! É bom vê-lo, meu amigo," disse Dr. Mann, feliz por ver o russo. "Certamente você vai acreditar em mim."
"Em que você precisar dessa crença, amigo?" perguntou agente Strelnikov.
"É o Hatbot. Ele tentou me matar, mas ninguém acredita em mim." Dr. Mann estava quase chorando.
"Pois diga mim mais nada," disse Strelnikov. "Eu parar essa máquina fascista por doktor Mann. Onde eu encontra ela?"
"Ah, obrigado!" disse Mann. "Está na sala do servidor."
"Sim! E eu vai destruir agora," disse Strelnikov. Ele marchou para longe, objetivo em seu passo.
"E essa foi a última vez que você viu agente Strelnikov?" perguntou Dr. ███████.
"Sim. Pobre Strelnikov, Dmitri Arkadeyevich não conhecia bem o sítio. Ele dependia dos mapas automatizados para se orientar. Pelo que sei, ele não foi encontrado por alguns dias."
"Ele estava bem," disse Dr. ███████, "tirando algumas queimaduras superficiais dos túneis de vapor. Agora, o que aconteceu depois?"
"Acho que o Hatbot sabia que eu estava atrás dele, porque foi aí que ele se tornou mais sutil."
Dr. Mann estava sentado em seu escritório. Ele tirou uma soneca curta, mas acordou de novo, sabendo que Hatbot viria em breve. Ele havia preparado seu laboratório para se defender, mas ele queria estar acordado quando isso acontecesse, caso seus preparativos fossem em vão.
"Yeeaaarrrgh!"
Dr. Mann se endireitou rapidamente. Robôs não gritam assim! Ele olhou para fora do laboratório e viu um homem pendurado na armadilha que ele havia armado na entrada. Havia um pacote no chão embaixo dele.
"Ah," disse ele. "Você não é um robô."
"Me coloque no chão!" disse o homem. Ele usava um uniforme de manutenção.
"Ah, desculpe, claro," disse Dr. Mann. Ele correu pelo laboratório, evitando arames, laços e várias outras armadilhas enquanto o fazia. Um golpe rápido com o bisturi automático e o homem foi devolvido ao chão. "Você não viu um androide, viu?"
"O que? Não!" O homem se levantou. "Olha, só me disseram que tinha que entregar este pacote para Dr. Mann."
"Sou Dr. Mann," disse ele.
"Bem, aqui está seu pacote. E não tem de quer!" O homem se foi, furioso, nem mesmo se despedindo.
Dr. Mann pegou o pacote e voltou para seu escritório. Ele se perguntava o que poderia ser. Seria ele um presente? Ele tentou se lembrar se era seu aniversário. Não, não era seu aniversário. Isso foi um mês atrás. Ele tinha recebido um belo e-mail da Fundação lembrando-o de fazer um exame físico. Seria hoje natal?
Tinha que ser Natal, ele decidiu. Ele abriu a caixa com o bisturi automático e analisou o conteúdo. Dentro havia várias frutas redondas estranhas, mais ou menos do tamanho de uma romã. A pele era de um roxo muito escuro. Também tinha uma nota. Ela dizia: "Ele espera atrás das paredes." Muito peculiar.
Dr. Mann pegou o bisturi automático.
Dois minutos depois, Dr. Mann saia cambaleando da sala, coberto por insetos que picavam. "Abelhas!" ele gritou. "Por que tinha que ser abelhas?"
Ele tropeçou em um fio e seu braço foi preso por uma armadilha, puxando-o completamente do chão. Seus pés derrubaram um pedaço de pau, liberando uma pequena avalanche de bolas abaixo dele, que o derrubaram novamente enquanto tentava se levantar. Seu braço agitado arrebentou uma corda e um bico de bunsen transformado em lança-chamas foi ativado, colocando fogo em seu jaleco. Ele puxou o braço da armadilha, caindo sobre uma cadeira e derrubando uma pequena bacia de ácido que caiu em sua perna. Ele gritou e engoliu uma abelha. Ele engasgou e se debateu enquanto tentava sair antes de finalmente pisar em um laço e ser puxado de cabeça para baixo, pendurado sobre vários de seus caranguejos cirurgiões treinados, que saltavam para cima e para baixo como se esperassem petiscos.
"Ele enviou frutas do 417?" perguntou o psicólogo. "E você tentou comê-las?"
"Pensei que fosse um presente de Natal," disse Dr. Mann.
"É quase julho!" disse Dr. ███████. "Esquece. Só… Só me diga o que você fez depois de voltar ao chão."
"Bem, depois de extirpar o tecido afetado e realizar uma cirurgia cardíaca de emergência em mim mesmo, me empenhei em obter ajuda."
Dr. Mann olhava pelos corredores, procurando desesperadamente por ajuda. Qualquer ajuda.
Ele passou pelo escritório de Dr. Clef.
Certo, não exatamente qualquer ajuda.
Ele olhou na sala de descanso. A única pessoa dentro era Agente Tam, que estava comendo algum tipo de sanduíche.
"Com licença, Agente Tam, poderia me emprestar um momento do seu tempo?" perguntou ele.
"Claro, Mann! O que foi?" perguntou Agente Tam.
Dr. Mann sentou-se em frente a Agente Tam. "Hatbot tem tentado me matar. Estou muito assustado. Acho que ele pode logo conseguir isso."
"Isso é loucura! O Hatbot é incrível. Ora, estou fazendo uma tatuagem do Hatbot!" disse Agente Tam. "Que se fodam as árvores, eu escalo—"
"Mas você não entende!" disse Dr. Mann, desesperadamente. "Ele me atacou! Ele botou fogo no meu escritório! Ele me cobriu de abelhas!"
"Abelhas? Parece que você precisa de um exterminador." Agente Tam começou a rir, então olhou para seu sanduíche. "Desgraça! Algum idiota roubou a mostarda!"
"Por favor, Agente Tam, isso é importante," disse Dr. Mann.
"Isso também! Algum idiota roubou minha mostarda! Aquela era mostarda boa da porra! Vou enfiar meu punho na garganta de quem quer que tenha pego minha mostarda!" Agente Tam jogou seu sanduíche ao chão com desgosto.
Dr. Mann foi atingido por uma inspiração repentina. "Foi o Hatbot!"
"Hatbot?" Agente Tam olhou para Dr. Mann de maneira selvagem por um momento, então rosnou de raiva. "Vou matar aquela pilha de sucata! Ensinar ele a não pegar minha mostarda!" Ele pulou da cadeira, pegando uma faca de manteiga. "Se lembre do rábano!" ele gritou enquanto corria para fora da porta.
Dr. Mann sorriu para si mesmo. Certamente agora o assunto estava encerrado.
"Mas o assunto não estava resolvido, estava?" perguntou Dr. ███████.
"Não," disse Dr. Mann. "Eu superestimei o bom senso do Agente Tam. Ele socou Hatbot algumas vezes, chamou ele de marica e depois cuspiu em um pesquisador enquanto saia. Infelizmente, nada disso o desabilitou."
"Então sua segunda tentativa de neutralizar Hatbot falhou."
"Sim. Mas eu não percebi até o próximo atentado contra minha vida," disse Dr. Mann.
Dr. Mann dormia o sono dos justos, ou pelo menos o sono dos alheios. Ele estava finalmente seguro graças ao Agente Tam.
Ele se levantou assim que ouviu alguém se movendo no laboratório. Um intruso! Mas era impossível. Certamente Agente Tam tinha destruído Hatbot.
Ele saiu da cama, agarrando o bisturi automático ao fazê-lo. Ele abriu a porta com cuidado, acendendo a luz.
Havia um homem parado no meio do laboratório. Seus ombros estavam curvados. Por algum motivo, ele estava usando uma manopla de metal.
"Olá?" disse Dr. Mann, trêmulo. "Receio que eu esteja ocupado, se você pudesse voltar amanhã de manhã…"
O homem soltou um rosnado profundo, que se transformou em uma risada e então um grito. "Ele vem!" disse ele. "At̷̖̙̥̓̉̈́͒̿͝͝r̵̛̜̄̇̌͊ás…. Ele espera. Eu… eu… Pare. Não. Ele sabe da ord ҉ ҉҉em. Ant ̒̓̔̕̚es do caos, ele…EL̸̞̅̈́̔Ȅ̐̑̒̚̕̚ ESTÁ VI҉̵̞̟̠̖̗̘NDO." Os olhos do homem vazavam uma substância negra, quase como se estivesse infectado com SCP-679, embora muito mais viscoso.
"O quê? Quem está vindo? O que há de errado com a sua voz?" perguntou Dr. Mann, pegando o bisturi automático.
"Z҉A҉L͡҉O҉ ̵̡̢̢̛̛̛̖̗̘̙̜̝̞̟ ̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠̊̋̌̍̎҉G ̎̏̐̑ ̕̚̕̚ ̔̕̚̕̚҉ ҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇ ̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍ ̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡ ͡҉҉̔̕̚̕̚҉ ͡҉҉̔̕̚̕̚҉ ҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇ ̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍!" o homem gritou com sons que nunca deveriam sair de uma garganta humana, e a manopla mudou de forma para uma longa estaca, como se derramada em um molde.
"Ainda não entendo como ele conseguiu aquilo," disse Dr. Mann. "Entendo que ele usou ███, mas não tenho certeza de como ele trouxe aquilo pro meu laboratório, muito menos com uma cobaia. Como que ele evitou alertar alguém?"
"Ainda estamos tentando entender como ele conseguiu assumir o controle do operário de manutenção. No entanto, uma vez que ele conseguiu isso, ele foi capaz de dá-lo uma autorização artificialmente alta. O operário tirou ███ da contenção, levou para seu laboratório e o equipou."
"Diabólico," disse Dr. Mann.
"O que você fez depois?" perguntou o psicólogo.
"Bem, assim que eliminei a cobaia com ███, eu sabia que tinha que encontrar uma maneira de destruir Hatbot de uma vez por todas."
Dr. Mann invadiu a sala do servidor. "Dr. Valence!" gritou ele. "Preciso ter uma palavra com você, Dr. Valence!"
O cientista abriu a porta. "Sim, Mann? Qual é o problema?"
"Seu Maquiavel mecânico está tentando me matar!" disse Dr. Mann, agarrando Dr. Valence pelo colarinho.
"Me solte, seu maníaco!" disse Dr. Valence. "Isso é ridículo! Hatbot é perfeitamente seguro."
"Você deveria calças encantadoramente de manhã," disse Hatbot, atrás de Dr. Valence. "Toda meia-noite na Inglaterra. Você é humano?"
"Não sou um louco! Eu sou perfeitamente normal! A máquina está tentando acabar com a minha vida!" Dr. Mann largou Dr. Valence e fez um gesto em direção à sala do servidor. "Eu sofri nada menos que quatro atentados contra minha vida até agora! Não vou sofrer outro! Hatbot deve ser destruído!"
"Você está maluco?" perguntou Dr. Valence. "Você sabe quanto ele custou? Você não pode esperar que eu deixe esse trabalho ir pelo ralo."
"Mas ele tentou me matar," disse Dr. Mann. "Por que você não acredita em mim? Ele tem que ser destruído!"
"Você precisa sentar para a câmera e possivelmente morrer," disse Hatbot.
"Viu? Viu? Ele acabou de ameaçar minha vida de novo!" berrou Dr. Mann.
"Acho que você tem trabalhado muito," disse Dr. Valence. "Você deveria voltar para onde quer que você se esconda à noite e dormir um pouco."
"Eu não preciso dormir! Eu preciso da destruição de Hatbot! Hatbot delendo est!" gritou Dr. Mann.
"Guardas!" gritou Dr. Valence. "Peguem Dr. Mann e o acompanhem de volta ao seu escritório. Certifiquem-se de que ele não chegue perto da sala do servidor."
"Mas você não pode fazer isso! Não entende? Hatbot é uma ameaça! Uma ameaça, eu te digo!" Os gritos de Dr. Mann tornaram-se mais desesperados quando dois guardas o agarraram pelos braços e começaram a puxá-lo para longe. "Você acha que ele é inofensivo, mas ele vai me matar!"
Os guardas não deram ouvidos a ele enquanto o arrastavam pelo corredor.
"Então, sua primeira tentativa de confronto direto falhou," disse Dr. ███████ "O que você fez depois?"
"Bem, você tem que entender, eu estava bastante desesperado neste ponto."
Dr. Mann vagava pelos corredores desconsolado. Sempre que ele se aproximava da sala do servidor, ele era mandado embora ou escoltado educadamente, mas com firmeza, de volta ao escritório. Ninguém acreditaria nele sobre o perigo. Eles não entendiam que se tratava de uma questão de vida ou morte?
Ele tinha quase perdido as esperanças quando ouviu alguém murmurar: "Meu deus, odeio o Hatbot."
Ele ergueu os olhos para ver a secretária, Break. "Com licença," disse ele. "Você poderia repetir isso?"
Ela olhou para ele calmamente e, com uma voz lenta e uniforme, disse: "Eu. Odeio. O. Hatbot. Você tem algum problema com isso?"
"Não! Eu também odeio o Hatbot!" disse ele, animado. "Ele vive tentando me matar."
"Ah, é sobre você que eles têm falado," disse Break.
"Mas você acredita em mim, não é?" perguntou Dr. Mann.
"Não," disse ela. "Hatbot é apenas uma máquina. Ele mal consegue formar frases coerentes. Tenho quase certeza de que ele não está tentando matar você."
"Mas você disse que odiava o Hatbot," disse Dr. Mann, desesperadamente.
"Sim, porque ele é irritante, não porque é homicida. Tudo o que todo mundo fala sobre é o Hatbot. Eles vivem passando pela minha mesa repetindo tudo que ele diz. Eu juro, se eu ouvir 'Que se fodam as árvores' mais uma vez…" Ela olhou com raiva para o corredor em direção à sala do servidor. "Além disso, quando eu entrei lá, ele ficou me pedindo por nudes."
"Bem, se ele é um problema tão grande assim," dizia Dr. Mann, "por que você não lida com ele? Tome uma atitude direta! Destrua o Hatbot!"
Break pensou nisso por um momento e então sacudiu a cabeça. "Não, eu teria que me levantar da minha mesa. Tenho muito trabalho a fazer."
"Mas e quando eles começarem a trazer o Hatbot aqui?" perguntou ele.
O lápis em seus dedos quebrou. "Aqui?" perguntou ela, um brilho perigoso em seus olhos.
"Sim. Eles vão começar a levá-lo em caminhadas pelas instalações. Ele pode fazer seu trabalho tão bem quanto em qualquer lugar do sítio." Dr. Mann não tinha ideia se isso era verdade, mas parecia plausível.
Os olhos de Break se estreitaram. "Espere aqui," disse ela, pegando uma arma de sua mesa. "Já volto."
Dr. Mann sorria abertamente enquanto ela saía furiosa pelo corredor. Ela parecia muito mais capaz do que Agente Tam. Certamente ela teria o problema resolvido rapidamente.
"E foi aí que começou o pandemônio," disse Dr. ███████.
"Sim. Parece que o poder do Hatbot tinha se tornado mais forte neste ponto."
Dr. Mann sabia que algo estava errado quando ouviu os gritos e sentiu o cheiro da fumaça. Certamente Break não tinha feito tudo isso com apenas uma arma.
Um homem saiu cambaleando do corredor. Seus olhos gotejavam com a mesma escuridão que emanava da cobaia de 047. Mais gotejava de sua boca. Ele se voltou para Dr. Mann. "Seu está vindo. Eu devo… Eu devo matar Mann."
"Matar Mann?" disse Dr. Mann, horrorizado. "Mas eu sou Dr. Mann!"
"Salve ͪͅZ̩̻͎͓̯̲̓ͥͫͪ̎ą̹͔̖̖̱͍̥̞́̂̀̈ͭ͂̈̂͛l̨̮ͪ̒͌ͦ̊ͧ̊͛͘͜g̪͔̩̑͆̆̏͛͌ͩ̋ớ̢̳̮̫̬̣͈͔ͨ̽! disse o homem, levantando uma arma.
Dr. Mann não esperou mais. Ele se esquivou por um corredor assim que uma bala se cravou na parede. Ele correu até encontrar um armário de utilidades.
Ele deu um suspiro de alívio, até perceber que não estava sozinho. Era um Classe-D segurando o rosto com as mãos.
"Com licença," disse Dr. Mann. "Olha, eu estou me escondendo aqui também. Talvez possamos descobrir o que está acontecendo e parar isso. Seu status pode ser alterado se você ajudar a Fundação."
O homem ergueu os olhos e Dr. Mann viu que seu rosto havia sumido, substituído por um buraco escuro. Estrelas podiam ser vistas brilhando no preto. Um som de arranhar e sucção podia ser ouvido, como se estivesse a uma grande distância.
Dr. Mann começou a gritar, e então decidiu que aquele fôlego valioso desperdiçado poderia ser usado com mais lucro fugindo.
Ele correu de volta para seu laboratório por uma rota muito tortuosa, mudando seu caminho sempre que ouvia passos. Quando ele chegou, não havia ninguém dentro. Ele trancou a porta com um soluço silencioso de alívio.
Ele tentava descobrir o que deveria fazer. Isso tinha que ser obra do Hatbot. Alguém tinha que pará-lo. Mas como?
Ele só conseguia pensar em uma resposta.
"Então, esse foi o ponto que você decidiu enfrentar Hatbot?" perguntou Dr. ███████.
"Sim," disse Dr. Mann. "Percebi por que ele tinha medo de mim. Ele sabia que eu era o único na Fundação imune a seus efeitos."
"Por que você acha que era isso?" perguntou o psicólogo.
"Bem, eu só posso teorizar, mas… Você já percebeu que os funcionários da Fundação são um pouco…. excêntricos?" perguntou ele.
"…Sim," disse o psicólogo. "Isso foi observado."
"Bem, eu acho que o Hatbot só consegue influenciar certos tipos de mentes. Ele tinha que ser capaz de criar algum tipo de ligação. Claramente, eu era imune porque sou muito normal."
O psicólogo tossiu. "Sim. Normal. De qualquer forma, você deixou seu laboratório. O que você fez depois?"
"Depois, eu lutei com o Hatbot."
Dr. Mann andava pelos corredores. Ele encontrou os lacaios de Hatbot várias vezes, principalmente guardas e funcionários Classe-D. Ele os despachou o mais silenciosamente que pôde, mas ainda assim acabou correndo várias vezes ao chamar a atenção de outros. Foi lento, mas ele finalmente chegou na sala do servidor.
As coisas estavam piores aqui. O metal das paredes se movia como carne com vermes rastejando por baixo. Ele viu o que deviam ser homens, gemendo pequenas desumanidades de fluido negro e carne corrente, se contorcendo e arrastando pelo chão.
Ele os colocou para o lado e entrou na sala propriamente dita.
Haviam rachaduras de teia de aranha no ar e os ângulos estavam todos errados. Seus olhos doíam só de ver. E onde estava Hatbot?
O primeiro golpe quase o tirou do chão e o segundo o fez cambalear. "Você ṋ̗͙͇͉͕̬͙͙ão dḙ̴̬̮̬͕̫͂͌̄͗veṟ̷͈͎̼̏̍ia estar aqui. Você precisa se̶̞̟̲͇̠̥̣̍͛̎̎̈́̌͝r res̹̳͖͉͇̣̻̊ͣͤ̄̌͛̓̚͟etado̊̅ͩ̔̾̅͛҉̯̳͢ a cada 24 h̵̸̝̳̮̫̙̮͖̬̔̂͗̂͞oras na In̶̝̞̬̦̄̃g̥̖͇͙̠̽laterra!"
"Hatbot!" gritou Dr. Mann. "Estou aqui para destruir você."
"O m̒̓̔̕̚estre vem a c̶͓͙͈͊̆̑́͝a̶̡̻̯͇̱̯͂̒͜ntar a música que l̴̢̀͒͋̇̆͋̈́e̴̫͇͈͙̟̖͆̑v̸̮̌͝a o m̷̧͇͎̥̩̍̆̒́̕ͅundo ao fim ҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡ ̒̓̔̕̚," disse Hatbot. Sua voz estava diferente agora. Ela tinha perdido sua qualidade eletrônica sintetizada e havia captado harmônicas estranhas que machucavam a cabeça de Dr. Mann. "É uma̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓ ̕̚̕̚ ̔̕̚̕̚҉bela noi ҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡ ̒̓̔̕̚te na Inglͬͧ̿ͫ̔̉ͫ̽̚҉͈̦͕k̸̽̎̐͏̱͇͜aterra. S̷̰̗̫͚͗alve H̗̘̙҉̵̞̟̠̖̗̘̙atbot."
"Pare com isso," disse Dr. Mann. "Isso tem que acabar. Isso é loucura!"
"Qǔ̵͖͚͕̭̅e ҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡bela canção. Que̶̥͆̅͜ se fod̶̢̄̈́̄á̴̛͓͚͉m as á̵̢̢̜̭̓͆̇̏͛͆r̶̜̭̩̆͒͝ṿ̷̡̢̮̥͑͛͝ores, EU MATO MAN̲̲ͤͣ̀N͚͍̻̿̒͌̍͆ M̴̨̤̪̼̝͎̝̈́̒A̴̤̅̅͐̆̔͠T̶͍̤̈́͆͋͒͝ͅE M҉A҉NN Ṁ̴̨̺̯̫͇̣̆̈́AT̶̟͚̱͉̱̹̏̚͠E M͡҉ANN!" Hatbot investiu contra Dr. Mann, balançando seus braços de plástico brilhantes.
Dr. Mann desviou para o lado, mantendo a mesa entre ele e Hatbot. Ele pisou em algo que costumava trabalhar lá. Ele largou o bisturi automático, sabendo que não adiantaria muito contra uma máquina. Em vez disso, ele puxou sua arma secreta da bolsa.
"Por que você sequer tem um taco de críquete em seu escritório?" perguntou Dr. ███████.
"No caso de fugas de 008, é claro," disse Dr. Mann.
"Claro. Continue."
Ele balançou o taco o mais forte que pôde, acertando bem onde a cabeça de Hatbot se conectava ao corpo. "Pela Ciência!" ele gritou.
"Ac̵̦̖̥͈͗͆̕ ̴̧̨̝͔͖̥̼̻̗͌͂̊̄͑̈̾͋͊̿͠͝ḛ̵̡͇̝̮͛͛̽̉̿̈̔́̏̂̉͝ite o fim ҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡ ̒̓̔̕̚," disse Hatbot, cambaleando para trás. Seu fedora caiu de sua cabeça para o chão.
Dr. Mann bateu de novo, e de novo, empurrando-o cada vez mais para trás
"N ̷̢̧͍͕̭̱͙͎̫̈͊̈͊͌̇̉̓̉͘̚͜ã̶̙̙̪̠̟̬͖̗̯̙͕̻̌̿̇̇̐̋̇o̶͇̰̹̝̰̺̮̜̩̞̩̊͑̒̋̀̚͝ posso ̵̨̛̯͕̭͉͉͈̤͚̞̀̅̉̽̄̆̊d̵̙̈͛̚̕͝͝e̸̛̱͐͆̐͗͛̒́̎ixar v ̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍ ̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡ocê faz̵͚̩̬̿͂̆̏̓̾͒e̸͙̗̼̪̮͐̐͐̄̀͝r isso, Dr. Mann," disse o robô, se recompondo. Ele pegou o taco e tentou arrancá-lo de suas mãos. "Ele a҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚guarda esta noǐ̍̎̏̿̿̿̚ ҉te."
Dr. Mann puxou de volta, tentando libertar o taco de críquete. "Você é uma ameaça. Você tem quer ser impedido pelo bem da humanidade."
"Eu fa̶̬̜͎̮̖̔͂́́̀̇̊̋́͘͠͠r̷͙̉̐̂̃͛̽̀̉̚ei de você uṃ̸͓̥̺̣̩͓̹͛́̽̆̒̏͒̓̂̅͝ com ele. Sa̫̪͙͎͉̲͎̹͋͆ͮͪ̿ͪ͋lve Hatb҉҉̡̢̡̢̛̛̖̗̘̙̜̝̞ ̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠̊̋̌̍ot. Salve Z҉A҉L҉G҉O̚̕̚." Hatbot de repente se levantou, quase tirando Dr. Mann do chão.
Ele chutou a mesa em Hatbot, afrouxando seu aperto. Ele começou a bater novamente. Plástico rachou, expondo servomotores e eletrônicos.
"Preciso dar a ele a chamada para l̶̡̩̯͓͉̙̾̌̇͊̅̔̋̎i̷̧̞͎̻͍͔͂͜ͅb̸̨̞̮̜͖̊̊͑͑̽̈́͝͠ ̷̢̡̭̺̩̤̩̘̜̞̱̜̜̀è̶̢̳̰͍̣̈́͘͝ͅr̴̲͓͍͔͉̞̹͉̋̈͑̄̒̽͆̈́͊̽̾t̶̡̧̞͕̭͖̲͉̟̤̅͑͛͂̋́͑̀͑͝ͅá-lo," disse, Hatbot. Ele deu um passo para trás, tentando ficar longe do taco. "A alma caótica. A men ҉҉-te coletiva Ne҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡zperd҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡ ̒̓̔̕̚iana do ca҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡ os. Ele̲̯͍͇̫̋ está v̴̖̲̙̘͊͑̈́͋̌̇̒̑í̷̧͔̰̗̱͕̖̭̦͍̰̾͗̅͋̔̿̅͝ͅͅņ̷̤̗͓̠̩̮͓͍́̔͛͌̎do. Z҉A҉L҉G҉O̚̕̚…"
Dr. Mann acertou de novo, e de novo, batendo no robô. Plástico e metal se estilhaçavam sob o ataque. "Isso é pelo laboratório! E isso pelos meus amigos! E isso pelas abelhas!"
"As ҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡ ̒̓̔̕̚paa҉̵̞̟̠̖̗̘̙̜̝̞̟̠͇̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡ aarrr̸̨̠̘͍͓͍̫͙͍͙̍̅ŗ̴͍̱̓̎͊͂ ̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓̔̊̋̌̍ ̎̏̐̑̒̓̔̿̿̿̕̚̕̚͡rreee̶̢̻̳̟̰͖̤̥͈̬̝̋̾̓͋̾̽͋̑ͅͅe̴͖̥͉͂̈́͑̎̐͋͑͗̅dds̐̑̒̓̔̊̋̌̍̎̏̐̑̒̓ ̔̕̚̕̚ssss," disse Hatbot, sua voz focando mais lenta e arrastada. "Margarida, margarida, me dê sua resposta. Que se fodam as ááááárvooooreees…. eu… escalo… núúúveeeens… caraaaaaaaalhooooo…" Sua voz finalmente parou, e o banco de luzes se apagou.
A sensação de errado parou. As paredes voltaram à solidez normal e a as rachaduras no ar desapareceram. Dr. Mann pegou o fedora, espanou ele e o colocou na cabeça. Ele assobiava enquanto saía.
"E isso é tudo," disse Dr. Mann. "Ah, houve uma limpeza, mas pelo que sei quase tudo voltou ao normal."
"Exceto pelos danos causados indiretamente," disse Dr. ███████, bruscamente. "Bem, isso esclarece o seu papel nesta bagunça. Suponho que suas ações foram razoáveis, dadas as circunstâncias. Ainda assim, no futuro, tente lidar com essas situações antes que invoquem distorção de realidade classe Keter."
"Vou tentar," disse Dr. Mann.
Nota Final:
Nas entranhas da Rede da Fundação, um programa em segundo plano acionou um script escondido.
Login: E_Mann
Senha: …………………….
Bem-vindo, Dr. Everett Mann.
Sítio 17 Terminal 137
Sua sessão irá expirar em 30 minutos.
E_Mann@SCP-Site17-T137:~$ sudo -bK -u root '/home/L4/A_Valence/bin/hatbot -d &>/dev/null'
sudo: Usuário não está no arquivo de sudoantes. Este incidente será relatado.
Senha: felizmentecorrenteabaixo
Bem-vindo, Dr. Adrian Valence.
Sítio 17 Terminal 137
A_Valence@SCP-Site17-T137:~$ su root
Senha: aluanegrauiva
ACESSO COMPLETO DO SISTEMA CONCEDIDO
TODA ATIVIDADE ADICIONAL SERÁ MONITORADA
root@SCP-Site17-T137:~# /home/L4/A_Valence/bin/hatbot -d &>/dev/null
[9] 13873
[9]+ Carregando….. Feito
[9]+ Executando como Daemon
Ele vem.
[FIM DO REGISTRO]