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12 de Novembro, 1985
Sítio-246
Ela acordou. Isso a surpreendeu.
Ela percebeu várias coisas nos primeiros momentos de consciência, cada uma mais alarmante que a anterior.
Primeiro, ela estava em algum tipo de cadeia. Ela passara o suficiente de sua vida nas ruas para aprender os meandros do sistema de justiça, ou o que se passava por ele, e instantaneamente reconheceu o layout de uma sala de interrogatório. Porta única no canto, sem maçaneta por dentro? Verificado. Painel de vidro ocupando a parede oposta, iluminado de maneira a mostrar apenas seu reflexo? Verificado. Luz brilhante no alto, inclinada quase na direção dos olhos? Verificado.
Isso foi apoiado pela segunda coisa que ela notou, que era que ela estava algemada a uma cadeira. Ela estava debruçada com os pulsos atrás das costas, suportada apenas pelos braços, e a dor nos ombros sugeria que ela estava assim há algum tempo. Seja lá quem a capturou não estava se arriscando com ela acordando cedo e tentando escapar, o que era esperto. Enquanto ela provavelmente poderia derreter as algemas para escória e abrir caminho pela porta, levaria um pouco de tempo.
Tempo que ela não tinha por causa da terceira coisa, o homem sentado à sua frente segurando uma arma. Ele era alto, com um corpo magro e musculoso que só poderia ser descrito como poderoso, embora tivesse a qualidade de um atleta envelhecido. Seu cabelo preto estava completamente salpicado de cinza, mas estava bem aparado em um corte militar que sugeria um profissionalismo rígido. Ele a encarava com olhos de águia, não falando uma palavra. Ele não precisava. A arma em sua mão falava com clareza suficiente. Se ela tentasse explodir seu caminho para sair da sala, ele a explodiria. A intensidade fria de seu olhar sugeria que ele sequer hesitaria.
(Ela também notou, como uma quarta coisa, que alguém havia tirado um tempo para tirar quaisquer restos esfarrapados que restavam de suas roupas e vesti-la com um macacão preto folgado. Mas, como isso não era diretamente relevante para sua sobrevivência imediata ou fuga em potencial, ela não esquentou a cabeça com isso.)
"Vocês não são do Departamento de Polícia de Minneapolis", ela disse.
Algo tipo alegria brilhou em seus olhos. "Sério? O que entregou?"
"Policiais não tem lança-chamas. E mesmo se tivessem, eles não saberiam usá-los daquele jeito."
Ele levantou um pouco o queixo, mas não falou.
"Vocês sabiam sobre mim. O que eu posso fazer. Vocês estavam preparados."
"Estar preparado é o que essa organização faz de melhor", ele disse.
"Certo? E o que é essa organização, porque eu aposto que não são os Escoteiros."
"Certamente você pode arriscar um palpite."
Florence olhou para baixo e cerrou os dentes. Isso já era quase resposta suficiente por si só, e ela não gostava de pensar para onde ela estava levando.
"Um dos Terninhos, certo? Não os Federais, eles ainda são basicamente policiais, e você definitivamente não é um policial. Não tem a atitude certa." Ela mordeu o lábio. "Todo mundo diz que os gawkers1 não fazem prisioneiros, então você provavelmente não estão com eles."
Ele acenou com a mão — a que não estava segurando a arma — encorajadoramente. "Continue."
"Fundação."
Ele sorriu violentamente. "Eu sabia que você era inteligente."
Ela respirou fundo. Ela torcia para que ela estivesse errada sobre aquele palpite. Que talvez ela estivesse se lembrando mal do símbolo usado pela equipe de ataque ou que ela tivesse sido mal informada sobre o que ele significava.
Mas ela não estava errada.
Ela foi capturada pela Fundação. Ela poderia muito bem estar morta. De qualquer maneira, sua vida acabou agora.
Ela estava tentada a tentar uma fuga de qualquer maneira. Se ela fosse rápida, e sortuda, talvez conseguisse vencer a arma. Ela já estava considerando ângulos de ataque quando a porta se abriu para admitir outro homem.
Sua aparência era um forte contraste com a de seu interrogador. Enquanto o homem mais velho exalava um ar calmo e reservado, o recém-chegado projetava a selvagem confiança da juventude. Ele não era alto nem esbelto, e seu cabelo loiro curto parecia ter travado uma batalha bem sucedida contra os esforços de um pente. Ele parecia ter 20 e poucos anos e não estaria fora de lugar em um campus universitário.
"Comandante Corwin", ele disse, inclinando a cabeça em um gesto respeitoso.
"Westbrook", o homem mais velho disse como forma de cumprimento. "Você está interrompendo."
"Eu sei, senhor. Eu fui enviado para dispensá-lo. A Górgona está aqui, e precisa falar com você. Ela diz que é urgente."
Corwin piscou, e então suspirou. "Sempre é, com esse povo." Ele se levantou e passou a arma para o homem mais novo — Westbrook, presumivelmente. "Tenha cuidado com ela, ela pode te assar em instantes se você deixá-la."
"Eu tenho certeza de que nós não teremos problemas, senhor." Westbrook lançou um sorriso irônico a ela quando o velho saiu. "Não é mesmo, filha?"
Florence olhou para ele cautelosamente. Ela reconhecia ele, de alguma forma. Não era seu rosto — ela tinha quase certeza de que era a primeira vez que o via. Era algo mais profundo que isso, algo que apenas um feiticeiro sera capaz de ver, e somente se ele se concentrasse. Havia uma familiaridade em sua aura que ela não conseguia identificar.
Mas ela sabia que ela ouvira a voz dele antes.
"Você estava lá", ela disse quietamente. "No beco."
"Não tinha certeza se você ainda se lembraria." Ele pausou, como se considerando essa afirmação, e então acrescentou, "Hipóxia tende a deixar as pessoas um pouco débeis."
"Você teve sorte. Eu tinha formulado um plano no final. Estava prestes a chutar sua bunda pro Lago Superior."
"Talvez", ele disse. "Ou talvez você teve sorte que não tentou. Nós tínhamos contingências em vigor, e a maioria delas terminaria com você sentada nessa cadeira com muito mais feridas."
"Eu não me sinto particularmente sortuda. Talvez tenha algo a ver com estar algemada a uma cadeira e ter uma arma apontada na minha cara."
Ele riu. "Eu gosto de você, filha. Aqui—" Ele colocou a arma sobre a mesa, apontada para longe dela. "Melhor?"
Ela piscou.
Claro. Por quê ela achou que a arma seria para detê-la? Ninguém são traria uma arma carregada para um interrogatório. Ela era uma distração, uma maneira de impedi-la de se concentrar nas contramedidas reais. Se ela fosse atrás da arma, ou tentasse queimar seu caminho para fora da sala, teria alguma outra coisa esperando para detê-la. Talvez gás.
Ou talvez Westbrook fosse realmente tão estúpido.
Ela sacudiu a corrente das algemas contra a cadeira. "Ainda tem as algemas."
Ele sorriu e sacudiu a cabeça. "Eu gosto de você, mas nem tanto assim. As algemas ficam até eu saber que você não vai tentar nada."
Não tão estúpido, então.
"Valeu a tentativa." Ela deu de ombros tanto quanto as algemas permitiriam, tentando parecer indiferente.
Ele estudou sua expressão, e ela conseguia ver que ele sabia que era uma máscara.
"Imagino que você esteja provavelmente com muita raiva de mim", ele finalmente disse. "Com medo, também, se você é inteligente."
"Sim? Como você sabe?"
"Você tentou me incinerar mais cedo", ele disse. "Não é algo que você normalmente faz com as pessoas que você gosta."
A imagem de Westbrook, vestido em equipamentos táticos pretos e de pé sobre o corpo de McKenna, passou por sua mente, e ela sentiu a raiva lá no fundo começar a ferver.
Ela nunca teve muito amor pelo resto dos Fantasmas do Lago — ah, claro, ela estava grata a eles por resgatá-la da rua, mas há muito tempo percebera suas segundas intenções. Eles eram gângsters e bandidos e, embora tivessem alguma forma de camaradagem, ela não tinha ilusões sobre o que eles fariam com ela se deixasse de ser útil para eles. Ela já vira isso acontecer com os traficantes, transportadores e apostadores que tentaram passar pelos Fantasmas. Muitas vezes, ela tinha sido o que aconteceu com eles.
Ainda assim, suas mortes doíam. Havia um pouco da Síndrome de Estocolmo nisso, mas era difícil passar anos com um grupo de pessoas sem se importar por — ou pelo menos com — elas de alguma maneira. Os Fantasmas do Lago talvez não tenham sido seus amigos, mas eles eram dela.
"Você matou eles." Sua voz era quieta, mas sua raiva era clara.
"De fato, eu não o fiz." Ele pressionou algo embaixo da borda da mesa, fazendo com que parte da superfície deslizasse e revelasse um monitor de TV. Depois de um momento, ela veio à vida, revelando uma imagem de uma sala quase idêntica.
Charles McKenna estava nela. Vivo.
Ela olhou para cima e para baixo entre Westbrook e a imagem de McKenna.
"É um truque."
Westbrook revirou os olhos, e então se inclinou e apertou um botão ao lado da TV. "Senhor McKenna, por favor diga algo para que a Senhorita Elsinger saiba que você está vivo."
Na tela, McKenna começou a virar sua cabeça para localizar a fonte do barulho. "Vá embora, skipper!"2
Ao som de sua voz, a raiva queimando dentro dela piscou. Sua súbita ausência deixou um vázio que a fez se sentir fria e cansada. Ela engasgou silenciosamente.
"Chuck? É você mesmo?"
Ele congelou ao som da voz dela. "Flo?"
"Sim. Eles me pegaram também." Ela mordeu o lábio, pensando no que dizer a seguir. "Para onde foi o espírito de Chicago?"
"Oh, o desafio da sentinela. Verificando se realmente sou eu. Inteligente."
"Bem?"
"Para se juntar aos fantasmas abaixo do lago." Ele encontrou a câmera no canto e fixou o olhar nela, de modo que ele estava olhando diretamente para ela. "Flo, os Fantasmas estão acabados. Você entende isso, certo? Se os skippers ainda não pegaram as outras casas seguras, eles vão pegar em breve."
"O que você está tentando dizer?"
"Estou dizendo que é cada um por si agora. Se você ver uma oportunidade de se salvar, aproveite, e não olhe para—"
Westbrook apertou o botão do interfone novamente, silenciando o outro homem. "Obrigado, Senhor McKenna, mas acho que já ouvimos o bastante de você agora. Um dos meus colegas chegará em breve para falar com você." Ele pressionou outro botão, e a superfície da mesa deslizou de volta para esconder a TV mais uma vez.
Florence estava sentada em um silêncio atordoado. Westbrook recostou-se na cadeira e esperou que ela falasse.
"Como?" ela finalmente perguntou.
"Nós derrubamos os guardas reais minutos antes de você perceber algo. Tem muitas coisas barulhentas que você pode fazer com impunidade graças a um campo de silêncio. Coisas como dar choque nos seus guardas e trocar eles por bonecos."
"Você encenou os assassinatos."
"Com estilo", ele disse, um sorriso satisfeito no rosto.
"Por quê?"
"Não é óbvio?" Ele não deu a ela a chance de responder antes de responder à pergunta de qualquer maneira. "Nós fizemos isso para pegar você. Para atraí-la para fora e deixar você brava o suficiente para conjurar aquela tempestade de fogo. Foi a nossa melhor chance de pegá-la."
O medo que ela estava sentindo expandiu-se para preencher o vazio deixado pela raiva, e ela estremeceu. A Fundação a estava caçando, especificamente. Os Fantasmas do Lago só estavam no caminho.
Ela desviou o olhar para que ele não visse o olhar de pânico em seus olhos. "O que você vai fazer comigo?" ela sussurrou.
"Bem, eu ia começar oferecendo-lhe um emprego."
Houve um silêncio absoluto por cinco segundos sólidos.
Ela riu. Era o tipo de risada histérica e louca que só vem do alívio repentino causado pelo desaparecimento de dez toneladas de terror.
Westbrook esperou que ela terminasse.
Ela conseguiu sufocar as risadas, e então sacudiu a cabeça para clarear seus pensamentos. "Vocês sempre algemam pessoas em uma cadeira quando fazem entrevistas de emprego?"
"Você realmente gosta de falar sobre isso, hein?"
"Você também o faria, se você estivesse algemado a uma cadeira."
"Ponto justo." Ele apertou os lábios pensativo, e então retirou uma chave do bolso. "Eu acho que já passamos do ponto onde você tentaria me incinerar ao me ver, não concorda?"
Ela olhou para a chave, a dor nos pulsos subitamente entrando em foco. "Vocês só encheriam a sala com gás ou algo assim se eu tentasse. Não me faria nenhum bem."
Ele carranqueou enquanto se levantava. "Eu não sei o que possivelmente lhe daria essa ideia." Ele andou para trás dela e abriu as algemas.
Ela se esticou, gemendo ao fazê-lo pela rigidez em seus braços, e então começou a esfregar os pulso. "Certo, vamos ouvir essa oferta de emprego então."
Westbrook sentou-se em frente a ela. "Você precisa entender a totalidade da situação em que está. Para que você possa tomar uma decisão informada."
"Nossa, que consideração de sua parte," ela disse.
Ele ignorou seu sarcasmo. "Primeiro, seu amigo McKenna estava correto. Os Fantasmas do Lago já eram. Nós já amnesticizamos a maioria deles, e entregamos os verdadeiros cretinos à UIU. Não haverá nada para você voltar se preferir ir."
Ela sacudiu a cabeça. "Você acha que eu quero voltar para aquilo? Vivendo em uma favela com um bando de gângsters que só me vêem como seu cão de ataque?"
Ele encolheu os ombros. "Você parecia bem chateada quando achou que eu os tinha matado."
"Os Fantasmas salvaram minha vida uma vez. Eu moro com eles há anos. Eles são a coisa mais próxima de uma família que eu já conheci. Mas eu estou cansada de estar na coleira deles." Ela fez uma careta. "Cansada de queimar por eles. Cansada de matar por eles."
Ele balançou a cabeça pensativamente. "Entendo."
Ela bufou. "Entende? Algo me diz que você não está oferecendo um emprego na contabilidade."
Ele suspirou. "Me deixaria terminar?"
Ela abanou a mão. "Certo. Você disse que essa é a primeira coisa. Qual é a segunda?"
Ele a encarou atentamente. "Toda vez que você faz uma evocação, você ameaça a normalidade."
Ela piscou. "O que? Você quer dizer, porque alguém poderia me ver?"
Ele sacudiu a cabeça. "Não, estou falando de reação. Quando você usa mágica para fazer coisas improváveis, coisas mais improváveis acontecem como uma consequência. Tipo quando você aperta uma corda esticada e ela vibra por um tempo depois."
"Se é tão ruim assim, por que eu não vi isso fazendo nada quando eu evoco?"
"Você tem uma afinidade natural para evocação que achamos ter deixado você subconscientemente redirecionar a reação para longe de si mesma. Isso é uma boa notícia para você, mas uma má notícia para todos os outros." Sua expressão ficou sombria. "Aquele show de luzes que você fez ontem à noite? Nós acreditamos que foi o que afundou o Edmund Fitzgerald."
"Jesus." A blasfêmia se soltou em uma expiração suave. "Mas isso foi há dez anos."
Ele acenou com a mão, "O tempo é fluído, especialmente quando a mágica está envolvida."
Ela olhou para as mãos. "Eu não sabia."
"Agora você sabe.", ele disse. "Há maneiras de controlar a reação. Redirecionar ela para manifestações menos danosas. Nossa teoria da taumaturgia não é tão boa quanto a da Coalizão, mas nós podemos ajudar você a aprender como fazê-la."
Ela olhou para ele. "Por que você faria isso? Quero dizer, certamente tem outros feiticeiros — feiticeiros melhores — que você poderia recrutar. Por que eu?"
"A resposta longa é política e confidencial. Mas a resposta curta é que não existem feiticeiros melhores. Não que possamos recrutar, de qualquer jeito."
"Isso não pode ser verdade."
"Mas é", ele insistiu. "Eu sei que você não percebe isso, mas talvez você seja uma dos feiticeiros mais fortes no planeta. Facilmente dentro do que teria sido considerado um calibre de mago de batalha durante a guerra. Além disso, você tem um talento natural para mágica de combate. Aquela tempestade de fogo que você invocou é algo que a maioria dos feiticeiros com o dobro da sua idade não conseguiam fazer. Você é o equivalente oculto a uma usina nuclear."
Lá estava. Sempre se resumia ao poder. Quem o tinha e quem não o tinha. Quem o queria e quem o empunhava. Os Fantasmas do Lago a tinham acolhido porque queriam seu poder. Agora a Fundação estava tentando fazer o mesmo.
"Você quer me utilizar como uma arma."
Ele franziu a testa. "Você sabe o que SCP quer dizer?"
Ela sacudiu a cabeça.
"Muitas coisas, na verdade, mas o relevante aqui é o nosso lema: Segurança, Contenção, Proteção." Ele pausou por um momento para que isso afundasse. "Nós não queremos te usar como uma arma — nós queremos te usar como um escudo. Você tem poder, e muito, e eu acho que você poderia fazer algum bem genuíno com ele. Caralho, você poderia salvar o mundo. É o tipo de coisa que fazemos quando não estamos algemando feiticeiros em cadeiras."
Ela pensou por um momento. "E se eu disser não?"
"Como eu disse, você pode ir. Nós não gostamos de jogar magos na cadeia — simplesmente não há espaço suficiente para isso, e há pessoas que ficariam bem chateadas se nós fizéssemos disso um hábito. E amnesticizar você não faria nenhum bem. Você ainda seria capaz de fazer taumaturgia, e sem o que você sabe agora, você talvez queime mesmo as Cidades Gêmeas na próxima. Então, se você não quiser o trabalho, nós a deixaremos onde quer que você queira com umas roupas e uns trocados."
"Simples assim?"
"Bem desse jeito." Ele estalou os dedos para pontuar seu argumento. "É claro que, uma vez que você esteja no mundo, não há garantia de que alguém não vá procurá-la. A Coalizão talvez decida te abater pelas reações maciças que você tem causado, ou os Federais talvez te taquem na Paramax por seus muitos paracrimes. Porra, essas são algumas das opções mais agradáveis para uma maga de batalha solitária e não treinada."
Ela estremeceu com o pensamento de um atirador de elite da GOC mirando nela. Não importa o quão poderoso você seja, uma bala no peito ainda o mataria se você não a visse chegando.
Talvez não fosse uma coisa ruim que a Fundação a quisesse. Ela sempre teria poder, e isso significava que ela sempre seria caçada. A Fundação, pelo menos, poderia ser capaz de proteger ela de outros caçadores com motivos menos amigáveis. E o que Westbrook disse era verdade, eles poderiam ajudar ela a controlar seu poder, e aprender a utilizá-lo para mais do que simplesmente queimar edifícios.
Isso pode ser bacana.
Ela encontrou o olhar dele. Por um longo minuto, nenhum dos dois disse nada. E então ela assentiu.
"Certo."
"Excelente." Ele se recostou um pouco antes de oferecer a ela uma mão para apertar. "Minhas desculpas, com toda essa confusão, eu me esqueci de me apresentar adequadamente. Cody Westbrook, apanhador de feiticeiros e acumulador profissional."
Isso tirou uma risada dela. "Você já sabe tudo sobre mim," ela disse, sacudindo a mão dele.
"Nem tudo", ele respondeu. "Bem-vinda à Fundação, Agente Elsinger."
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